Prólogo
Serena narrando A primeira mensagem chegou exatamente um mÊs após a sua morte, eu não sabia quem tinha mandado e nem mesmo o porque, mensagens levantando suspeita em cima da morte do meu marido, do seu caráter e até mesmo da sua fidelidade. Eu e Antonio nos conhecemos na faculdade, nos apaixonamos e desde ai nunca mais nos largamos, a última mensagem que recebi, foi um baque, fotos dele , de seus documentos e de sua certidão de nascimento, algo que eu nunca sequer me interessei em ver, sempre ele que resolveu tudo sobre documentos, até mesmo em nossos casamentos. E agora, descubro que eu era casada com um completo estranho, nada faz sentido na minha cabeça, eu me pergunto todos os dias, porque? Porque agora , tudo isso veio a tona? Porque não me deixaram acreditar que tudo foi lindo e perfeito. — Serena, eu nunca achei q eu te diria isso – Maisa fala me encarando – mas, seu currículo foi aceito na escola, você vai poder ir trabalhar no alemão. — Essa escola me traz muitas lembranças, quero fugir daqui – falo mentindo para ela. — E fugir para o morro? As pessoas normalmente fogem de lá – ela fala rindo — Acho queu vai ser bom respirar novos ares. — Estou achando que você está maluca – ela fala — Ainda não – eu respondo para ela e ela me encara — Isso tem haver com as mensagens que você vem recebendo sobre a morte de Antonio? – ela pergunta — Eu nunca mais recebi nada – eu falo mentindo – acho que deveria ser algum trote, até mesmo dos alunos. — Pode ser – ela fala. O marido de Maisa trabalhava dentro do morro, no meio dos traficantes, junto com Yan , que seria o irmão de Antonio, as vezes eu olho para Maisa e tenho a impressão que ela sabe algo, mas ao mesmo tempo, quando ela aceitou-me ajudar a começar a trabalhar na escola do alemão, eu acho que ela não sabe de nada. Após as mensagens e tudo que descobri sobre o passado de Antonio, eu tive certeza que sua morte não foi proposital e que sim, o morro do alemão tem haver com ela, até mesmo o seu próprio irmão, já que Antonio era o irmão mais velho e poderia ser uma ameaça ao seu comando, mesmo Antonio nunca ter mencionado a família e o lugar onde morou. Yan narrando Eu desço as escadas e vejo minha mãe na cozinha, olho para a mesa e vejo umas fotos minha e de Antonio quando pequenos, ela me encara e depois as fotos. — Você poderia pelo menos descobrir onde está o corpo dele enterrado para mim – ela fala — Ele sempre te humilhou – eu falo para ela — Mas ele também é meu filho. — Eu vou tentar descobrir algo, mas não te garanto. — Yan, você sabe onde ele está. — A única coisa que eu sei é o que você sabe, é o que a gente ficou sabendo através das reportagens e ponto – ela me encara – Antonio sempre humilhou o morro, a senhora, nunca deu valor a família, jamais iria atrás de informação sobre ele, só estou indo por sua causa. — Obrigada Yan – ela fala — Eu vou para boca, preciso resolver um carregamento que está chegando. Eu entro na boca e vejo Pedro e Caio conversando, ele tinha um envelope na mão. — Dificil te ver por aqui Pedro – eu falo – sua mulher te liberou? — Vim trazer a ficha da professora e moradora nova – ele fala – colega dela. — Ah por isso – Caio fala rindo e Pedro me encara. Eu pego a ficha na mão e encaro a foto da professora e o nome dela , não sei porque parece que já tinha visto ela em algum lugar, fiquei olhando a foto dela por alguns segundos, até que Caio me chamou atenção. — Já se apaixonou – Caio fala rindo – A professora é bonita, vi ela mais cedo na escola. — Não me apaixono tão fácil. — Só se apega – Pedro fala rindo — Preciso de ajuda – eu falo para Pedro – minha mãe quer saber onde o corpo de Antonio está enterrado — Achei que não iria atrás – Caio fala — Minha mãe quer saber – eu falo olhando para Pedro e ele me encara bem sério — Se eu encontrar qualquer informação sobre ele – ele fala – eu te passo na mesma hora. — Valeu Pedro, confio em você! Pedro sai e Caio vai fazer as coisas que tem que fazer, eu olho para a ficha da professora e me pego olhando seu nome e sua foto, tentando descobrir porque tenho a sensação que a conheço de algum lugar.Serena narrandoEu espero que tudo isso tenha um final feliz e que realmente eu descubra algo, eu entro na minha nova casa nas próximas semanas ou meses, era uma realidade totalmente diferente do que eu estava acostumada. Eu começaria na escola amanhã bem cedo, conheceria os meus alunos e os moradores do morro, mas eu estava ainda mais ansiosa para ver de perto o irmão de Antonio e toda sua família.Eu mando uma mensagem para Maisa perguntando onde poderia comprar algo para comer, mas a mensagem nem chega e eu lembro que hoje ela tinha um seminário e que estava com pouca bateria, então resolvo sair sozinha pelo morro.As mensagens que recebi após a morte de Antonio, descrevia o morro da forma que ele era, os becos estreitos, pessoas em todos os cantos, barracas de tudo que é tipo de produto a venda, padarias pequenas, lancherias, churrasquinho, salões de beleza, era bem dizer uma cidade em metros quadrados pequenos, eu escolho um lugar que eu acho mais arrumadinho e como um lanche me
