— Quanto tempo você vai levar para me amar a ponto de não conseguir viver sem mim? Cinco anos? Dez? Vinte? Cinquenta? Oitenta? Uma vida inteira?Jorge falou com a voz controlada, sem deixar transparecer emoção.— Não sei. Ainda é incerto. — Isabela não olhou para ele.— Tudo bem, eu posso esperar. — Jorge sorriu levemente. Sua voz ficou baixa e prolongada. — Eu posso esperar o tempo que for.Isabela sentiu um arrepio no peito. Ela abaixou a cabeça.— Não faz assim.— Fazer como? — Ele perguntou.A atitude de Jorge a fazia sentir uma pressão enorme.— Me beija.Isabela olhou para ele, surpresa.— Mas eu não me arrumei ainda...— Eu não me importo. — Ele a puxou para mais perto, a mão ainda na cintura dela, acariciando a pele através do tecido. Isabela sentiu um formigamento.Para tentar encerrar logo a situação, ela abaixou a cabeça e foi se aproximando lentamente. Quando estavam a poucos milímetros de distância, Jorge tomou a iniciativa e ergueu o rosto.Seus lábios se tocaram, e o ar
Milena ainda estava no hospital. O machucado na cabeça ainda não havia sarado, e Clara a atingiu novamente, o que fez a lesão piorar ainda mais.Ela estava deitada na cama do hospital, completamente irritada.O hospital acabou de cobrar os custos, mas ela não tinha dinheiro.Ela se arrependeu de não ter pegado o dinheiro de Sandro.Deveria ter aceitado a compensação primeiro e depois pensado em outra forma de conquistar ele.Naquele momento ela se via naquela situação humilhante.Além de não ter conseguido nada, tinha havia perdido uma boa quantia.Ela ainda devia dinheiro para o primo.O primo disse que conseguiria o que ela queria, mas o vídeo que ela pediu ainda não havia sido enviado.Ela pensou em mostrar o vídeo em que Clara era humilhada para Sandro, na esperança de conseguir reverter a situação com ele.Enquanto ela planejava como poderia recuperar Sandro, a porta do quarto se abriu.Ela levantou a cabeça e viu Clara entrando, acompanhada de dois seguranças grandes e vestidos d
Luan imediatamente percebeu o que estava acontecendo. [Tente convencer a Srta. Clara a não sujar as mãos. Eu já estou indo agora.][Certo.]— Srta. Clara... — O segurança se aproximou.Clara acenou com a cabeça, lançando um olhar de desprezo para os três homens atrás deles.Principalmente para Max.Ao ver Clara, Max ficou todo trêmulo!As pernas estavam tão fracas que ele quase não conseguiu ficar em pé.Aquela mulher era implacável.Fazia ele desejar nunca ter nascido.— Mmmpfh... — Milena, ao ver o primo, arregalou os olhos em choque.Eles foram pegos?Ela olhou para os três, com seus rostos desfigurados, e soube que certamente eles tinham entregado tudo.Milena estava furiosa!Como eles puderam ser tão estúpidos?!Se tivessem insistido que a culpa era da Isabela, ela poderia ter feito com que toda a raiva de Clara se voltasse contra ela.Se as duas começassem a brigar, ela se aproveitaria da situação para sair ganhando!Mas aqueles três idiotas conseguiram estragar tudo!Naquele mo
Ela mal terminou de falar e já levou um tapa forte no rosto.— Foi você quem disse que não havia problema!— Eu disse que não havia problema? Vocês não sabem que isso é ilegal? Ou será que já são bandidos mesmo...— E ainda tem cara de pau de discutir com a gente? Tá querendo morrer, é?Milena conseguiu irritar eles de vez.Os golpes choviam cada vez mais violentos, acompanhados por gritos agonizantes de Milena. Quando Luan chegou, viu três homens batendo em uma mulher.Mas a mulher ainda estava com a língua afiada.Ele foi até Clara e falou:— Se precisar de alguma coisa, é só chamar. Não precisa vir aqui, vai sujar seus olhos à toa.Clara olhou para Luan e de repente sorriu.— Essa mulher... Eu não quero ver ela.Luan entendeu imediatamente o que Clara queria dizer.Aqueles três homens realmente tinham provas dos crimes que cometeram.Mas quanto a Milena...— Entendi. — Luan parecia um pouco incomodado, mas assentiu.Clara franziu a testa e perguntou:— Está difícil de resolver? Esse
