Embora eles e a família Neves não estivessem no mesmo nível, subir de nível era ainda mais impressionante.— Ela voltou para te seduzir? — Maria perguntou.Sandro virou a cabeça e desviou o olhar da mãe. Ele estava irritado com ela, com aquelas lições de vida que sempre dava a ele.Era a primeira vez que Sandro deixava o orgulho de lado e encarava seus próprios sentimentos.— Eu nunca parei de gostar dela. — Ele respondeu.Maria ficou em silêncio, quase sem palavras.Ela já estava prestes a explodir de tanta raiva.— Eu já te avisei, eu não permito! Nunca vou permitir que você se case de novo com a Isabela. Se você fizer isso, eu me mato na sua frente. Não importa se você ainda a ama, tem que esquecer ela!Maria já estava completamente furiosa.Sandro olhou para a mãe com um olhar fixo.— Então você quer que eu morra?— Você...Maria colocou a mão no peito, quase tendo um ataque.— Se acalme e pense direito! — Maria gritou, saindo da sala.Diante daquela situação, ela não ia conseguir
Maria estava prestes a procurar Isabela, mas não esperava encontrar ela justamente ali.— Que coincidência! — Ela caminhou em direção a Isabela.Alícia foi bloqueada por alguém, e Maria não a viu, pensando que Isabela estava sozinha. Como não havia ninguém ao lado dela, Maria a agarrou e a puxou para o corredor.Isabela puxou o braço para se soltar.— O que você está fazendo?— Você... — Maria falou em tom alto, mas ao perceber a situação, se deu conta de que poderia atrair atenção, então baixou a voz. — Não se atreva a seduzir meu filho de novo. Eu te aviso, se você tentar de novo, vou fazer sua vida um inferno! — As palavras de Maria estavam cheias de ameaça.— Você está louca? — Isabela riu com desprezo.Ela mal se deu ao trabalho de responder a Maria.Maria, teimosa, não acreditava nela e continuou:— Se não fosse você seduzindo ele, Sandro teria vontade de reatar o casamento com você? E até mesmo cancelar o noivado com a filha da família Neves? Foi você quem mexeu com ele, incitou
Mas naquele momento era diferente. Ela tinha se divorciado de Sandro, e ainda assim ele a mimaria? A deixaria fazer o que quisesse?Impossível!Ao pensar na amante de Décio que estava prestes a dar à luz, ela esboçou um sorriso frio.Ela queria ver como Maria ainda conseguiria se comportar de forma arrogante.Isso, sem contar que a mãe de Jorge ainda estava por perto. Isabela ajustou a expressão e voltou para dentro.Alícia viu Isabela acenando para ela.— Alícia. — Isabela se aproximou.— Vamos lá para cima. — Disse ela. — Lá em cima tem outras obras.— Certo. — Isabela concordou com a cabeça.Alícia a conduziu escada acima, com Isabela logo atrás.Logo chegaram ao segundo andar, que também era uma galeria, embora com menos quadros do que o andar de baixo.— Essas obras, normalmente não são vistas, são todas de coleções privadas. — Alícia comentou com Isabela.Isabela, com uma expressão curiosa, respondeu:— Entendi.— Mas algumas são retiradas para exibição, porque estão à venda.— A
Do outro lado da linha, Clara começou a chorar, sem dizer o que tinha acontecido.— Alícia, se você tiver alguma coisa para resolver, pode ir tranquila. Eu pego um táxi para casa.Isabela percebeu que Alícia parecia preocupada e falou na hora certa.— Não precisa se apressar, vou te levar primeiro. — Respondeu Alícia, pedindo ao motorista que seguisse caminho.Isabela ficou meio sem graça.— Desculpa te incomodar.— Imagina, não precisa disso. — Respondeu Alícia, sorrindo.Quando o carro passou em frente ao escritório de advocacia, Isabela disse:— Pode parar aqui, por favor.Alícia pediu que o motorista encostasse.Isabela abriu a porta e desceu do carro.Alícia se inclinou um pouco para fora, olhou na direção do escritório e sorriu discretamente.— Pode entrar.Isabela se curvou levemente, num gesto educado.— Obrigada por me levar à exposição hoje. Eu gostei muito.— Eu devia ter sido mais esperta e te dado uns livros de direito, ia combinar mais com você. — Alícia sorriu.Isabela f
