Luan imediatamente percebeu o que estava acontecendo. [Tente convencer a Srta. Clara a não sujar as mãos. Eu já estou indo agora.][Certo.]— Srta. Clara... — O segurança se aproximou.Clara acenou com a cabeça, lançando um olhar de desprezo para os três homens atrás deles.Principalmente para Max.Ao ver Clara, Max ficou todo trêmulo!As pernas estavam tão fracas que ele quase não conseguiu ficar em pé.Aquela mulher era implacável.Fazia ele desejar nunca ter nascido.— Mmmpfh... — Milena, ao ver o primo, arregalou os olhos em choque.Eles foram pegos?Ela olhou para os três, com seus rostos desfigurados, e soube que certamente eles tinham entregado tudo.Milena estava furiosa!Como eles puderam ser tão estúpidos?!Se tivessem insistido que a culpa era da Isabela, ela poderia ter feito com que toda a raiva de Clara se voltasse contra ela.Se as duas começassem a brigar, ela se aproveitaria da situação para sair ganhando!Mas aqueles três idiotas conseguiram estragar tudo!Naquele mo
Ela mal terminou de falar e já levou um tapa forte no rosto.— Foi você quem disse que não havia problema!— Eu disse que não havia problema? Vocês não sabem que isso é ilegal? Ou será que já são bandidos mesmo...— E ainda tem cara de pau de discutir com a gente? Tá querendo morrer, é?Milena conseguiu irritar eles de vez.Os golpes choviam cada vez mais violentos, acompanhados por gritos agonizantes de Milena. Quando Luan chegou, viu três homens batendo em uma mulher.Mas a mulher ainda estava com a língua afiada.Ele foi até Clara e falou:— Se precisar de alguma coisa, é só chamar. Não precisa vir aqui, vai sujar seus olhos à toa.Clara olhou para Luan e de repente sorriu.— Essa mulher... Eu não quero ver ela.Luan entendeu imediatamente o que Clara queria dizer.Aqueles três homens realmente tinham provas dos crimes que cometeram.Mas quanto a Milena...— Entendi. — Luan parecia um pouco incomodado, mas assentiu.Clara franziu a testa e perguntou:— Está difícil de resolver? Esse
O que a deixou ainda mais chocada foi o passado de Clara. Ela era tão imponente, parecia uma rainha, e todos os seguranças e subordinados a tratavam com uma reverência quase exagerada.Clara tinha tantas qualidades, poderia facilmente arranjar um homem melhor. Mas por que ela queria disputar Sandro com ela?Sandro era a melhor escolha no círculo dela.Por isso, ela estava disposta a tudo para conquistar aquele homem que poderia mudar seu destino.Casando com ele, sua vida, o futuro dos filhos dela, tudo daria um salto de classe.Mas o que Clara queria com um homem divorciado?Era amor?Ela achava aquilo tão ridículo.No final das contas, não era tudo uma questão de necessidades e interesses?O amor não era algo secundário?Ela também sentia algo por Sandro.Mas o desejo de conquistar o status que ele representava estava acima de qualquer sentimento.Ela tentou se levantar, mas não conseguiu.A corda que a prendia impedia seus movimentos.Não conseguia usar força alguma.— Me ajude! Soc
Clara quase gritou.— Você viu a namorada do meu irmão?! Ela é bonita? Você está satisfeita?— A menina é boa, principalmente porque seu irmão gosta dela. — Alícia respondeu.— Então ela vai vir hoje? — Clara perguntou.— Ainda não liguei. — Alícia respondeu.— Mãe, você tem que ligar antes, precisa dar tempo para menina se preparar! — Clara disse.Alícia pensou por um momento e concordou.— Tá, vou ligar agora.Ela foi lavar as mãos e entrou na sala.Clara, querendo muito ver a futura cunhada, estava super animada. Pegou o celular e ajudou a discar o número.— Aqui, mãe! — Clara até colocou o celular bem perto da orelha da mãe.Alícia deu uma olhada na filha e pegou o celular.A ligação foi atendida.— Jorge, traga sua namorada para jantar hoje à noite.Jorge sabia que Isabela estava ocupada nos últimos dias e não tinha tempo, além disso, o relacionamento deles ainda estava se desenvolvendo, então não era o momento de levar ela para casa. Ele ainda não tinha falado para Isabela sobre