O que a deixou ainda mais chocada foi o passado de Clara. Ela era tão imponente, parecia uma rainha, e todos os seguranças e subordinados a tratavam com uma reverência quase exagerada.Clara tinha tantas qualidades, poderia facilmente arranjar um homem melhor. Mas por que ela queria disputar Sandro com ela?Sandro era a melhor escolha no círculo dela.Por isso, ela estava disposta a tudo para conquistar aquele homem que poderia mudar seu destino.Casando com ele, sua vida, o futuro dos filhos dela, tudo daria um salto de classe.Mas o que Clara queria com um homem divorciado?Era amor?Ela achava aquilo tão ridículo.No final das contas, não era tudo uma questão de necessidades e interesses?O amor não era algo secundário?Ela também sentia algo por Sandro.Mas o desejo de conquistar o status que ele representava estava acima de qualquer sentimento.Ela tentou se levantar, mas não conseguiu.A corda que a prendia impedia seus movimentos.Não conseguia usar força alguma.— Me ajude! Soc
Clara quase gritou.— Você viu a namorada do meu irmão?! Ela é bonita? Você está satisfeita?— A menina é boa, principalmente porque seu irmão gosta dela. — Alícia respondeu.— Então ela vai vir hoje? — Clara perguntou.— Ainda não liguei. — Alícia respondeu.— Mãe, você tem que ligar antes, precisa dar tempo para menina se preparar! — Clara disse.Alícia pensou por um momento e concordou.— Tá, vou ligar agora.Ela foi lavar as mãos e entrou na sala.Clara, querendo muito ver a futura cunhada, estava super animada. Pegou o celular e ajudou a discar o número.— Aqui, mãe! — Clara até colocou o celular bem perto da orelha da mãe.Alícia deu uma olhada na filha e pegou o celular.A ligação foi atendida.— Jorge, traga sua namorada para jantar hoje à noite.Jorge sabia que Isabela estava ocupada nos últimos dias e não tinha tempo, além disso, o relacionamento deles ainda estava se desenvolvendo, então não era o momento de levar ela para casa. Ele ainda não tinha falado para Isabela sobre
Isabela baixou a cabeça e perguntou:— O que é isso?Alícia sorriu e respondeu:— Tem uma exposição de arte depois de amanhã, você vai estar livre?Isabela já havia recusado o convite para ir à casa dela. Se recusasse aquilo também, ficaria mal-vista.Ela deixou as coisas de lado, pegou com as duas mãos e disse:— Obrigada, Sra. Alícia.— Então, depois de amanhã, às três da tarde, te busco aqui no portão, tá? — Alícia a olhou com expectativa.— Tá bom. — Isabela assentiu.— Então, vai logo, não vou atrapalhar mais vocês. — Alícia sorriu de uma forma ardilosa.Na cabeça dela, Isabela e Jorge estavam praticamente morando juntos.Se antes ter encontrado ela na casa dele foi uma coincidência, ver ela novamente no condomínio, comprando várias coisas para a casa, já indicava que eles de fato estavam morando juntos. Não era mais coincidência nem uma suposição da sua parte.Isabela sentiu que havia algo estranho na fala de Alícia, mas não deu muita atenção.Talvez tenha entendido errado ou ela
Isabela deixou escapar um riso sarcástico vindo da garganta.— Eu nunca pensei em voltar com você. Mas já imaginei mil formas de me vingar. Ontem mesmo eu sonhei com isso. Sonhei que você tinha morrido, e você estava tão horrível, os membros desfeitos, as vísceras espalhadas... Ri tanto e acordei. Você sabe o quanto eu fiquei desapontada por ser só um sonho?A expressão de Sandro mudou de forma a cada palavra, alternava entre pálido e avermelhado.Os cantos dos lábios tremiam.— Se me xingar te faz sentir melhor, vai em frente, eu aceito. — Sandro ainda não parecia entender a realidade.Ele ainda achava que, se fosse sincero e pedisse desculpas, poderia haver algum tipo de reconciliação.Isabela riu, mas de raiva.— Você está rindo do quê? Eu não acredito que, depois do nosso divórcio, você não tenha ficado triste, não tenha ficado abalada ou não tenha chorado. Não venha negar, eu vi com meus próprios olhos. Então, vamos parar de nos torturar, né? — Sandro falou com um tom firme.Isabe