Serena narrandoAntes de começar na escola, eu fui até em casa pegar umas pastas que tinha esquecido, quando estava saindo, encontro a minha irmã e ela me encara.— Onde você estava Serena? – Carla pergunta e eu sorrio para ela.— Ah estou envolvida com uma nova escola – ela me encara— Saiu do seu emprego antigo? – ela pergunta – achei que era concursada lá.— Lá me lembra muito Antonio, achei melhor respirar novos ares – ela me encara— Onde é?— Aqui perto também, ainda não me acostumei com o novo nome.— Entendi – ela fala – vamos fazer algo hoje a noite?— Não vai dar, eu vou chegar mais tarde em casa.— Entendi – ela fala – parece que você está me evitando, não? – ela pergunta meio que desconfiada.— Jamais faria isso – eu sorrio para ela – amo você minha irmã, fique bem.— Bom trabalho Serena – ela fala – ah serena – eu a encaro – precisava te pedir algo.— O que seria?— Uma camisa azul que Antonio usava – ela fala – era do papai, lembra?— Ah sim, mas porque você quer ela? –
yan narrandoA professora se vira e me olha espantado e eu a encaro com o seblante fechado.— Bom dia Yan - Maisa responde e a professora somente assente com a cabeça. - Estamos indo, não é mesmo Serena?- Sim - Serena responde.As duas sai andando, ate mesmo sem rumo, Maisa sabe que nao aceitava criticas dessa forma e deve ter ficado preocupada pela professora.Eu entro dentro de casa e escuto minha mãe e minha tia Janaina, falando sobre Antonio, só de escutar o nome dele, eu sentia raiva. - Eu queria tanto saber onde esta o corpo dlee - Minha mãe fala- Deixa isso paea la - minha tia fala- Ele era meu filho, ele fez tudo o que fez dentro do morro, mas ainda assim era meu filho - ela afirma- Seu filho é o Yan - Ela fala para minha mãe - ele que esta aqui! Cuidando de você e do morro.- Eu sei! Mas Antonio também era meu filho - eu apareço na porta da cozinha e minha mãe me encara - Yan - Ela se levanta - O almoço já esta quase pronto.- Eu vou almoçar no morro - Eu falo saindo.Eu
Yan narrandoEla me encara pensativa e eu a encaro, ela dar alguns passos para trás e ajeita a toalha em seu corpo, firmando bem ela, eu olho suas curvas e ela percebe que eu estava a encarando.— Se você poder me deixar me vestir, eu agradeço – ela fala – não vim até aqui para arrumar confusão.— Espero que não, até porque se veio, somente vocêr vai csofrer as consequencias – ela me encara – a gente enão gosta de pessoas intrometidas e nem mesmo pessoas que sobe o meu morro para ficar observando as coisas na calada, eu vou te dar um conselho, se você veio até esse morro por causa de algo, eu te dou 24h para vazar dele e você sai viva, se você ficar e depois eu descobrir que você é uma filha da puta, sua morte será dolorosa da pior forma.— Eu não vou embora – ela fala – agradeço o conselho, entendo sua preocupação com o seu morro, com os sseus negócios – ela me encara de cabeça erguida – eu sou uma pessoa do bem, somente uma professora, que trabalha para sobreviver, não tenho nada a
Serena narrandoEu tinha passado o dia todo tensa, esperando por uma mensagem que fosse dessa pessoa anonima, eu estava totalmente sem rumo e sem chão, saio da escola e vejo de longe, a reconheço, a mãe de Antonio, eu só tinha visto fotos dela, nunca tinha conhecido, eu me aporixmo de onde ela estava e por intuição, como se eu a conhecesse a vida toda, eu a cumprimento.— Bom dia – eu falo sorrindo para ela que estava conversando com outra pessoa.— Bom dia – ela responde sorrindo— Bom dia – a outra sewnhora responde – por acaso você é a professora nova? – ela pergunta— Sim, Serena prazer – eu sorrio— Janaina e essa é a Tereza – ela fala apontando para mãe de Yan e Antonio.— Prazer – Tereza fala – já não nos conhecemos?— Acredito que não, sou nova por aqui – eu falo— Deve ser somente intuição – ela sorri – quer sentr com a gente?— Agradeço, mas estou esperando minha amiga. Bom almoço.— Igualmente – Tereza fala me encarando.Logo Maisa me manda uma mensagem dizendo q