— Hoje não, tia. Vou voltar amanhã. A gente vai embora. Não tem problema, de carro fica tranquilo. — Isabela recusou rapidamente.Se fosse só ela, até tudo bem, poderia passar a noite lá. Mas tinha o Jorge com ela.Por um lado, ela temia que Jorge não se acostumasse. Por outro, não queria dar trabalho. Se ficassem, ainda teriam que preparar o jantar e arrumar o quarto, seria um incômodo.— Já está tão tarde e vocês não comeram ainda, que tal jantarem aqui antes de irem? — Disse Fernanda.Isabela respondeu:— A gente come algo no caminho de volta, não precisa se preocupar, tia. Depois de tudo que aconteceu em casa, melhor você voltar e preparar alguma coisa para a Felícia. Aborto deixa a mulher muito fraca.Ao pensar na Felícia e no aborto, Fernanda suspirou.— Eu estava tão animada, achando que logo teria meu neto nos braços, mas... Realmente, a sorte virou contra mim.Ela estava claramente frustrada.Isabela não respondeu. Não havia muito o que dizer, afinal, uma situação daquele jeit
De manhã, Jorge foi acordado pelo som da campainha.Ele se levantou e foi abrir a porta.Ao ver quem estava na porta, Jorge franziu a testa.— O que você está fazendo aqui? — Perguntou ele.— Não posso vir? Claro que vim ver meu filho. — Alícia sorriu.Desde que Jorge mencionou que tinha uma namorada, ela ficou com isso na cabeça.— Quando você disse que tinha uma namorada, no começo achei que você estava mentindo, mas pensando bem, você nunca ficou tanto tempo no país antes. Talvez você não estivesse mentindo.— Mas você poderia ter me avisado antes. — Jorge falou.Alícia entrou com uma caixa de comida.— Se eu tivesse te avisado, você teria deixado eu vir? — Alícia olhou para o filho. Ela sabia bem o tipo de temperamento que ele tinha.Jorge coçou a testa.Era verdade. Se ela tivesse avisado, ele com certeza não teria deixado ela vir.Jorge ajustou o roupão e disse:— Você veio fazer uma vistoria surpresa?Alícia colocou a caixa sobre a mesa e tirou a comida de dentro.— Fiz a Laura
Alícia sorriu, deu uma olhada no filho e imediatamente voltou para dentro.— Então você é a namorada do Jorge?Isabela olhou para Jorge, surpresa. Ela não sabia como responder.As duas acabavam de se conhecer. E Jorge já tinha contado para a família dele?Jorge se recostou em um canto, tentando esconder o sorriso entre a impaciência.— Se você assustar ela, vai ter que me compensar.Alícia olhou para ele com um olhar severo.— Você está tentando me enganar, né?Alícia entendeu naquele momento porque ele tinha sugerido que ela olhasse no quarto. Afinal, a escuridão escondia as intenções.Ela caiu direitinho na armadilha dele.Virando-se para Isabela, Alícia sorriu suavemente e se apresentou.— Sou a mãe do Jorge, Alícia Gonçalves. Não se preocupe.— Oi, Alícia. — Isabela sorriu educadamente. — Muito prazer.Alícia olhou rapidamente para Isabela de cima a baixo e parecia satisfeita.A moça era bonita, com uma boa postura.— Venha, sente aqui!. — Alícia sorriu, convidou animadamente.Isab
Ela conheceu a namorada do seu filho, e ficou bem feliz."Eles até passaram a morar juntas, parece que o dia de se tornar avó não está tão distante", pensou Alícia, satisfeita consigo mesma.— Me leva até lá. — Alícia puxou o filho.Jorge deu uma leve batida no ombro de Isabela e disse:— Volto já.Isabela respondeu com um simples "ok".Jorge seguiu a mãe até a porta e perguntou:— O que foi? Tem algum segredo para me contar?Alícia olhou para o filho com um olhar repreensivo e disse:— Vocês dois, se casem logo. Se ela engravidar antes, isso não é justo para a garota.Jorge ficou um pouco surpreso, mas logo entendeu e não conseguiu conter uma risadinha.— Você está pensando o quê?— Então, vocês já estão morando juntos, né? — Alícia falou.Jorge abriu a boca, mas não rebateu.— Sim, mãe, a gente toma os cuidados necessários, pode ficar tranquila. Antes do casamento, não vai acontecer nada.Alícia instantaneamente não ficou muito satisfeita.— Você não entendeu o que eu quis dizer, né?
