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Serena narrando

Eu espero que tudo isso tenha um final feliz e que realmente eu descubra algo, eu entro na minha nova casa nas próximas semanas ou meses, era uma realidade totalmente diferente do que eu estava acostumada.

Eu começaria na escola amanhã bem cedo, conheceria os meus alunos e os moradores do morro, mas eu estava ainda mais ansiosa para ver de perto o irmão de Antonio e toda sua família.

Eu mando uma mensagem para Maisa perguntando onde poderia comprar algo para comer, mas a mensagem nem chega e eu lembro que hoje ela tinha um seminário e que estava com pouca bateria, então resolvo sair sozinha pelo morro.

As mensagens que recebi após a morte de Antonio, descrevia o morro da forma que ele era, os becos estreitos, pessoas em todos os cantos, barracas de tudo que é tipo de produto a venda, padarias pequenas, lancherias, churrasquinho, salões de beleza, era bem dizer uma cidade em metros quadrados pequenos, eu escolho um lugar que eu acho mais arrumadinho e como um lanche mesmo, já era noite e amanhã acharia algum mercadinho para fazer umas compras, precisava também arrumar um gás para cozinhar, eu me levanto, pago a conta e saio caminhando, olhando os moradores, as crianças e os vapores com armas atravessada nas costas, muitos pareciam menores de idades, outros um pouco mais velhos, mas não tinha mais de 24 anos, todos abaixo.

Uma idade tão precoce para já estar no mundo do crime, onde provavelmente não teria volta.

Eu entro em um beco e percebo que estou perdida, totalmente perdida dentro do morro, pego meu celular e vejo que tinha uma mensagem do mesmo número desconhecido que me manda mensagem o tempo todo, eu abro e leio:

‘’ Agora você está no caminho certo para descobrir a verdade.’’

Eu sinto alguém atrás de mim e apago o celular e me viro rapidamente, quando eu me viro e vejo ele na minha frente, eu dou um grito, mas um grito tão alto, com toda a minha voz, eu dou um pulo para trás e encaro aquele homem na minha frente.

— Está perdida Professora? – ele me pergunta.

Eu tento abrir a boca mas não saia som, eu fico paralisada vendo aquele homem que era quase a copia perfeita de Antonio.

Yan narrando

Eu vejo a professora nova entrando em um beco, eu ainda estava com ela na minha cabça, porque não sei porque, algo me dizia que conhecia ela de algum lugar, eu vou atrás dela e vejo que ela para e mexe no celular, quando ela se vira, ela solta um grito e me olha com um olhar apavorado , ela dar um pulo para trás e eu fecho meu seblante.

— Está perdida professora? – eu pergunto e ela abre a boca mas não sai som, eu estreito os olhos encarando ela – Você é muda?

— Não – ela fala rapidamente – como voc~e sabe que eu sou professora? – ela pergunta meio confusa

— Eu sei tudo que acontece dentro do meu morro, cada pessoa que sobe nele, cada pessoa que vem para ficar, cada pessoa que sai dele – ela me olha

— Você é – ela para e me encara

— Yan, o Dono do morro – eu falo para ela – não é aceitável que uma moradora nova saia gritando pelos becos quando ver alguém do comando, ainda mais o chef

— É que eu me assustei – ela fala me olhando – não sou acostumada ainda.

— Deveria saber as regras e como funciona aqui dentro, se ficar dando bobeira assim, você nem via chegar a dar aula para ter aluno chorando por você no dia do seu enterro.

— Vocês costumam ser tão amigável?

— Não – ele fala – aqui a gente não é amigo de ninguém – ela me olha – e muito menos a gente dar intimidade para gente nova.

— Eu só quero saber para onde fica a minha casa – ela fala me olhando

— Sai do beco vira para cima, vira a direita e vai ver sua casa – eu falo para ela

— Obrigada e desculpa – ela sai andando.

C}ada vez que eu a encarava eu tinha ainda mais sensação de ter conhecido ela, entro na boca e vejo um vapor.

— Sabe a professora nova?

— Sim – ele responde – estão todos comentando dela.

— Procura todas as esposas dos policiais, sobrinhas, primas, eu não sei não, algo me diz que essa mulher é cilada dentro do morro.

Minha intuição nunca falha.

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