Ela se aproximou de Max, apertou os olhos e encostou a ponta do taco de golfe, a parte usada para bater, em sua virilha.— Naquele dia, quando você estava me perseguindo, estava bem ousado, dizendo até que ia me estuprar. Mas agora, estou bem aqui na sua frente, e cadê essa ousadia toda? Hã?Max tremia de medo.— Uuuh...Clara apertou com força.Parecia que algo havia estourado!A parte de baixo da calça ficou completamente molhada.O homem arregalou os olhos de repente, suas pupilas estavam tremendo.— Uuuh... — Os gemidos abafados eram tudo o que Max conseguia emitir.Os seguranças ao lado fizeram caretas de dor involuntárias, como se fosse eles que estivessem levando o golpe nos testículos.Clara ainda se sentia satisfeita com aquilo.Ela deu mais alguns chutes nele, ainda mais fortes.— Luan. — Clara precisava do depoimento, ela queria entregá-lo a Sandro, para que ele visse claramente quem Milena realmente era.Luan sabia o que Clara queria, e já estava preparado.Ele se aproximou
Sandro não queria ouvir nem uma palavra dela.— Vou te dar um minuto, saia da minha vista.Milena baixou a cabeça, com o ódio nos olhos atingindo o auge.— É por causa da sua noiva, ou da Isabela? — Ela levantou a cabeça, com uma expressão de pura pena.Sandro se irritou.— Preciso repetir de novo?!— Ok, eu vou embora. — Milena se levantou com dificuldade do chão, tremendo, e não conseguiu andar mais do que dois passos antes de desmaiar no sofá.— Milena?! — Sandro franziu a testa.Tudo em silêncio. Ele se aproximou do sofá e deu um leve chute nela.Mas Milena não reagiu.— Porra! — Sandro explodiu de raiva.Ele pegou o telefone fixo da mesa e discou 192.Milena pensou que Sandro a levaria para o hospital.Mas não esperava que ele fosse chamar uma ambulância e não a levasse pessoalmente.Ela mordeu a parte interna da boca.O coração dela estava dolorido e cheio de ódio.Aquele homem realmente era implacável.Assim que virava as costas, ele não lembrava nem um pouco dos sentimentos an
O tremor fez a casa inteira parecer que ia desabar.Clara virou a cabeça, mas viu Milena se levantando do sofá.Ela olhou Clara com desdém, e em seguida se vestiu e caminhou em direção à porta.Clara estava tão irritada que sentia que seus pulmões iam explodir de raiva.Uma chama queimava em seu peito, e ela achava que se não a liberasse logo, poderia sufocar.Ela correu em direção a Milena.— Vadia! Você quer me prejudicar e ainda tem a audácia de me provocar! — Ela pegou um vaso e o atirou na cabeça de Milena. — Não vou te deixar escapar tão fácil!Milena teve um momento de escurecimento antes de cair no chão.No começo, ela estava fingindo estar desmaiada, mas naquele momento, ela realmente tinha sido atingida e desmaiado.A ambulância chegou, e Clara mandou que levassem Milena embora.Sandro saiu de seu quarto já vestido, e ao ver que Clara ainda estava lá, não disse nada. Ele apenas se preparava para sair.— Vai ao hospital ver aquela vadia? — Clara foi até ele e bloqueou seu cami
Ele levantou ligeiramente o canto dos lábios. Ele não vinha ao escritório de advocacia, mas não tinha dito que não a veria.— Isso aqui é um escritório de advocacia?Isabela sorriu um pouco, ela tinha se esquecido.Só podia culpar a proximidade entre o escritório e onde morava.— Tão apressada assim, para onde vai?Isabela respondeu sinceramente:— Acabei de receber uma ligação, algo deu errado com o meu primo, preciso voltar para ver o que aconteceu.— Eu te acompanho.Isabela hesitou um pouco.Ela ainda não havia pensado em deixar Jorge entrar no círculo de sua família.Aquilo significaria basicamente anunciar o relacionamento deles.Mas a relação dos dois estava apenas começando.Não sabia até onde chegariam, e, por isso, não queria que Jorge se envolvesse demais em sua vida.Jorge pareceu perceber o que ela pensava, e toda a animação de vê-la foi se esvaindo.Ele apertou os lábios, e a frustração que estava segurando há muito tempo transbordou pelas palavras:— Eu sou tão indesejáv
