Isabelly — Ele bate lento quando você e o papai não estão por perto. — Me pego sorrindo para essa declaração tão fofa.— Bom, então prepare o seu coraçãozinho para a minha chegada e eu prometo trazer um monte de presentes para você. Hum, gostou? — O sorriso infantil que havia se apagado volta radiante.— Gostei! — Então ele olha para o pai e corre para os seus braços. Não demora para entrarmos no portão de embarque e logo alcançamos a pista de voo. Daqui é possível ver um jatinho branco com a logo DK nele. Olho para Daniel com surpresa.— Esse jatinho é seu?— É da empresa na verdade. Temos cinco para garantir que a exportação seja entregue sem atrasos ou qualquer empecilho.— Uau, senhor Ávila! — resmungo, porque não sai mais nada da minha boca. Daniel é um homem muito rico de modo que eu não posso mensurar, porém, ele não é muito de esbanjar, salvo quando ele quer me impressionar. Dentro do luxuoso avião os tons pastéis, branco e cinza são predominantes e os assentos forrados de co
Daniel.Minha esposa caminha pelo quarto direto para o closet, onde nossas coisas já estão arrumadas e deixa a toalha branca cair no chão, revelando o seu corpo desprovido de qualquer peça de roupa. Imediatamente fico sem fôlego. Observo atentamente algumas mudanças visíveis que a deixam ainda mais sexy e gostosa. Os quadris estão um pouco mais largos apesar da cintura ainda está fina. Sua pele parece mais brilhosa, os seios estão fartos e pesados. Cacete, estou fodido! Ralho quando penso que a sua libido está mais intensa também, além de estar mais sensível aos meus toques. Faminta e gulosa, não posso reclamar! Isso me deixa com um tesão fila da puta, porém, eu não conseguir saciar a fome dela. Ela sai do closet usando apenas uma camisola de seda branca agora. O tecido fino e quase transparente desenha cada detalhe dos seus seios e se brincar consigo ter o vislumbre das auréolas rosadas. Deslizo a língua pelo meu lábio inferior lentamente, degustando a visão erótica, sensual, escanda
Daniel— Ok, desculpa, meu amor! — Ela puxa a respiração.— Não. Me desculpe você. Droga, estou parecendo uma louca! — resmunga linda. Seguro o seu rosto entre as minhas mãos e a beijo com calma.— Não está não. Agora vem, vamos nos arrumar. — Minutos depois estamos andando pelas calçadas de Madrid. Estamos no meio do outono e tem tapetes de folhas amareladas e avermelhadas forrando o chão que pisamos. O clima fresco e agradável nos proporciona um passeio maravilhoso. Caminhamos de mãos dadas, sem pressa e despreocupados por alguns bons minutos até chegarmos ao Parque do Retiro. O lugar esbanja uma beleza natural e uma arquitetura de tirar o fôlego, rodeado pelo que há de mais bonito na natureza. Daqui, observamos as pessoas sentadas nas escadarias arquitetônicas apreciando a quietude do lago de águas tranquilas e os pedalinhos para passeios românticos. Estamos em um lugar à parte, um tanto distante das outras pessoas. Eu sentado na grama e encostado no tronco de uma árvore, e ela dei
Isabelly.Madrid é um lugar encantador com todo esse um medieval, misterioso e eu posso até arriscar romântico também. Contudo, quando se vive intensamente cada momento, os dias parecem escapar de nossas e o tempo passa rápido demais. Estou mergulhada em meu conto de fadas particular. Sabe quando o ogro se transforma em um belo príncipe e esse dedica cada segundo da sua vida apenas para lhe agradar? Enfim, estou amando conhecer esse lugar com o homem que se tornou tudo pra mim. Daniel tem se mostrado mais pai nesses dias. Ele tem conversado com a minha neném e tem acariciado a minha barriga com frequência, coisa que ele não fazia a dois meses atrás. Confesso que cheguei a acreditar que ele jamais a aceitaria de verdade em seu coração e isso me enchia de medos e inseguranças. Mas não hoje e não agora. Sinto-me segura com a sua aceitação e parece que a nossa filhota aprova muito isso. Há, e não é só isso, mas temos feito sexo como coelhos durante esses quinze dias, mas acho que vocês já
