Ela mal terminou de falar e já levou um tapa forte no rosto.— Foi você quem disse que não havia problema!— Eu disse que não havia problema? Vocês não sabem que isso é ilegal? Ou será que já são bandidos mesmo...— E ainda tem cara de pau de discutir com a gente? Tá querendo morrer, é?Milena conseguiu irritar eles de vez.Os golpes choviam cada vez mais violentos, acompanhados por gritos agonizantes de Milena. Quando Luan chegou, viu três homens batendo em uma mulher.Mas a mulher ainda estava com a língua afiada.Ele foi até Clara e falou:— Se precisar de alguma coisa, é só chamar. Não precisa vir aqui, vai sujar seus olhos à toa.Clara olhou para Luan e de repente sorriu.— Essa mulher... Eu não quero ver ela.Luan entendeu imediatamente o que Clara queria dizer.Aqueles três homens realmente tinham provas dos crimes que cometeram.Mas quanto a Milena...— Entendi. — Luan parecia um pouco incomodado, mas assentiu.Clara franziu a testa e perguntou:— Está difícil de resolver? Esse
O que a deixou ainda mais chocada foi o passado de Clara. Ela era tão imponente, parecia uma rainha, e todos os seguranças e subordinados a tratavam com uma reverência quase exagerada.Clara tinha tantas qualidades, poderia facilmente arranjar um homem melhor. Mas por que ela queria disputar Sandro com ela?Sandro era a melhor escolha no círculo dela.Por isso, ela estava disposta a tudo para conquistar aquele homem que poderia mudar seu destino.Casando com ele, sua vida, o futuro dos filhos dela, tudo daria um salto de classe.Mas o que Clara queria com um homem divorciado?Era amor?Ela achava aquilo tão ridículo.No final das contas, não era tudo uma questão de necessidades e interesses?O amor não era algo secundário?Ela também sentia algo por Sandro.Mas o desejo de conquistar o status que ele representava estava acima de qualquer sentimento.Ela tentou se levantar, mas não conseguiu.A corda que a prendia impedia seus movimentos.Não conseguia usar força alguma.— Me ajude! Soc
Clara quase gritou.— Você viu a namorada do meu irmão?! Ela é bonita? Você está satisfeita?— A menina é boa, principalmente porque seu irmão gosta dela. — Alícia respondeu.— Então ela vai vir hoje? — Clara perguntou.— Ainda não liguei. — Alícia respondeu.— Mãe, você tem que ligar antes, precisa dar tempo para menina se preparar! — Clara disse.Alícia pensou por um momento e concordou.— Tá, vou ligar agora.Ela foi lavar as mãos e entrou na sala.Clara, querendo muito ver a futura cunhada, estava super animada. Pegou o celular e ajudou a discar o número.— Aqui, mãe! — Clara até colocou o celular bem perto da orelha da mãe.Alícia deu uma olhada na filha e pegou o celular.A ligação foi atendida.— Jorge, traga sua namorada para jantar hoje à noite.Jorge sabia que Isabela estava ocupada nos últimos dias e não tinha tempo, além disso, o relacionamento deles ainda estava se desenvolvendo, então não era o momento de levar ela para casa. Ele ainda não tinha falado para Isabela sobre
Isabela baixou a cabeça e perguntou:— O que é isso?Alícia sorriu e respondeu:— Tem uma exposição de arte depois de amanhã, você vai estar livre?Isabela já havia recusado o convite para ir à casa dela. Se recusasse aquilo também, ficaria mal-vista.Ela deixou as coisas de lado, pegou com as duas mãos e disse:— Obrigada, Sra. Alícia.— Então, depois de amanhã, às três da tarde, te busco aqui no portão, tá? — Alícia a olhou com expectativa.— Tá bom. — Isabela assentiu.— Então, vai logo, não vou atrapalhar mais vocês. — Alícia sorriu de uma forma ardilosa.Na cabeça dela, Isabela e Jorge estavam praticamente morando juntos.Se antes ter encontrado ela na casa dele foi uma coincidência, ver ela novamente no condomínio, comprando várias coisas para a casa, já indicava que eles de fato estavam morando juntos. Não era mais coincidência nem uma suposição da sua parte.Isabela sentiu que havia algo estranho na fala de Alícia, mas não deu muita atenção.Talvez tenha entendido errado ou ela
