Dias atuaisJames Habel I - O reiQuando anunciaram a presença de Diana e seu marido, um fio de alegria mexeu comigo. Foi rápido.Esperava a notícia de que o serviço estava pronto e que veio buscar a sua recompensa.Ainda assim, não resisti ao asco do alfa. E acabei dizendo:— Eu disse que não queria a presença dele. Vejo que não é tão profissional como acreditei.Olhos os dois na minha frente. Combinam. Ambos trajados de preto. Os cabelos dela combinando com o couro como uma justiceira de alguma história ridícula dos humanos.— Me perdoe, majestade. Eu não o traria aqui se não fosse urgente.O alfa olha para a mulher como se não soubesse sobre isso.Será que mentiu para ele sobre o serviço ser apenas para ela?Urgente? Então significa que ela não completou... não a matou. — O que seria tão urgente no serviço simples que lhe passei? — Meu tom sai alto de raiva. A mulher não faz o que lhe ordeno e ainda envolve o macho dela. — É demais para você? Se não consegue sozinha precisa me av
SAYMONMuitos anos antes.Tédio. É o que me faz correr pela floresta, como humano mesmo. Não gosto do que sinto quando viro lobo. Meu pai diz que vou me acostumar. Que é normal nas primeiras transformações me sentir estranho.Estranho não chega nem perto. Eu sinto meus ossos se modificando. Não dói, mas é incomodo. Além disso é como se houvesse uma pessoa dentro de mim, um outro eu, mais feroz, irritado.Eu já sou irritado o bastante, não preciso de outro na minha mente.Estou suado, sentado em uma pedra, respirando o ar puro que está cada vez mais escasso com o crescimento dos humanos.Uma lesma lenta passa perto do meu pé. Distraído com meus pensamento o levanto para esmagar.— Não faça isso.Meu pé paralisa antes de tocar o bicho. Sigo meu olhar em direção a voz. E lá está ela. Uma menina loira, de olhos cinza e um vestido com um decote que mostra a marca entre seus seios quase inexistentes. É uma estrela prata.— E por que não? — questiono sem tirar o pé de sobre o inseto.— Porqu
Dias atuaisSaymonDiana mentiu para mim. O idiota do rei nunca quis que eu participasse do serviço. Fui envergonhado na presença daquele babaca porque minha mulher mentiu para mim.Quando ele me interrompe e me chama de bastardo tenho que me segurar para não avançar em sua garganta.Eu não sou imortal e sei que antes que o mate, ele acaba comigo. Além de ter vários guardas armados ao seu redor é um feiticeiro da linhagem dela.Após acabar comigo acabaria com a mulher que carrega o meu filho.Meu filho.Por ele me humilhei e fiquei quieto.Ele parece apavorado com a gravidez. Por isso algo que andei pensando se torna mais plausível.Talvez seja ela a princesa da profecia.Então de alguma forma era o destino termos nos envolvido, afinal eu sou o herdeiro único do meu pai. Ele não teve mais filhos depois que deixou minha mãe para ficar com sua destinada.Da maneira mais louca possível cai nas mãos daquela pequena.Ouço impassível Diana e o rei argumentando sobre se o meu filho vive ou n
RimenaPela magia que não tenho! Não consigo parar de roer as unhas. Aquele homem me deixou trancada aqui e foi falar com sua mulher.E se ele voltar decidido que é mais vantajoso me matar? Que esse filho é um problema...As horas passam e nada dele dar sinal de vida. Acabo dormindo. No dia seguinte acordo faminta. Como estou trancada não sei como conseguir comida.Aqui há um telefone, aprendi como se usa.Tiro do gancho, mas não sei para quem ligar. Aperto o botão escrito portaria e um homem atende. Sem saber o que dizer, desligo. Pode ser perigoso agora que estou sozinha. E se a mulher dele aparecer? Melhor não falar com ninguém e esperar. Há uma pequena geladeira com algumas coisas dentro. Coisas com preços.Pego um sanduiche e anoto o valor com minha letra feia. Pagarei a ele quando voltar.Me sentindo suja por ainda estar com a roupa com a qual sai da casa de Carmen, tomo um banho rápido e coloco um dos vestidos da minha mochila. Quando sinto fome novamente, vou pegando as coisas
