Babi sentiu seu coração disparar quando Yanek pediu que ela se sentasse no meio da cama. O colchão macio cedeu levemente sob seu peso enquanto ela obedecia, cruzando as pernas instintivamente em um gesto tímido. Os olhos dele percorreram seu corpo com calma, analisando-a sem pressa. Ela tentou se manter firme sob o olhar intenso, mas sentiu um calor subir por sua pele. Ele não disse nada por alguns segundos, apenas a observava. — Tire o vestido — pediu, a voz firme, mas não rude. Babi hesitou. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria, mas ouvir o pedido tornava tudo mais real. Engolindo em seco, ela levou as mãos ao zíper na lateral do vestido e o abriu devagar. O tecido deslizou por seu corpo e caiu sobre a cama, revelando sua lingerie preta recém-comprada. Ficou apenas de calcinha e sutiã, sentindo sua pele arrepiar sob o olhar dele. Yanek não esboçou nenhuma reação exagerada, apenas continuou observando-a, os olhos escuros se movendo lentamente
Babi sentiu seu corpo quente, a respiração acelerada, o coração batendo forte contra o peito enquanto estava ali, exposta sob o olhar atento de Yanek. Ele a observava como um predador paciente, degustando cada detalhe dela sem pressa. O brilho nos olhos dele, intenso e carregado de desejo, fez um arrepio subir pela espinha de Babi. Ela se entregava ao momento, os dedos explorando sua própria pele como ele havia pedido, buscando sensações que antes pareciam inatingíveis. O ambiente, iluminado apenas pelas luzes suaves do quarto, tornava tudo mais íntimo e proibido. Então, o inesperado aconteceu. A porta se abriu, e uma mulher loira, de corpo escultural e curvas perfeitamente delineadas pela lingerie rendada, entrou no quarto sem hesitação. Babi congelou. O ar pareceu sumir de seus pulmões quando viu a loira se aproximar de Yanek e capturar os lábios dele em um beijo provocante. Ela sentiu uma onda de confusão e um leve desconforto, mas também havia algo mais ali. Uma faísca de curio
A loira saiu do quarto sem dizer nada, os saltos ecoando suavemente pelo carpete enquanto fechava a porta atrás de si. Babi permaneceu sentada na cama, ainda ofegante, sem saber como reagir. Seu corpo estava relaxado, mas sua mente rodava com perguntas sem resposta. Yanek se levantou sem pressa, pegou um roupão de seda escura e vestiu-o antes de caminhar até o banheiro. Ele não disse nada a ela. Nenhuma explicação, nenhum comentário sobre o que tinham acabado de viver. Apenas entrou no banheiro e fechou a porta atrás de si. Babi ouviu o barulho do chuveiro ligando. A água correndo era o único som no quarto agora. Ela passou as mãos pelos cabelos, tentando entender o que sentia. O que havia sido aquilo? Um teste? Um jogo? Alguma forma dele marcar território sem sequer tocá-la? Ela olhou ao redor, o quarto ainda exalava desejo, cheiro de vinho e algo mais intenso. Seus olhos pousaram sobre a mesinha ao lado da cama. Havia um pequeno pedaço de papel dobrado ali, junto com um maço d
Naquela noite, deitada em sua cama, ela tentava afastar Yanek de sua mente. Mas era impossível. Ele tinha desaparecido como se nada tivesse acontecido, e isso a incomodava profundamente. Talvez fosse um erro dela. Talvez ela não tivesse sido boa o suficiente. Tomada por essa dúvida, decidiu recriar aquela noite sozinha. Colocou uma luz baixa, música suave ao fundo, exatamente como estava naquele quarto de hotel. Deitou-se sobre os lençóis, deslizou as mãos pelo próprio corpo, tentando lembrar de como se sentiu. Fechou os olhos, fingindo que Yanek estava ali, olhando-a com aqueles olhos intensos, ordenando-a a continuar. Tentou reviver a excitação, o calor, o desejo avassalador que sentiu sob seu olhar atento. Mas algo estava errado. Ela tocava-se, movimentava os dedos da mesma forma que naquela noite, mas a sensação não era a mesma. A falta da presença dele, do controle que ele exercia sobre ela apenas com o olhar, tornava tudo… vazio. Mesmo assim, insistiu. Seu corpo
