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yan narrando

A professora se vira e me olha espantado e eu a encaro com o seblante fechado.

— Bom dia Yan - Maisa responde e a professora somente assente com a cabeça. - Estamos indo, não é mesmo Serena?

- Sim - Serena responde.

As duas sai andando, ate mesmo sem rumo, Maisa sabe que nao aceitava criticas dessa forma e deve ter ficado preocupada pela professora.

Eu entro dentro de casa e escuto minha mãe e minha tia Janaina, falando sobre Antonio, só de escutar o nome dele, eu sentia raiva.

- Eu queria tanto saber onde esta o corpo dlee - Minha mãe fala

- Deixa isso paea la - minha tia fala

- Ele era meu filho, ele fez tudo o que fez dentro do morro, mas ainda assim era meu filho - ela afirma

- Seu filho é o Yan - Ela fala para minha mãe - ele que esta aqui! Cuidando de você e do morro.

- Eu sei! Mas Antonio também era meu filho - eu apareço na porta da cozinha e minha mãe me encara - Yan - Ela se levanta - O almoço já esta quase pronto.

- Eu vou almoçar no morro - Eu falo saindo.

Eu saio de casa e acendo um baseado, me deixava puto toda vez que escutava o nome desse filho da puta.

Eu vejo a Professora voltando para escola com a Maisa e a encaro.

- Eu ainda vou descobrir o que você quer aqui de verdade - eu falo mentalmente olhando ela sorrir para as crianças..

Esse sorriso não me engana, mas eu ainda te daria um bom susto, para aprender que aqui as coisas funciona do meu jeito.

— Yan - Caio fala se aproximando e eu o encaro

- Vamos almoçar em um canto ai

- Não vamos almoçar na sua casa?

- Cheguei la e encontrei as duas fofoqueiras falando do Antonio.

- Imagina quando elas souberem que você estava com ele no dia da morte dlee - Ele fala

- So nos dois sabemos disso.

Ele me encara e eu o encaro.

Serena narrando

- Voce cuida o que fala - Maisa fala

- Não achei que ele estaria ali - Eu afirmo - Atras de mim

- Yan é uma peste, esta em tudo que lugar o tempo todo - Ela resmunga - Cuida se você tem amor a sua vida.

- Pode deixar - Eu respondo para ela.

Vejo que tinha várias mensagens no meu celular da minha irmã e até mesmo ligação, mas evito olhar ou atender ela, sei que ela estava louca para me questionar diversas coisas , muitas coisas aliás. E realmente não estava afim de falar nada para ela, de contar nada a ela.

Eu dou a minha aula da parte da tarde inteira e depois pego algo na vendinha e vou para a minha casinha aqhi no morro, que ela toda era do tamanho do meu quarto.

Eu vou até o quarto e tiro a minha aliança e coloco no criado mudo para poder tomar banho, eu tinha muito cuidado com ela e cuidava em todos os detalhes, ela significava o amor que eu e Antonio sentimos um pelo outro. Eu nunca consegui me envolver com ninguém depois que ele morreu e Maisa vivia me incomodando sobre isso, que viuvo era quem tinha morrido e não quem ficou.

Eu entro no banho, fecho os olhos e ao mesmo tempo começo a chorar, por tudo isso, quantas vezes me questiono se tudo isso está certo, se é isso mesmo que eu quero fazer da minha vida.

Eu saio do chuveiro, desligo ele, me seco e me enrolo na toalha, passo os cremes no meu rosto e quando saio do quarto , vejo que estava as luzes apagadas, eu tenho certeza que deixei elas acesas, passo a mão na parede para acender e quando acendo, levo um susto vendo Yan sentado na minha cama com a arma na mão.

- Porque esta aqui? - Eu falo com a voz indagada

- Porque será Professora? - Ele me pergunta sério se levantando

Yan narrando

Eu entro na boca e fico pensando no que Caio disse, logo ele entra e me encara.

— Foi mal, não deveria ter falado sobre aquela noite – ele fala me encarando – eu sei que é complicado.

— Esquece – eu olho para ele – ninguém pode saber que eu vi Antonio naquele dia.

— Não vou falar mais nada – ele fala – mas e a professora?

— Eu cuido dela – eu falo para ele – pode deixar.

— Yan, o que pretende fazer? – ele pergunta

— Nada, não – eu o encaro – Pedro está onde?

— Está puxando a carga como combinado – ele fala

— Beleza, é assim que eu quero – ele me encara

— Yan – ele fala e eu abro um sorriso

— Fica na sua caio – eu saio da boca.

Eu mando uma mensagem e depois fico cuidando a hora que a professora iria para casa, logo Maisa passa e a gente se encara, eu acendo meu baseado e fico encarando ela descer, depois vou até a casa onde a professora alugou e entro para dentro, vejo barulho no chuveiro e vejo que ela está tomando banho, eu olho para cima do criado mudo e vejo uma aliança, rodeio ela em meus dedos e coloco ela de volta no lugar, eu desligo a luz e tiro a minha arma da cintura, espero ela sair do banho, quando ela liga a luz, ela leva um susto mas um susto tão grande que fica branca, pálida de todas as cores.

— Porque está aqui? – Ela me pergunta com a voz indagada

— Porque será que estou aqui professora?

— Pelo o que eu falei mais cedo? – ela pergunta me encarando e vejo que ela está enrolada na toalha e tinha gotas de água descendo pelo seu corpo - não era a minha inteção, somente foi um comentário entre amigas.

— Esses comentários não pode existir – eu falo me levantando e me aproximando dela e ela me encara – você é de fora do morro, uma completa estranha aqui dentro, veio dar aula e já veio morar dentro do meu morro, para mim e para todos auqi, você é alguém de fora, alguém que não tem a nossa confiança.

— Eu não acho muita coisa certa, mas jamais vou discutir com você e nem com ninguém – ela fala me encarando – podemos conversar , mas eu prefiro trocar a minha roupa primeiro – ela fala nervosa me encarando.

— Eu não prefiro que você coloque uma roupa, estou confortável conversando com você assim – ela me olha incrédula

— Eu não estou.

— Mas aqui quem decide as coisas sou eu – eu repito e ela me olha nervosa – entenda uma coisa, você não está em escola de riquinho, você está dentro do meu morro, onde é comandado por mim, se continuar querendo ter voz aqui dentro, eu meto bala em você, entendeu?

— Eu não entendo porque tanta ameaça – ela me responde – o que incomoda você? Porque eu estou incomodando vocês? Só estou fazendo o meu trabalho.

— Você não é de confiança – eu respondo para ela – entenda isso, aqui dentro, você é alvo de todos nós. – ela me encara – o recado está dado, faz somente o que veio fazer aqui, dar aula e nada mais.

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