Babi passou a maior parte do dia tentando manter a mente ocupada, mas era impossível não pensar no encontro com Yanek naquela noite. Ela ainda não sabia exatamente o que esperar, mas uma coisa era certa: ele não era um homem comum. Enquanto aguardava o resultado dos exames, decidiu pesquisar sobre ele na internet. Digitou "Yanek Kovalev-Harris" e imediatamente apareceram inúmeras matérias sobre ele. CEO de uma das empresas mais poderosas do país, um magnata jovem e influente. Havia dezenas de fotos dele em eventos sociais, sempre impecavelmente vestido. O que mais chamou sua atenção, no entanto, foram as mulheres ao seu lado. Sempre deslumbrantes. Modelos, atrizes, herdeiras. Todas perfeitas, como se tivessem saído de capas de revistas. Ela se perguntou se eram sugar babies, assim como ela estava prestes a ser. Não parecia. E isso a fez questionar ainda mais o motivo de ele tê-la escolhido. Ela não era feia, mas também não era do tipo de mulher que parecia combin
Babi sentiu seu coração disparar quando Yanek pediu que ela se sentasse no meio da cama. O colchão macio cedeu levemente sob seu peso enquanto ela obedecia, cruzando as pernas instintivamente em um gesto tímido. Os olhos dele percorreram seu corpo com calma, analisando-a sem pressa. Ela tentou se manter firme sob o olhar intenso, mas sentiu um calor subir por sua pele. Ele não disse nada por alguns segundos, apenas a observava. — Tire o vestido — pediu, a voz firme, mas não rude. Babi hesitou. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria, mas ouvir o pedido tornava tudo mais real. Engolindo em seco, ela levou as mãos ao zíper na lateral do vestido e o abriu devagar. O tecido deslizou por seu corpo e caiu sobre a cama, revelando sua lingerie preta recém-comprada. Ficou apenas de calcinha e sutiã, sentindo sua pele arrepiar sob o olhar dele. Yanek não esboçou nenhuma reação exagerada, apenas continuou observando-a, os olhos escuros se movendo lentamente
Babi sentiu seu corpo quente, a respiração acelerada, o coração batendo forte contra o peito enquanto estava ali, exposta sob o olhar atento de Yanek. Ele a observava como um predador paciente, degustando cada detalhe dela sem pressa. O brilho nos olhos dele, intenso e carregado de desejo, fez um arrepio subir pela espinha de Babi. Ela se entregava ao momento, os dedos explorando sua própria pele como ele havia pedido, buscando sensações que antes pareciam inatingíveis. O ambiente, iluminado apenas pelas luzes suaves do quarto, tornava tudo mais íntimo e proibido. Então, o inesperado aconteceu. A porta se abriu, e uma mulher loira, de corpo escultural e curvas perfeitamente delineadas pela lingerie rendada, entrou no quarto sem hesitação. Babi congelou. O ar pareceu sumir de seus pulmões quando viu a loira se aproximar de Yanek e capturar os lábios dele em um beijo provocante. Ela sentiu uma onda de confusão e um leve desconforto, mas também havia algo mais ali. Uma faísca de curio
A caneca de café quase escorregou da mão de Babi quando o cliente ranzinza da mesa 4 resmungou outra reclamação. — Moça, eu pedi esse café com menos açúcar! Quer me matar de diabetes? Babi forçou um sorriso enquanto pegava a xícara de volta. — Claro, senhor. Vou trazer outro pra você. Virou-se com um suspiro exasperado, caminhando até o balcão, onde sua amiga Zoe terminava um pedido. Quando os olhares se encontraram, Babi revirou os olhos, e Zoe teve que morder o lábio para não rir. — Mais um reclamão? — Zoe perguntou, balançando a cabeça. — O de sempre — Babi respondeu, despejando o café na pia com um pouco mais de agressividade do que o necessário. O celular vibrou no bolso do avental. Ela o puxou com um pressentimento ruim e, quando viu o nome do senhor Vasquez, seu senhorio, um frio percorreu sua espinha. Com um suspiro, abriu a mensagem. Vasquez: Babi, aluguel tá atrasado. Preciso desse dinheiro até sexta, senão vou ter que procurar outro inquilino. Nada pessoal