O homem com quem ela dançava percebeu a aproximação e se afastou sem protestar, apenas lançando um último olhar a ela antes de desaparecer na multidão. Yanek parou diante dela, ainda segurando a mão da outra mulher. — Venha comigo. Babi o olhou, o peito subindo e descendo com a respiração acelerada. Ela não gostava de vê-lo ali, de mãos dadas com outra mulher. Mas sabia qual era sua função ali. Sabia que Yanek queria vê-la se exibindo para os dois. Mesmo que não fosse exatamente o que ela desejava, sabia que, de alguma forma, aquilo ainda seria satisfatório. Respirando fundo, Babi assentiu e o seguiu. Yanek, a mulher e Babi saem da pista de dança. O som abafado da boate ainda vibra ao redor deles enquanto caminham em direção a uma área mais reservada. Babi segue atrás deles, sentindo seu coração bater mais rápido, sem saber exatamente o que esperar. Passam por um corredor estreito e logo chegam a uma porta onde um segurança alto e imponente os aguarda. Ele cumprimenta Ya
Ele se aproxima, ajeita uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e a observa por um instante. Seus olhos percorrem o rosto dela como se estivesse memorizando cada detalhe, e por um breve segundo, ela acha que ele vai beijá-la. Seu coração acelera, a respiração prende na garganta... Mas então ele se afasta.— Gabe já está esperando lá fora. Ele vai te levar pra casa.E é isso. Sem mais palavras, sem mais explicações.Babi sente um nó na garganta, mas não questiona. Apenas assente novamente e segue para a saída. Quando passa pelo segurança na porta, ele a observa com um olhar de quem já viu tudo aquilo acontecer antes. O olhar a incomoda, mas ela ergue o queixo e caminha com firmeza.A música alta da boate volta a invadi-la quando ela retorna ao salão principal. As luzes piscantes e os corpos dançando parecem estar em um universo paralelo ao que ela acabou de sair. Ela se sente um pouco deslocada, como se tivesse vivido algo secreto demais para ser compartilhado com o resto do mundo.Ao
Chegando ao hotel, percebeu que algo estava diferente. Yanek estava impaciente, inquieto. — O que foi? — perguntou, sentindo que algo estava errado. Ele passou a mão pelos cabelos, suspirando pesadamente. — A mulher que eu marquei para esta noite cancelou. Ela ergueu uma sobrancelha. — E por isso quer cancelar tudo? Ele olhou para ela, avaliando-a. — Isso faz parte do que combinamos, senhorita Llanos. _Me chame de Babi. Ele assentiu. Ela o observou por alguns segundos e então se aproximou, baixando um pouco a voz. — E se… tentássemos só nós dois, por uma vez? Yanek ficou visivelmente tenso. — Você sabe que não é assim que eu gosto de jogar. Ela deu um meio sorriso. — Você pode continuar na sua cadeira. Pode só me observar. E pode… brincar consigo mesmo enquanto eu faço o mesmo. O olhar dele mudou. Ele estava considerando a ideia. Um longo silêncio se passou antes que ele assentisse. — Certo. Ele entrou no banheiro, e Babi respirou fundo. Essa e
Babi pegou o celular no meio da madrugada e viu que Zoe ainda não tinha respondido. Hesitou por um momento antes de mandar outra mensagem, mas desistiu. Provavelmente, a amiga estava apenas se divertindo. No domingo à tarde, finalmente recebeu uma resposta. Zoe: "Oi. Tô bem." A mensagem curta e seca a fez franzir a testa. Zoe nunca respondia assim. Mas talvez estivesse apenas cansada da viagem. Babi tentou não pensar muito nisso e lembrou do possível pedido de noivado que Zoe imaginava receber. Talvez estivesse apenas absorvendo tudo isso. Seu celular vibrou novamente. Yanek: "Nos encontramos hoje à noite. Mesmo lugar." O coração dela disparou. Imediatamente, sua mente a levou de volta à última noite que passaram juntos. A maneira como ele olhou para ela, como ficou satisfeito com a surpresa do piercing. A intensidade do momento que compartilharam, mesmo sem contato físico. Desde então, ela havia feito uma promessa para si mesma. Nunca mais se tocaria sem ser na frente dele.