Na frente do restaurante, havia uma multidão de pessoas curiosas.Isabela franziu a testa, prestes a se aproximar, quando Jorge disse:— Espere um pouco.— Hã? — Ela olhou para ele, confusa.— Com tanta gente assim, será que não é melhor chamar a polícia?— Eu já mandei eles chamarem, será que não chamaram? — Isabela respondeu.Pelo visto, não tinham feito.Ela rapidamente pegou o celular e fez a ligação para a polícia.Jorge foi à frente dela, abrindo caminho.Os familiares do falecido estavam gritando na porta, dizendo que a responsabilidade pelo que aconteceu era do restaurante do Tomas.— Você está maluca? A polícia já disse que não tem nada a ver com o meu filho! Foi ele quem assediou a mulher e se deu mal, morreu porque mereceu... — Disse Fernanda com raiva.— Você... — A parente do falecido estava furiosa, e empurrava Fernanda. — Você que merece, você que devia ter morrido!As duas mulheres se empurravam uma à outra.— Sogra, parem de brigar! — Felícia tentou separar as duas.As
Isabela foi barrada na porta pela enfermeira.— Você é familiar da paciente? Por favor, vá pagar primeiro.— Ah, tá. — Isabela correu até o caixa no saguão e pagou três mil reais.Ela voltou e ficou esperando na porta da sala de cirurgia.Pelo que ela havia visto pouco antes, parecia que a criança da Felícia não conseguiria sobreviver.Cerca de meia hora depois, o médico saiu, e Isabela foi até ele.— Você é familiar da paciente? — O médico perguntou.— Sim. — Isabela assentiu.— Ela teve um aborto. Quando foi trazida, a criança já havia saído. — O médico, vestindo seu jaleco branco, continuou. — O estado emocional dela não está muito bom. Você, como familiar, deve tentar confortar ela. E o marido dela? Seria bom ele vir acompanhar.— Tá bom. Obrigada. — Isabela respondeu.— Ela provavelmente não vai conseguir andar por enquanto, então coloque ela na área de descanso. Quando ela acordar e não tiver mais nenhum desconforto, pode ir para casa descansar.— Tá bem, muito obrigada, doutor.
Naquele momento, era a família do falecido que estava causando problemas no restaurante deles, e com certeza era culpa da família do falecido.Se algo tivesse acontecido com sua nora, ela poderia simplesmente processar aquela família do falecido.Naquele momento, a família do falecido estava fazendo escândalo na delegacia, e a polícia já estava tentando entrar em contato com os parentes deles, pedindo para que viessem até lá. Se os parentes não colaborassem, a polícia iria forçar a convocação dos familiares, incluindo os parentes do falecido, para a sala de interrogatório.De acordo com o Artigo 23 da Lei de Administração de Segurança Pública, quem perturbar a ordem de órgãos, entidades ou empresas, a ponto de impedir o funcionamento normal de atividades como trabalho, produção, serviços médicos, ensino ou pesquisa científica, e não causar danos graves, pode receber uma advertência ou multa de até 2000 reais. Se o caso for mais grave, a pessoa pode ser detida por 5 a 10 dias, além de u
— Hoje não, tia. Vou voltar amanhã. A gente vai embora. Não tem problema, de carro fica tranquilo. — Isabela recusou rapidamente.Se fosse só ela, até tudo bem, poderia passar a noite lá. Mas tinha o Jorge com ela.Por um lado, ela temia que Jorge não se acostumasse. Por outro, não queria dar trabalho. Se ficassem, ainda teriam que preparar o jantar e arrumar o quarto, seria um incômodo.— Já está tão tarde e vocês não comeram ainda, que tal jantarem aqui antes de irem? — Disse Fernanda.Isabela respondeu:— A gente come algo no caminho de volta, não precisa se preocupar, tia. Depois de tudo que aconteceu em casa, melhor você voltar e preparar alguma coisa para a Felícia. Aborto deixa a mulher muito fraca.Ao pensar na Felícia e no aborto, Fernanda suspirou.— Eu estava tão animada, achando que logo teria meu neto nos braços, mas... Realmente, a sorte virou contra mim.Ela estava claramente frustrada.Isabela não respondeu. Não havia muito o que dizer, afinal, uma situação daquele jeit