Isabela baixou a cabeça e perguntou:— O que é isso?Alícia sorriu e respondeu:— Tem uma exposição de arte depois de amanhã, você vai estar livre?Isabela já havia recusado o convite para ir à casa dela. Se recusasse aquilo também, ficaria mal-vista.Ela deixou as coisas de lado, pegou com as duas mãos e disse:— Obrigada, Sra. Alícia.— Então, depois de amanhã, às três da tarde, te busco aqui no portão, tá? — Alícia a olhou com expectativa.— Tá bom. — Isabela assentiu.— Então, vai logo, não vou atrapalhar mais vocês. — Alícia sorriu de uma forma ardilosa.Na cabeça dela, Isabela e Jorge estavam praticamente morando juntos.Se antes ter encontrado ela na casa dele foi uma coincidência, ver ela novamente no condomínio, comprando várias coisas para a casa, já indicava que eles de fato estavam morando juntos. Não era mais coincidência nem uma suposição da sua parte.Isabela sentiu que havia algo estranho na fala de Alícia, mas não deu muita atenção.Talvez tenha entendido errado ou ela
Isabela deixou escapar um riso sarcástico vindo da garganta.— Eu nunca pensei em voltar com você. Mas já imaginei mil formas de me vingar. Ontem mesmo eu sonhei com isso. Sonhei que você tinha morrido, e você estava tão horrível, os membros desfeitos, as vísceras espalhadas... Ri tanto e acordei. Você sabe o quanto eu fiquei desapontada por ser só um sonho?A expressão de Sandro mudou de forma a cada palavra, alternava entre pálido e avermelhado.Os cantos dos lábios tremiam.— Se me xingar te faz sentir melhor, vai em frente, eu aceito. — Sandro ainda não parecia entender a realidade.Ele ainda achava que, se fosse sincero e pedisse desculpas, poderia haver algum tipo de reconciliação.Isabela riu, mas de raiva.— Você está rindo do quê? Eu não acredito que, depois do nosso divórcio, você não tenha ficado triste, não tenha ficado abalada ou não tenha chorado. Não venha negar, eu vi com meus próprios olhos. Então, vamos parar de nos torturar, né? — Sandro falou com um tom firme.Isabe
Naquele dia, quando Isabela Lopes foi levada ao tribunal pelo próprio marido, Sandro Marques, uma nevasca intensa tomava conta da cidade.Ela ainda se lembrava de como acreditava em seu amor. Durante sete anos, desde que se apaixonaram até o casamento, sempre teve certeza de que ele amava ela e que viviam um casamento feliz.Tudo mudou, porém, quando ele entregou ela às autoridades, sem hesitar, por causa de uma palavra dita por Milena.O juiz começou a leitura do caso de Isabela, acusada de porte de substâncias proibidas.— No dia 23 deste mês, durante uma blitz na Rua Oeste, agentes encontraram substâncias ilícitas no veículo conduzido pela Sra. Isabela. — Declarou o juiz. — Esta audiência é para examinar os detalhes da acusação. Solicito que o autor leia suas alegações.Sandro se levantou, o corpo alto e imponente vestido com um terno preto impecável, que só aumentava seu ar sério e afiado. Seus olhos, que um dia transbordavam de amor por sua esposa, agora mostravam apenas desaponta
Isabela se virou para olhar Sandro. Era curioso como palavras tão decisivas agora pareciam deslizar com facilidade.Sandro, com uma expressão gélida, retrucou sem titubear:— Não vou me divorciar de você. Você sabe disso muito bem.— Você é advogado, deveria entender o que está em jogo. Se eu for condenada, vou parar na cadeia...— Com as provas contra você, Isabela, não posso fazer nada além de seguir o que a lei manda...— Não, Sandro. Não é sobre provas. É sobre você acreditar na Milena e não em mim.Isabela sentia cada palavra pesando no ar. Era mais do que simplesmente uma questão de confiança: ele estava disposto a vê-la presa para defender Milena.Ele baixou os olhos e, evitando a intensidade do olhar dela, depois caminhou para as escadas, sem oferecer qualquer explicação:— Vamos para casa.Isabela ajustou o casaco grosso ao corpo e seguiu até o carro. Aquele dia estava frio e o vento cortava o rosto dela como pequenas lâminas geladas. Ela entrou no carro e o silêncio entre ele