SaymonDepois de ouvir toda sua história maluca, decidi procurar o marido de Rimena para esclarecer as coisas. A história dela é muito surreal, até para os seres de Estrela.Providenciei um monte de comida e bebida.— Não saia e nem abra a porta para ninguém. Eu volto em algumas horas para te levar ao abrigo que mencionei.— Tudo bem.Fico olhando para ela. Algo em mim diz que preciso falar alguma coisa, mas não sei o que. Acabo desistindo e saio.Aqui é um lugar onde pessoas poderosas se encontram. A segurança é muito grande.Passo pela recepção e aviso.— Não quero que ninguém entre no quarto 212. Qualquer pessoa que perguntar por mim ou passar perto daquele quarto, eu quero que seja interceptada. Não importa se trabalha no hotel ou não. Quando eu voltar vou querer conferir as câmeras.— Sim senhor.Diana é esperta. Ela nunca perguntaria por mim ou por Rimena. É bom deixar claro.Saio do hotel e dirijo os poucos quilômetros até o local onde conheci a mãe do meu filho.Passo pela por
RimenaEu sei que Saymon me proibiu de sair, sei que pode ter assassinos a minha espreita, mas eu estava morrendo de qualquer forma dentro do quarto de hotel, sozinha. Ele passa mais tempo fora que às vezes penso que me abandonou. Foi assim na primeira vez que me deixou aqui e agora. Ele disse que seria apenas poucas horas, mas anoiteceu e nada de voltar.Inquieta vou até a janela do quarto de hotel que se tornou minha casa nos últimos dias. Olho para o céu e fico admirando a lua... cheia. Foi por isso que ele não voltou. Ele deve estar com alguma mulher.Eu sei que não devia me sentir assim, afinal nem somos amigos, mas me sinto deprimida em imaginar ele beijando e tocando outra mulher. Eu sou uma idiota mesmo.De repente sinto muita raiva. Com ou sem direito algo dentro de mim dizia que ele devia estar comigo e não entre as pernas de alguém.Por isso, aqui estou eu, fazendo a loucura de sair pela cidade.Tento sair do hotel e um homem enorme de terno preto me para.— A senhora não p
SaymonTransar com Diana é sempre uma delícia. Ela gosta de uma pegada mais forte e isso me deixa louco. Mas hoje... Hoje nem a lua cheia consegue comandar meus pensamentos. Não consigo me concentrar nessa ruiva que quica no meu pau.Maldita Rimena.Tudo que eu quero é saber se ela está bem, se comeu, se alguém tentou feri-la.E se o rei mandou alguém ao hotel? E se aqueles bostas não perceberam que ela está em perigo?Estou tão distraído que nem percebo a irritação na mulher que me cavalga. Até o momento em que meu rosto vira para o lado com a força do seu soco. A dor do golpe me traz a realidade de que eu não devia estar aqui.Dane-se os efeitos da lua cheia.— Porra... — começo a reclamar, mas ela se adianta.— Está transando comigo, caralho! Não haja como um boneco inflável.Seguro suas coxas e a tiro de mim.— Desculpa. Não vai dar certo.Ela ri com deboche.— Fala isso para o seu pau duro.— Está assim por causa da lua cheia. Mas a minha mente não colabora. Eu preciso ir.— Vai
SaymonQuando chegamos ao hotel, vou logo avisando:— Vamos sair daqui hoje.Ela me olha. Seu olhar encontra o meu pau em riste e ela vira o rosto rapidamente.— É por causa do que eu fiz? — pergunta sem me olhar. E antes que eu responda, faz outra pergunta totalmente aleatória. — Dói, não é?Sei exatamente o que está falando.— Uma dor insuportável. Quer me ajudar com isso? — A simples provocação deixa Rimena vermelha e ela começa a gaguejar.— Eu.. Não... Eu... Eu... — Me aproximo e ela dá alguns passos para trás. Não me engana. Pode estar assustada, mas também está excitada. Conheço a expressão de uma mulher com tesão. Aposto que ela está com a boceta molhada.— Calma, morena. Não vou fazer nada com você. A última vez já foi um desastre.— Eu era virgem, seu idiota.Seguro seu queixo com certa força. Ela se solta do aperto e agarro seus cabelos. Meu pau até se anima. Iludido.— Está me machucando.Não. Não estou.— Está ofendida? Acha que agora vai ser gostoso para nós dois? — prov
