Mesmo com o nó desatado, Elliot não conseguia se mover, fraco. Steve lhe entregou água e comida, e a todo momento, apontava a arma para Liana, se certificando de que ela se manteria quieta."Você tinha que acabar com os meus planos, não é? Seu rato sujo." Disse, expondo seus verdadeiros sentimentos. "Eu sabia que você não me amava o suficiente. Ainda tentei convencer Harry a me ajudar, mas ele não acreditou em mim. Com certeza seria mais útil do que você.""Estou acostumado com seus jogos, não vai funcionar." Rebateu, sorrindo levemente. "Vou deixá-lo ir, e iremos embora.""Não tão fácil, Steve."Ele não notou, mas um dos objetos que carregava em sua mão era um canivete, que, inclusive, era seu."Como pegou isso?""Enquanto você dormia, bobinho. Agora, será assim. Se você soltar ele, nosso bebê vai se machucar um pouco." Ela apontou o canivete em direção à sua própria barriga, pressionando a lâmina fria contra sua pele."Meu Deus, você realmente enlouqueceu." Perplexo, Elliot não pode
Viu Steve desacordado em cima de uma poça de sangue. Infelizmente não havia o que fazer, já estava morto.Vasculhou o local sem sinal de seu filho, mas agora sabia que poderia estar perto.Seguiu algumas pegadas, até chegar na grama mais alta, onde tudo desapareceu no caminho lameado dentre as árvores.Sem se preocupar com o perigo à solta, o homem passou a gritar o nome de Elliot por toda a área, passando por diversas árvores que pareciam dar em lugar nenhum.Elliot, por outro lado, estava escondido embaixo de uma grande pedra há horas.Desesperado, não sabia o que fazer para sair dessa situação vivo. Sabia que Liana iria atrás dele, pois não arriscaria colocar em jogo sua liberdade caso o achassem, mas não imaginava onde ela estaria, ou se teria coragem de seguir seus planos insanos sem Steve agora que havia o assassinado.O grande terror se tornou cada vez mais insuportável conforme as horas passavam, e todo o resquício de esperança parecia terminar quando chegava uma nova noite.D
Em toda sua vida, ele nunca teve um impulso tão rápido quanto nesse momento. Assim que a viu se preparando para atirar, correu em direção a Elliot, se jogando em sua frente.Desesperado, Jonathan se jogou no chão, protegendo o corpo de Elliot, sem notar que o pai havia servido de escudo.Ao ver que acertou Jack, e não Elliot, Liana pareceu eu finalmente recuperar sua consciência e ver a loucura que estava cometendo.Suas mãos tremiam ao encarar o revólver, e desesperada, aproveitou o momento para descartar a arma ali mesmo e sair correndo.Jonathan quis segui-la, mas no momento, era mais importante mantê-los seguros.Alcançou o revólver, o colocando perto, e manteve suas mãos pressionando o ferimento de Jack.Suas mãos trêmulas lutavam para conter o sangue que saía descontroladamente do ferimento, enquanto sua visão permanecia em Elliot, que agora estava desacordado.Seu desespero era gigantesco, e as lágrimas escorriam em seu rosto, encharcando toda sua blusa parcialmente ensanguenta
Jonathan ficou ao seu lado a todo momento que permaneceu no hospital. Teve um acompanhamento psicológico, que foi muito necessário, tendo em vista os pesadelos que passou a ter após o evento traumático.Quando chegou em seu apartamento, a presença de Mimi tornou tudo mais caloroso do que imaginava.Ter uma companhia era essencial.Só se tornou difícil, quando Jonathan se despediu, voltando para o apartamento de Hugo.Precisava de tempo para assimilar tudo, e Elliot compreendia. Afinal, se via na mesma situação.Ambos precisavam se curar, e tinham que decidir se fariam isso juntos, ou separados.[…]Ouvindo a campainha tocar, Elliot parou em frente a porta, e percebeu que toda vez que precisava atendê-la, sentia medo.O acompanhamento psicológico estava ajudando, mas ainda tinha situações em que se via assustado, ainda mais considerando que Liana continuava desaparecida.Ao abrir a porta, viu Harry com o transporte que carregava Mimi em suas mãos.Se tornou o responsável por levar a ga