Cada um ficou ocupado com suas coisas durante o dia, mas à noite voltaram juntos do trabalho.Jorge disse, com um sorriso:— Eu paguei o almoço... Agora não está na sua vez?Isabela, sempre generosa, respondeu:— Venha na minha casa. Eu comprei ingredientes, dá para fazer o jantar.Era exatamente o que Jorge queria, então, claramente, não recusou.Isabela ficou responsável pela comida, enquanto Jorge, que já se sentia em casa, tirou o casaco e se jogou no sofá, à vontade.Da cozinha vinham os sons de Isabela cortando caranguejo.Jorge, recostado no sofá, virou o rosto e olhou na direção dela. Isabela usava um avental, e sob a luz, seu perfil parecia quase uma pintura, suave e cheio de calma.Seu corpo era tão perfeito que parecia ter saído direto de um mangá.O olhar de Jorge ficou mais intenso.Depois de mais de uma hora, Isabela colocou os pratos à mesa.Daquela vez, ela tinha preparado vários pratos a mais.Durante o jantar, Isabela comentou sobre a garota que havia atendido mais ce
Ela entrou na delegacia e logo encontrou seus pais. Ambos estavam com marcas no rosto.Lara estava melhor, mas os ferimentos de Caio pareciam graves. Seus olhos estavam inchados, o canto da boca roxo e havia um corte na bochecha.— Que aconteceu? — Isabela perguntou com dor no coração.— Eles compraram coisas e não pagaram, ainda arranjaram encrenca, disseram que havia uma mosca no sushi. E, olha, não é verão, onde é que teria mosca? Eles ficaram criando confusão e ainda exigiram que pagássemos, mas eu e seu pai não aceitamos, então eles partiram para a violência e começaram a destruir a nossa barraca. — Lara explicou.Isabela segurou a mão de Lara e falou com uma voz suave e reconfortante:— Foi eles que começaram?— Sim, eles começaram. — Lara assentiu com força.— Foi vocês que começaram! Seus alimentos não são limpos. Comemos o sushi que vocês venderam, ficamos com dor de estômago e isso pode até ameaçar nossas vidas. Vocês têm que pagar por danos morais, custos médicos, perdas de
— Entendi.Ela estava prestes a dar um passo quando Jorge puxou o braço dela e perguntou:— Quer que eu pegue uma faca para você?Isabela ficou sem palavras.A polícia e os dois vândalos também ficaram em silêncio, sem saber o que fazer.O que estava acontecendo aqui?Caio disse, preocupado:— Isa, não seja impulsiva, ainda não sabemos o que está acontecendo...— Pai, eu sei. — Isabela sorriu para ele. — Eu não vou. Se eu for, ela vai achar que somos fáceis de manipular, e vai vir atrás de mais problemas.Ela também precisava esclarecer as coisas com a Maria e o Sandro.Ela nunca disse que queria reatar o casamento.Então, não adiantava usar aquelas táticas com ela!Quando foi à delegacia, Jorge foi dirigindo.Isabela pegou a chave do carrp dele, agradeceu e saiu apressada.Ela dirigiu direto para a casa da família Marques.O objetivo era claro: encontrar a Maria.A casa da família Marques estava iluminada, ainda não haviam dormido.Ela bateu na porta.Quem atendeu foi Sandro. Ao ver q
— Você... Você está me ameaçando? — Maria ficou chocada. Nunca imaginou que Isabela teria coragem de enfrentar ela daquele jeito.Décio se levantou e foi até ela. Deu dois tapinhas no ombro da esposa.— Dessa vez, você passou dos limites. Vá lá, explique direitinho. Peça desculpas se for preciso e resolva o que tiver que resolver.— Por quê? Ela estragou o noivado do seu filho, você não viu? Você também quer se unir à família Neves, não quer? Você...— Maria! — Décio a interrompeu, firme. — Se você não for pedir desculpas agora, e ela for atrás da família Neves para falar o que aconteceu, você acha mesmo que ainda tem chance de salvar o casamento do seu filho?Décio não queria que a situação saísse do controle.Isabela estava visivelmente furiosa. Décio sabia que ela era capaz de ir até a família Neves e causar uma confusão.Se isso acontecesse, o nome da família Marques ia pro buraco.Além disso, ele tinha sido flagrado pela Isabela com a amante.Também morria de medo de ela acabar so