Isabelly— Perdoe meus modos, senhora Ávila. Eu sou Francesco Guarnieri, o chef e o dono do restaurante. Seu marido aqui é um grande amigo e sócio da casa também. — Lanço lhe um olhar incrédulo. Ele é social de um dos restaurantes mais badalados da Europa? Por que nunca me disse isso? Sinto um beijo cálido na minha mão despertando-me para o gesto educado do cozinheiro. — É um prazer conhecê-la! — Sorrio amplamente.— O prazer é meu, senhor Guarnieri!— Oh no, me chame apenas de Francesco.— Claro, Francesco. — Ele me lança um sorriso perfeito.— Querida, preciso conversar um minuto com Francesco. Posso pedir uma sobremesa enquanto nos aguarda? — Daniel propõe e sem ter outra alternativa eu aceito a proposta. Observo os homens se afastarem da varanda e os acompanho através das enormes janelas de vidro até sumirem em um corredor. Em segundos um garçom se aproxima com uma bela e deliciosa torta trucada espanhola e me esbaldo na sobremesa cremosa de gosto suave, repetindo o prato antes qu
Daniel.Porque quando as coisas começam a dar certo, o passado resolve dá as caras e ainda exige algo de você, como se ele tivesse o direito de exigir alguma coisa? Estou puto da vida por ter de interromper a nossa lua de mel, estou mais puto ainda por ser obrigado a estourar a nossa bolha romântica, como a Isa costuma chamar. Deus, ela estava tão feliz e ela merecia isso depois de tudo que passou. E eu estava amando vê-la sorrir atoa, estávamos em um momento pleno do nosso amor. Contudo, a raiva corrói-me por dentro agora só de lembrar da conversa acalorada com Brito ao telefone....— Bom dia, Jonas! Vi a sua mensagem, o que houve? — pergunto assim que ele atende.— Desculpe, senhor Ávila! Não era a minha intenção atrapalhar a sua lua de mel, mas...— Desembucha, Jonas! — peço impaciente, porque estou louco para voltar para os braços da minha mulher. Ele faz silêncio por um curto espaço de tempo, gagueja se perdendo no meio das palavras e continua.— É que... O senhor e a senhora Ma
Daniel— Ávila, vejo que você está muito bem! — O tom de ironia escancarado na voz me irrita. O que ele queria, que eu estivesse morrendo, entregue ao passado esperando que a morte me levar? Sim, eu quis isso por muito tempo, agora não mais.— Digo o mesmo de você Matias. Querem beber alguma coisa? — Meu tom de voz é firme e seco, um meio de não deixar transparecer os meus medos e inseguranças. A minha armadura.— Eu aceito uma água, por favor! — Magnólia pede com um tom baixo e o olhar repreensivo do marido cai imediatamente sobre ela.— Não, obrigado! — O homem responde carrancudo. Brito vai até a minha secretária solicitar o pedido de Magnólia e volta rápido, fechando a porta.— Ok, esse é Jonas Brito o meu assessor pessoal e essa é Amanda Albuquerque, a minha advogada. — Ele me encara surpreso, com certeza não esperava por isso.— Advogada, Ávila, está armado para cima de mim?— Não é uma armação, é uma prevenção — ralho o encarando com dureza. Ele assente, levando as mãos aos bol
Daniel — Você acha? — Ela sorri me passando confiança.— E tenho certeza. Eu tenho que ir, me ligue se tiver notícias deles.— É só isso? Nós vamos cruzar os braços e esperar?— Sim é isso mesmo. — Minutos depois de Amanda sair do escritório, dispenso Brito. Preciso ficar sozinho e pensar no que acabou de acontecer. Vou até o bar de canto e me sirvo de outra bebida, volto a me sentar no sofá e tomo um pequeno gole, passo o copo gelado em minhas têmporas, tentando amenizar a dor infernal e fecho os olhos para tentar relaxar. Já é de noite quando volto para casa e encontro os meus pais me aguardando na sala. Eles estão aflitos e nervosos como achei que estariam. Dam e Sara foram para empresa mais cedo, eles chegaram pouco tempo depois que a reunião havia começado, mas deixei bem claro que não queria ser importunado. Assim que me veem entrar na casa, se levantam do sofá como sempre dona Sara me abraça tentando me acalmar.— Como foi a reunião, filho? — Meu pai pergunta sem rodeios.— Ca