Durante a primeira hora, mal trocaram uma palavra. Ainda assim, Jonathan estava extremamente irritado por um motivo em particular.Mesmo separados, depois de tudo que aconteceu e toda a tragédia envolvendo um pedaço da história que viveram, sentia seu corpo entrar em ebulição quando ficava perto dele.Elliot sentia o mesmo, tendo em vista a quantidade de vezes que ajeitou sua camisa que parecia colar em seu peitoral levemente suado.Quando estavam próximos, tudo ao redor parecia insignificante."Não quer conversar comigo?" Elliot perguntou, entristecido. A indiferença do mais novo o matava pouco a pouco."Não." Ele respondeu. "Mas quero foder com você." Jonathan pensou em voz alta, se arrependendo logo em seguida."O quê?!" O loiro pareceu confuso, ao mesmo tempo que surpreso."Você é irritantemente gostoso." Jonathan deu um gole exagerado no vinho, acabando com a taça em alguns segundos."Jonathan, você me deixa confuso. O que posso fazer para você me perdoar, para voltarmos ao que e
Eric acordou sentindo seu estômago doer, extremamente faminto após a noite agitada que teve. Seus olhos embaçados demoraram a processar as imagens que sua visão captava, notando a bela paisagem através da sacada de Harry.Hugo dormia ao seu lado, com uma toalha cobrindo metade de sua nádega parcialmente exposta. Sorrindo, ele ajeitou o tecido para o cobrir por completo, acariciando seus cabelos em seguida.Harry havia acordado cedo, como de costume. Aproveitava para molhar suas plantas, mas seu novo passatempo favorito era preparar os mais diversos tipos de café da manhã para seus novos amigos, como dizia por se recusar a rotular a relação que tinham. Ainda que estivessem se relacionando de forma diferente apenas por algumas semanas, já haviam perdido a conta de quantas vezes teriam dormido juntos. Jonathan dizia estarem viciados um no outro. E estavam, só não conseguiram admitir.Eric se sentia completamente em casa, e ao acordar, não se importou em vestir-se, sabendo que aos finais
O clima especialmente quente na cidade de Chicago, aquele dia, parecia ainda mais sufocante para Jonathan, que aguardava pelo momento qual sonhou durante muito tempo.Ele estava sentado em uma poltrona de couro, arranhando suas unhas sobre o tecido do objeto continuamente. Nem mesmo o ar-condicionado potente da sala onde estava foi o suficiente para impedir o suor que continuava escorrendo em seu rosto, saindo de suas têmporas, caminhando vagarosamente até sua clavícula, encharcando pouco a pouco a blusa social branca que vestia. Isso não era somente pelo calor, já que o nervosismo que Jonathan estava sentindo era quase paralisante, aumentando em seu peito de forma gradativa como uma bola de neve. No entanto, sua inquietação não seria à toa. Ele estava prestes a conhecer um dos homens mais respeitados do mundo. Elliot Park, o homem mais jovem a se tornar bilionário, era dono de um verdadeiro império.Suas filiais espalhadas pelo mundo todo eram responsáveis por formar os maiores nome
Ao contrário do que Jonathan imaginava, seu possível futuro chefe estava completamente atento a todas as suas ações e movimentos que ele fazia. Ele percebeu rapidamente como o nervosismo do jovem estava afetando o seu desempenho, assistindo enquanto ele esfregava suas mãos repetidamente no tecido da calça apertada que usava naquele dia.Era um comportamento normal para alguém que se candidatou a uma vaga em uma das maiores empresas do país. Porém, o que Elliot Park não entendia, era o motivo pelo qual ele mesmo não conseguia se manter estável diante do homem sentado em frente a sua mesa.Era um jovem comum, como diversos outros que havia entrevistado naquele dia. Nada de extraordinário, além do fato dele ser extremamente mais talentoso do que os outros, com base na checagem rápida que fez no portfólio de Jonathan.Mesmo assim, algo o incomodava, e Park estava extremamente curioso sobre o motivo pelo qual Jonathan o causou tamanha inquietação.“Está muito nervoso, Jones” Elliot exibiu