O silêncio do apartamento era opressor. Babi se espreguiçou no sofá velho e olhou para o teto manchado, perdida em pensamentos. A conversa com Zoe ainda ecoava na sua cabeça, mas outra lembrança começou a tomar espaço, uma que nunca a abandonava de verdade. Ela fechou os olhos e viu sua mãe. Nos últimos anos de vida, a doença a consumiu rapidamente. Primeiro, era só uma tosse ocasional, algo que os médicos pareciam não levar tão a sério. Mas então vieram os acessos de falta de ar, as noites intermináveis de tosse seca e dolorosa. O diagnóstico veio tarde demais: fibrose pulmonar. Os médicos disseram que não havia muito o que fazer. O ar começou a lhe faltar mais do que nunca, e, em pouco tempo, sua mãe já não conseguia andar sem perder o fôlego. Babi tinha apenas doze anos quando a viu definhar. As mãos da mãe, antes fortes, tornaram-se frágeis, ossudas. Seu olhar, que um dia brilhava com vida e afeto, ficou opaco, resignado. No fim, ela mal conseguia falar sem se engasgar com
Babi ficou encarando a tela do notebook, o cursor piscando como se zombasse dela. Depois de respirar fundo, ela anexou a única foto que achou adequada. Estava de lado, com o rosto meio escondido pelo cabelo, usando um cropped preto de manga longa que desenhava sua cintura e uma calcinha preta simples. Não era nada vulgar, mas havia algo de sutilmente sexy na imagem. Ela não se achava sexy. Na verdade, nunca tinha pensado muito nisso. Só tinha ficado com alguns garotos, beijos trocados em festas ou encontros casuais, mas nada marcante. Sua primeira vez tinha sido aos 19, uma experiência desajeitada com um colega da lanchonete, sem nada de especial. A ideia de homens ricos e mais velhos desejando sua companhia parecia distante demais da vida real. Preencheu o restante do perfil com informações básicas — idade, hobbies, o que esperava da experiência. Escreveu que gostava de livros, filmes antigos e café, tentando parecer interessante sem revelar muito. Depois, clicou em "Salva
O sábado passou arrastado. Babi tentou não pensar muito no encontro, mas era impossível. Desde o momento em que acordou, sentia uma ansiedade esquisita no estômago. Às vezes se perguntava o que estava fazendo. Outras vezes tentava se convencer de que era só um jantar, uma conversa. Não significava nada além disso. Recebeu mais algumas mensagens no site, mas decidiu não responder. Primeiro, precisava ver no que aquilo ia dar. Mandou uma mensagem para Zoe: Babi: O encontro é às 8. Se eu não te mandar nada depois das 11, me liga, tá? Zoe: Relaxa, amiga. Você vai se sair bem. Mas se precisar, já sabe: código vermelho e eu invado esse hotel de salto e spray de pimenta! Babi sorriu, mas a tensão no peito não diminuiu. Para se distrair, passou boa parte do dia organizando o pequeno apartamento. Limpou a pia da cozinha, arrumou o armário, dobrou as roupas que sempre deixava jogadas. A cada hora que passava, sentia o tempo se esgotando. Às sete da noite, foi até o espelho e c
O olhar dele era afiado, intenso. Babi tentou fingir que não percebia, mas ele não se dava ao trabalho de disfarçar. Seus olhos azuis escuros a percorriam dos pés à cabeça, analisando-a como se estivesse avaliando uma compra. Depois de um longo silêncio, ele suspirou. Não era um suspiro de aprovação. Era… de decepção? Um desconforto se instalou no peito de Babi. Seus dedos se apertaram discretamente contra o tecido do vestido. O que ele esperava? Uma modelo de revista? Sem dizer nada, o homem se afastou, caminhando até o minibar no canto do quarto. Com movimentos calculados, pegou uma garrafa de uísque e serviu duas doses em copos baixos de cristal. Voltou até ela e estendeu um dos copos. Babi aceitou, mas sem intenção de beber. Seu estômago já estava revirado o suficiente, e ela nunca lidou bem com álcool. Uma dose pequena já era o suficiente para deixá-la tonta, e ficar vulnerável ali dentro não parecia uma ideia inteligente. Levou o copo aos lábios, fingindo beb