Daniel.— Chegamos. — Marcos avisa parando o carro a uma distância considerável da casa e todos saímos do carro. Um total de doze homens e todos armados, e usando colete a prova de balas. Antes de entrarmos na luxuosa mansão muito bem vigiada, os homens de Marcos verificam todo o perímetro meticulosamente.— Por que não invadimos logo essa droga de uma vez? — resmungo baixo para não chamar a atenção dos homens lá dentro.— Porque não queremos ser surpreendidos, Daniel. Tenha calma, se o garoto estiver mesmo lá dentro, temos que mantê-lo seguro.— Eles já foram tem quase vinte minutos.— Só estão vendo a maneira mais segura para entrarmos na casa. Qualquer erro e o Cris pode pagar muito caro por isso. — Luís explica.— Acredite, meu filho, já passos por isso antes e, ou quase morremos, ou quase perdemos as nossas esposas. — Arqueio as sobrancelhas em surpresa.— Estão me dizendo que...— É uma longa história, Daniel e não dá pra contar agora. — Assinto. Os homens finalmente voltam e o
Daniel — O que porra aconteceu aqui, porra?! — Marcos torna a gritar. — Mônica! Onde está a Mônica? — Ele parece tão desesperado e perdido quanto eu.— Senhor Marcos? — Alguém o chama na cozinha e ele segue para o cômodo com passos largos. Os homens estão todos em alerta com suas armas, vasculhando a casa inteira.— Isa meu anjo, acorda, meu amor! Não faz isso comigo, acorda Isa, acorda!— Senhor já chamamos uma ambulância. Ela vai ficar bem. — Alguém diz parando do meu lado. — Meneio a cabeça de forma negativa.— Não, ela está morta! — falo com um fio de voz. — Ela também me deixou — resmungo e fico cego com as lágrimas que inundam os meus olhos. Não demora e eu consigo ouvir os sons das sirenes. Alguém me afasta dela e eu simplesmente não tenho forças para lutar, fico sentado no chão transtornado, apenas assistindo a equipe de paramédicos mexer no seu corpo encharcando de sangue. Eles rasgam a sua roupa e encontramos a causa do sangramento. Um tiro no peito do lado do coração. Trêm
Daniel — Então quantos podem entrar no quarto?— Aconselho que apenas duas visitas e por pouco tempo. Conversem entre si e decidam quem vai entrar e se amanhã ela estiver melhor libero a visita normal.— Obrigada, Vânia! — Lilian diz, a mulher assente e abraça a amiga, saindo da sala em seguida.— Vai você, querida. Você é a mãe e precisa se acalmar. — Marcos fala e me olha. — E você, Daniel.— Tem certeza, querido?— Tenho, amor, amanhã vejo a minha princesinha.— Obrigado, Marcos!— Não precisa agradecer. Só... cuida dela pra mim, cara, ela te ama demais, mas ela é tudo para mim. — Sorrio.— Tá!***Nunca fiquei tão ansioso por uma espera em um maldito hospital como hoje. Os minutos se arrastam e parecem horas, e enquanto espero, ando de um lado para o outro porque não consigo me manter quieto em um lugar. Mônica e o marido parecem passar pelo mesmo, até que finalmente a enfermeira aparece e nós a seguimos para o elevador direto para o terceiro andar. Passamos por um extenso corred
Christopher Ávila.Na noite do sequestro...Olho para Débora sentada no banco de trás ao meu lado e depois para o homem dirigindo no banco da frente do carro. Ela sorri para mim, mas não vejo alegria alguma no seu sorriso. É como se forçasse esse sorriso e eu não sou medroso, mas confesso que isso me deixa com medo. Logo estou arrependido aceitar a sua carona, mas não tenho como desistir da minha escolha. Ele dirige por muito tempo e o prédio da Sorvetinho não chega nunca. Meu coraçãozinho começa a bater errado e eu olho pela janela, vejo poucas pessoas nas calçadas, porém, não posso pedir a sua ajuda. Suspiro baixinho e volto o meu olhar para a Débora.— Tem certeza de que sabe onde fica a casa dela? — insisto na pergunta fitando o rosto da minha ex-babá e juro que ela parece bem nervosa. Mas por quê?— Então amigão. — O homem na frente diz chamando a minha atenção. — A sua amiga, a Sorvetinho, não é? — Faço um sim com a cabeça e me pergunto como ele sabe que a chamo assim? — Ela não
