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Daniel.

Olho pela milésima vez em direção das portas largas de madeira rústicas. Elas parecem vedadas para mim, não se abrem nunca! Penso irritado. Procuro me concentrar nas poucas cadeiras brancas ornamentadas, que estão arrumadas em cinco fileiras de cada lado e nos parentes e amigos mais próximos que conversam baixinho e sorriem felizes, alheios a minha agonia nesse altar. Solto um suspiro agoniado soprando o ar de modo audível e olho para o relógio no meu pulso. Meia hora de atraso. O que elas fazem tanto para demorar desse jeito?! Começo a andar de um lado para o outro do pequeno altar improvisado para aplacar essa ansiedade que me consome.

— Se continuar assim, você vai infartar, meu amigo. — Alex, o padrinho da minha noiva resmunga com um sorriso debochado no rosto, dando tapinhas amigáveis no meu ombro. — Não se preocupe, Daniel, ela virá. — Muda seu modo de falar quando ver que a brincadeira não surtiu efeito. Ela virá, disso eu não tenho a menor dúvida. Eu só não entendo o p
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