Isabela deixou escapar um riso sarcástico vindo da garganta.— Eu nunca pensei em voltar com você. Mas já imaginei mil formas de me vingar. Ontem mesmo eu sonhei com isso. Sonhei que você tinha morrido, e você estava tão horrível, os membros desfeitos, as vísceras espalhadas... Ri tanto e acordei. Você sabe o quanto eu fiquei desapontada por ser só um sonho?A expressão de Sandro mudou de forma a cada palavra, alternava entre pálido e avermelhado.Os cantos dos lábios tremiam.— Se me xingar te faz sentir melhor, vai em frente, eu aceito. — Sandro ainda não parecia entender a realidade.Ele ainda achava que, se fosse sincero e pedisse desculpas, poderia haver algum tipo de reconciliação.Isabela riu, mas de raiva.— Você está rindo do quê? Eu não acredito que, depois do nosso divórcio, você não tenha ficado triste, não tenha ficado abalada ou não tenha chorado. Não venha negar, eu vi com meus próprios olhos. Então, vamos parar de nos torturar, né? — Sandro falou com um tom firme.Isabe
Sandro não aguentou mais. Ver os dois tão íntimos era insuportável.— Dr. Jorge, você é uma figura respeitada... Não acha que falar esse tipo de besteira é se rebaixar demais?Depois disso, ele olhou diretamente para Isabela.— Isa, volte para mim.Ele tentava desesperadamente despertar o amor que ela um dia sentiu por ele.Isabela apenas ergueu os olhos com frieza.Quando ele encarou aquele olhar gélido, sentiu o peito apertar.— Me desculpa... — As palavras escaparam sem pensar. Lá no fundo, ele sabia que estava errado.Isabela desviou o olhar, impassível. Levantou a mão e segurou o braço de Jorge, se apoiando nele com doçura. Olhou para ele com os olhos úmidos, cheios de emoção.Antes, ela já tinha fingido um relacionamento com Jorge só para se livrar de Sandro.Mas naquele momento não havia mais fingimento algum em seu olhar.Com sinceridade, ela disse:— Amor, obrigada por ter aparecido na minha vida.Foi Jorge quem a ajudou a se tornar uma verdadeira advogada. Sempre a apoiando e
Antes que Jorge pudesse responder, ela continuou:— Eu sou filha única, não tenho irmãos. Como você viu, minha família é bem simples, meus pais são pessoas humildes, e nossos parentes também são pessoas comuns.— Minha família é boa, tenho uma irmã, e meus pais estão vivos... — A resposta de Jorge foi bem direta.Isabela já tinha uma ideia inicial sobre isso.De repente, um barulho forte veio de fora, parecia que a polícia tinha chegado.Isabela estava indo abrir a porta quando Jorge a segurou pelo braço.— Fique aqui dentro.Ele foi até a porta e a abriu.Os policiais perguntaram quem tinha feito a denúncia.Jorge respondeu:— Foi minha namorada quem ligou. Ele está nos assediando e batendo na porta com força, tentando invadir a casa. O comportamento dele está afetando muito a vida normal da minha namorada.Sandro, ouvindo Jorge se referir a Isabela como "namorada", sentiu a cabeça zumbir de raiva.Ele deu uma risada fria, com uma expressão de raiva no rosto.— Sua namorada? Ela é min
Os braços dele eram fortes, o corpo largo e firme.Quando a abraçava, parecia que ele a envolvia por completo.O tempo estava ficando cada vez mais quente.As roupas estavam ficando cada vez mais leves.Isabela podia sentir claramente o calor do homem atrás dela. Parecia que a temperatura dele ia atravessar o tecido, queimando ela.Ela olhou para baixo, movendo um pouco o corpo.— Pare com isso.Jorge se inclinou, seus lábios perto de seu ouvido.— No que você está pensando?— Não estou pensando em nada. — Isabela respondeu.Depois de dizer aquilo, parecia que ela tinha entendido o que ele queria dizer.Ao virar a cabeça, seus lábios passaram pelos dele. Seu rosto ficou um pouco quente, mas ela tentou se manter calma e disse:— Você quer saber se ainda penso nele, né? Será que a minha atitude de agora não foi o suficiente para você ver que não?Jorge observou seu rosto irritado e perguntou:— Está brava?— Não gosto de ser testada. Você sabe da minha situação. Se sabe, tem que estar pr