SaymonChegamos ao local quando o sol estava nascendo. Rimena quase não dormiu durante o trajeto de algumas horas.A levo para a cabana onde me refugiava quando criança, antes de conhecer Diana.Na época era uma cabana velha caindo aos pedaços, mas depois que me tornei o assassino mais bem pago de Estrela, comprei o terreno e melhorei o lugar. Agora tem dois quartos, um banheiro e uma cozinha unida com a sala. Poucos móveis, apenas o básico. Rimena olha tudo com curiosidade. Ela quase não fala desde que saímos do hotel.— Você deve gostar disso. — Aponto uma prateleira cheia de livros. — Possivelmente é da pessoa que toma conta. Eu quase não venho aqui.Leio algumas lombadas e a maioria tem grávida, virgem, mafioso nos títulos... Aposto que são romances cheios de putaria. Nunca li, e nem preciso. A fama desses romances os precedem. Fiquei sabendo que muitos nem são mais do mundo dos humanos, aqui em Estrela também tem quem escreve, produz e muito público.Ela olha os livros, mas não
RimenaNesses dias na cabana, estou cada vez mais irritada com Saymon. Tento ignorar seu jeito cruel de falar e agir porque preciso dele e estou acostumada a ser mandada. Só que os hormônios da gravidez estão deixando meu nervos à flor da pele. Li sobre ele em um dos livros da cabana e entendi que as mulheres ficam mais sensíveis quando gravidas. Os livros são todos romances, mas algumas coisas eu vejo que são baseadas na realidade.Saymon, quando não está brigando comigo pelo jeito que aprendi a ser, me ensinou muitas coisas.Estou tentando ser mais independente. Mas não consigo simplesmente apagar tudo que vivi de um momento para o outro. Quando Nicolai estava em casa eu tinha que servir sua comida antes de comer, eu tinha que perguntar a ele se precisava de alguma coisa antes de dormir, quando fosse usar o banheiro, sempre perguntava se ele pretendia usar, porque ele costumava bater na porta dizendo que eu estava acabando com a água e que precisar usar. Foi esse um dos motivos que
SaymonAssim que Rimena saiu pela porta, eu me arrependi de cada palavra que saiu da minha boca. Ela não tinha culpa. Seria uma idiota se armasse para engravidar de um desconhecido condenado a ceifar vidas como eu. Eu não tinha nada a oferecer a alguém como ela. Meu coração já não era meu há anos.O pior de tudo é que não era em Diana que eu pensava quando cometi a loucura de bater uma punheta na sala. Nem era na falecida dona do meu coração. Era na morena que me deixou irritado e excitado.De qualquer forma não a segui, precisava de um tempo sozinho para colocar as coisas no lugar. Minha cabeça era um nó de confusões. Sem contar como a falta de sexo me afetava. A falta que minha mulher gostosa fazia. Toda essa irritação só tinha uma explicação: eu preciso transar.Droga, Diana, por que não aceitou minha proposta?Agora não consigo mais pensar em ficarmos com o bebê e nos livrarmos da mãe.Tenho certeza que Rimena ia preferir entregá-lo a viver fugindo. Mas só de pensar em perder meu
RimenaDepois do episódio na chuva, foram três dias de muito silêncio na cabana. Só conversávamos o necessário do necessário.Saymon tinha feito um bolo de cenoura com calda de chocolate. Me disse que era para comer por dois e nos desejou boa noite. Só isso.Já eu, apenas respondi ao seu boa noite.Jantei sozinha.Estou cansada, confusa, irada, sem contar que meu corpo está reagindo cada vez mais a presença de Saymon. Tenho sonhos malucos onde ele está no sofá e eu estou tocando sua coisa não só com as mãos. Acordo suada, úmida entre as pernas e com muita vontade de fazer igual ao meu sonho.Certa noite acordei com ele na beira da cama, sentado, me encarando.— Saymon? — questiono. — O que faz aqui?— Estava chamando por mim. — Não é uma pergunta.Levada por resquícios do sonho, seguro sua calça e o puxo para mim dizendo seu nome como uma súplica.Quando vou abrir o botão ele segura minhas mãos.— O que houve? — pergunta intrigado.Isso me acorda. Sinto o calor da sua mão nas minhas.