— Quanto tempo você vai levar para me amar a ponto de não conseguir viver sem mim? Cinco anos? Dez? Vinte? Cinquenta? Oitenta? Uma vida inteira?Jorge falou com a voz controlada, sem deixar transparecer emoção.— Não sei. Ainda é incerto. — Isabela não olhou para ele.— Tudo bem, eu posso esperar. — Jorge sorriu levemente. Sua voz ficou baixa e prolongada. — Eu posso esperar o tempo que for.Isabela sentiu um arrepio no peito. Ela abaixou a cabeça.— Não faz assim.— Fazer como? — Ele perguntou.A atitude de Jorge a fazia sentir uma pressão enorme.— Me beija.Isabela olhou para ele, surpresa.— Mas eu não me arrumei ainda...— Eu não me importo. — Ele a puxou para mais perto, a mão ainda na cintura dela, acariciando a pele através do tecido. Isabela sentiu um formigamento.Para tentar encerrar logo a situação, ela abaixou a cabeça e foi se aproximando lentamente. Quando estavam a poucos milímetros de distância, Jorge tomou a iniciativa e ergueu o rosto.Seus lábios se tocaram, e o ar
Milena ainda estava no hospital. O machucado na cabeça ainda não havia sarado, e Clara a atingiu novamente, o que fez a lesão piorar ainda mais.Ela estava deitada na cama do hospital, completamente irritada.O hospital acabou de cobrar os custos, mas ela não tinha dinheiro.Ela se arrependeu de não ter pegado o dinheiro de Sandro.Deveria ter aceitado a compensação primeiro e depois pensado em outra forma de conquistar ele.Naquele momento ela se via naquela situação humilhante.Além de não ter conseguido nada, tinha havia perdido uma boa quantia.Ela ainda devia dinheiro para o primo.O primo disse que conseguiria o que ela queria, mas o vídeo que ela pediu ainda não havia sido enviado.Ela pensou em mostrar o vídeo em que Clara era humilhada para Sandro, na esperança de conseguir reverter a situação com ele.Enquanto ela planejava como poderia recuperar Sandro, a porta do quarto se abriu.Ela levantou a cabeça e viu Clara entrando, acompanhada de dois seguranças grandes e vestidos d
Luan imediatamente percebeu o que estava acontecendo. [Tente convencer a Srta. Clara a não sujar as mãos. Eu já estou indo agora.][Certo.]— Srta. Clara... — O segurança se aproximou.Clara acenou com a cabeça, lançando um olhar de desprezo para os três homens atrás deles.Principalmente para Max.Ao ver Clara, Max ficou todo trêmulo!As pernas estavam tão fracas que ele quase não conseguiu ficar em pé.Aquela mulher era implacável.Fazia ele desejar nunca ter nascido.— Mmmpfh... — Milena, ao ver o primo, arregalou os olhos em choque.Eles foram pegos?Ela olhou para os três, com seus rostos desfigurados, e soube que certamente eles tinham entregado tudo.Milena estava furiosa!Como eles puderam ser tão estúpidos?!Se tivessem insistido que a culpa era da Isabela, ela poderia ter feito com que toda a raiva de Clara se voltasse contra ela.Se as duas começassem a brigar, ela se aproveitaria da situação para sair ganhando!Mas aqueles três idiotas conseguiram estragar tudo!Naquele mo
Ela mal terminou de falar e já levou um tapa forte no rosto.— Foi você quem disse que não havia problema!— Eu disse que não havia problema? Vocês não sabem que isso é ilegal? Ou será que já são bandidos mesmo...— E ainda tem cara de pau de discutir com a gente? Tá querendo morrer, é?Milena conseguiu irritar eles de vez.Os golpes choviam cada vez mais violentos, acompanhados por gritos agonizantes de Milena. Quando Luan chegou, viu três homens batendo em uma mulher.Mas a mulher ainda estava com a língua afiada.Ele foi até Clara e falou:— Se precisar de alguma coisa, é só chamar. Não precisa vir aqui, vai sujar seus olhos à toa.Clara olhou para Luan e de repente sorriu.— Essa mulher... Eu não quero ver ela.Luan entendeu imediatamente o que Clara queria dizer.Aqueles três homens realmente tinham provas dos crimes que cometeram.Mas quanto a Milena...— Entendi. — Luan parecia um pouco incomodado, mas assentiu.Clara franziu a testa e perguntou:— Está difícil de resolver? Esse