SaymonDepois de ouvir toda sua história maluca, decidi procurar o marido de Rimena para esclarecer as coisas. A história dela é muito surreal, até para os seres de Estrela.Providenciei um monte de comida e bebida.— Não saia e nem abra a porta para ninguém. Eu volto em algumas horas para te levar ao abrigo que mencionei.— Tudo bem.Fico olhando para ela. Algo em mim diz que preciso falar alguma coisa, mas não sei o que. Acabo desistindo e saio.Aqui é um lugar onde pessoas poderosas se encontram. A segurança é muito grande.Passo pela recepção e aviso.— Não quero que ninguém entre no quarto 212. Qualquer pessoa que perguntar por mim ou passar perto daquele quarto, eu quero que seja interceptada. Não importa se trabalha no hotel ou não. Quando eu voltar vou querer conferir as câmeras.— Sim senhor.Diana é esperta. Ela nunca perguntaria por mim ou por Rimena. É bom deixar claro.Saio do hotel e dirijo os poucos quilômetros até o local onde conheci a mãe do meu filho.Passo pela por
RimenaEu sei que Saymon me proibiu de sair, sei que pode ter assassinos a minha espreita, mas eu estava morrendo de qualquer forma dentro do quarto de hotel, sozinha. Ele passa mais tempo fora que às vezes penso que me abandonou. Foi assim na primeira vez que me deixou aqui e agora. Ele disse que seria apenas poucas horas, mas anoiteceu e nada de voltar.Inquieta vou até a janela do quarto de hotel que se tornou minha casa nos últimos dias. Olho para o céu e fico admirando a lua... cheia. Foi por isso que ele não voltou. Ele deve estar com alguma mulher.Eu sei que não devia me sentir assim, afinal nem somos amigos, mas me sinto deprimida em imaginar ele beijando e tocando outra mulher. Eu sou uma idiota mesmo.De repente sinto muita raiva. Com ou sem direito algo dentro de mim dizia que ele devia estar comigo e não entre as pernas de alguém.Por isso, aqui estou eu, fazendo a loucura de sair pela cidade.Tento sair do hotel e um homem enorme de terno preto me para.— A senhora não p
SaymonTransar com Diana é sempre uma delícia. Ela gosta de uma pegada mais forte e isso me deixa louco. Mas hoje... Hoje nem a lua cheia consegue comandar meus pensamentos. Não consigo me concentrar nessa ruiva que quica no meu pau.Maldita Rimena.Tudo que eu quero é saber se ela está bem, se comeu, se alguém tentou feri-la.E se o rei mandou alguém ao hotel? E se aqueles bostas não perceberam que ela está em perigo?Estou tão distraído que nem percebo a irritação na mulher que me cavalga. Até o momento em que meu rosto vira para o lado com a força do seu soco. A dor do golpe me traz a realidade de que eu não devia estar aqui.Dane-se os efeitos da lua cheia.— Porra... — começo a reclamar, mas ela se adianta.— Está transando comigo, caralho! Não haja como um boneco inflável.Seguro suas coxas e a tiro de mim.— Desculpa. Não vai dar certo.Ela ri com deboche.— Fala isso para o seu pau duro.— Está assim por causa da lua cheia. Mas a minha mente não colabora. Eu preciso ir.— Vai
SaymonQuando chegamos ao hotel, vou logo avisando:— Vamos sair daqui hoje.Ela me olha. Seu olhar encontra o meu pau em riste e ela vira o rosto rapidamente.— É por causa do que eu fiz? — pergunta sem me olhar. E antes que eu responda, faz outra pergunta totalmente aleatória. — Dói, não é?Sei exatamente o que está falando.— Uma dor insuportável. Quer me ajudar com isso? — A simples provocação deixa Rimena vermelha e ela começa a gaguejar.— Eu.. Não... Eu... Eu... — Me aproximo e ela dá alguns passos para trás. Não me engana. Pode estar assustada, mas também está excitada. Conheço a expressão de uma mulher com tesão. Aposto que ela está com a boceta molhada.— Calma, morena. Não vou fazer nada com você. A última vez já foi um desastre.— Eu era virgem, seu idiota.Seguro seu queixo com certa força. Ela se solta do aperto e agarro seus cabelos. Meu pau até se anima. Iludido.— Está me machucando.Não. Não estou.— Está ofendida? Acha que agora vai ser gostoso para nós dois? — prov