Christopher ÁvilaSegundo dia em cativeiro...Nunca pensei que fosse tão chato ficar o dia inteirinho deitado em uma cama espaçosa e sem fazer nada. Me sinto só. A noite aqui é muito fria e eles não aparecem nunca e quando vêm, deixam apenas comida e água pela portinha. Já estou cansado de ficar deitado aqui, mas a pior parte é estar com medo o tempo todo e por algumas vezes me pego chorando. Sinto saudades de casa, dos meus avós, do meu papai, mas principalmente, eu sinto a falta dela. Por alguns instantes eu fecho os meus olhos e consigo ouvir a sua voz me contando histórias antes de dormir e às vezes antes dela ir embora. Essa é uma boa maneira de me distrair e quando olho para teto as imagens do meu pai brincando comigo surgem como uma tela de cinema. Eu estava feliz com a ideia de finalmente ter uma família. A minha família. Mas já não sei se isso vai acontecer de verdade. talvez eu tenha que aceitar o que eu tenho agora. Me viro na cama e encaro a janela, e fito o céu claro e c
Isabelly.Sentir seus lábios nos meus outra vez depois de dias os desejando. Um desejo frustrado de dias é uma loucura, pode apostar! Oh céus, como senti falta dessa carne macia explorando a minha boca com avidez. Suas mãos me apertam, me apalpam, tornando o nosso beijo quase indecente. Está tão gostoso que não dá vontade de parar, se não fosse essa dor lancinante no meu peito e o fato do nosso garotinho está bem aqui do meu lado nessa cama estreita. então solto um gemido agoniado que o afasta de mim, porém encontro um lindo sorriso em meio às lágrimas. Não acredito que ele está chorando por causa do pedido! Isso é tão fofo nele que tenho vontade de pular dessa cama e tomá-lo em meus braços.— Porque está chorando, papai? Ela disse sim! — Cris pergunta com toda a sua inocência, interrompendo esse momento mágico.— As lágrimas são de felicidade, filho. — Ele explica com a voz levemente embargada e o menino sorri. — Eu queria que o pedido fosse em outro momento. — Complementa encontrand
Isabelly (...)Na noite do atentado...Depois do banho desci as escadas com um livro na mão porque precisava me distrair e em algum momento eu peguei no sono. Não tenho noção de quanto tempo se passou, mas acordei aturdida com o som insistente da campainha. Percebi que minha mãe ainda havia chegado em casa e pela hora Marta provavelmente já estava em seu quarto. Eu me levantei meio zonza de sono e abri a porta dando de cara com o Francis. Ele parecia nervoso e agitado, e para a minha surpresa, ele estava segurando a mão Cris. Lembro-me que o menino se esforçava para se soltar do seu agarre, mas Francis o mantinha perto do seu corpo o tempo todo. Sem pedir licença ele adentrou a sala, puxando o garoto com ele e me encara firmemente.— Eu não queria que fosse assim, Isabelly. — Ele disse eufórico. — Eu juro! É só... que eu te amo, te quero tanto! — As palavras saiam atropeladas. Eu não estava entendo nada e só conseguia focar o meu olhar no Cris. Tadinho ele estava tremendo e com medo.
Isabelly.Dias depois...Os dias no hospital têm sido como uma tortura para mim. Não aguento mais essa cama, sinto falta do meu trabalho, estou odiando tomar medicamentos a toda hora e principalmente a falta exorbitante do sexo com Daniel está me matando. Exagero? Talvez, mas estou quase subindo pelas paredes aqui. A pior parte, é que tanto Daniel quanto o meu pai fazem questão de que eu passe cada minuto trancada aqui dentro. O bom de tudo isso são os paparicos que recebo de todos, sem exceção. Os presentes, as visitas e o excesso de atenção. Doutor Júlio entra animado no quarto perto das cinco da tarde e em suas mãos tem o papel da minha alta e claro, mais receitas de medicamentos e inscrições dos devidos cuidados que preciso ter por mais alguns dias.✓Nada de subir escadas.✓Trabalho só daqui há três meses.✓Nada de sexo. Essa me arranca um gemido de frustração.✓E, muito, muito repouso.Não demora para eu finalmente sair de um banho agradável e finalmente me livro das malditas bat