Só tenho a agradecer aos meus leitores que leram até o fim e que acompanham a ilha do corvo desde o inicio. O apoio de vocês sempre foi muito importante para mim em todos os sentidos, cada comentário, cada curtida, vocês não sabem como isso faz diferença para nós escritores. Quando escrevemos estamos compartilhando parte da nossa mente e coração com vocês, saibam que fico imensamente grata por tudo. Ilha do Corvo sempre será algo muito especial para mim, personagens que jamais esquecerei, assim como seus leitores que vibraram com a história e me contaram, tb não os esquecerei. Talvez no futuro, possa surgir mais livros do mesmo universo. Agradeço muito a todos vocês, espero ler seus comentários e avaliações.
Ayla Chase arfou ao ver o torneio pela sua mão terminar com Jornet como vencedor. Agora o macho havia conquistado o direito por sua mão, e ela seria tomada por ele. Xander Jornet levantou o olhar e olhou direto para ela e a loba sentiu o olhar de John sobre ela, ao seu lado. Todas aquelas semanas Ayla pensou naquele macho, diferente de qualquer um que ela tenha conhecido... Ele era alto e feroz, e sua beleza era hipnotizante, mas não só isso.Ele havia salvado sua vida, quando ela saiu do castelo no passado e foi atacada por um urso. Xander havia surgido do nada e matado o urso com as próprias mãos. Ninguém sabia disso, é claro, apenas seu guardião, Dimitri, que havia partido.O comandante se levantou e declarou Xander Jornet o vencedor do torneio pela mão da princesa. Naquele momento, muitos lobos bateram palmas com a vitória de Xander, e outros o odiaram. Ayla não se atreveu a sorrir para Xander, não com tanto sangue em seu rosto e por mais que ele tivesse salvado sua vida do
Ayla ficou bem chocada com as palavras do macho, e imediatamente se afastou. A loba podia sentir o olhar de Xander sobre ela, e quando a fêmea tentou afastar mais sua cadeira da dele, o macho colocou uma mão sobre sua perna. Ela voltou seu olhar na mesma hora para ele, perplexa com sua ousadia. “Quem ele pensa que é? Nem sequer se casou comigo e age como se eu fosse sua propriedade?"Ela abriu a boca para protestar sobre sua mão em sua coxa, quando ele moveu seus dedos suavemente, mas com precisão. Ele estava acariciando sua perna e mesmo com todo o tecido do vestido que usava, de alguma forma ele conseguiu ultrapassar parte dele e chegar a sua pele, ela sentiu até seu último fio de cabelo o toque do macho. Ela arfou, diante daquilo e olhou ao redor, tentando ver se mais alguém estava vendo o que estava acontecendo. — Não busque outro olhar, busque o meu. — a voz de Xander veio de repente ao seu lado. A loba engoliu em seco e puxou a perna para longe dele, e sem olhar em sua dir
Ela não respondeu, ao invés disso, reuniu forças para se afastar dele. Para o seu azar, mesmo que sua mente ordenasse, seu corpo não se movia para longe, era como se ela estivesse hipnotizada por ele, como se o seu corpo estivesse reagindo ao aroma dele... Ela se sentiu amarrada aquele macho, e mesmo já tendo conhecido outros machos até mais bonitos, Ayla nunca se sentiu tão atraída assim. Como se ele fosse uma luz repleta de calor, e ela estivesse sozinha e com frio na escuridão, o que não fazia o menor sentido. Ela podia sentir toda a hostilidade que ele nutria em relação a ela, mas foi como se tivesse retornado as semanas que se seguiram depois de seu encontro na floresta, e de como se sentiu perdida buscando uma maneira de encontrá-lo novamente. Ela fechou os olhos, e sentiu os lábios quentes do macho tocarem a pele desprotegida de seu pescoço. Todo o seu corpo foi preenchido com uma sensação de calor muito intensa, e foi como se a loba estivesse caminhando sobre brasas, uma
Pela manhã, o casamento aconteceu como o esperado. Antes que eles fossem para o leito conjugal para a consumação, a primeira caçada aconteceria, Ayla e todos os alfas seguiram para o bosque atrás do castelo para a primeira caçada da lua cheia. Quando ele retornasse, ela seria levada para o Forte Green. Talvez sua primeira noite acontecesse lá, afinal, ela não conseguia parar de pensar nisso. Ayla afastou esses pensamentos e tentou prestar atenção ao que acontecia ao redor. Ela observou todos os alfas das grandes terras da ilha se reunirem, inclusive o comandante. Quando a lua surgiu alta no céu, eles se transformaram. Inclusive Xander Jornet, e para o choque de todos, ele virou um lobo branco, assim como o comandante. Era sabido por todos que apenas um Chase se transformava em um lobo branco, estava no sangue deles. Ayla sentiu o sangue abandonar seu rosto, enquanto seu coração batia como um louco e sua mente entrava em um furacão de pensamentos, tentando entender como aquilo
Tudo ao seu redor sempre terminava em sangue.Jornet devia ser amaldiçoado por ter nascido quando não deveria, mas havia uma parte dele que gostava da dor e do sangue que derramava. Era justamente essa parte que ele desprezava que o fez sobreviver aos primeiros anos de sua vida.Havia algo de reconfortante quando ele saía vitorioso em uma luta, e matar seu adversário era tão natural quanto sentir sede.Mas naquele momento que o macho segurou a flecha e os lobos os cercaram, não sentiu prazer em lutar. Ele sentiu apenas um ímpeto de lutar para proteger a fêmea. A todo custo.Até mesmo com a sua própria vida, e foi isso que ele pensou ao se colocar no trajeto da flecha que ia até a loba.Xander não sentiu dor quando a flecha com ponta de prata o atingiu, o macho sentiu alívio por ela se cravar em sua carne, ao invés de Ayla.Ele entrou em uma espécie de furor de batalha enlouquecido, toda sua visão estava marcada em tons de vermelho.Enquanto ele lutava seguindo um instinto de protegê-l
As correntes em suas mãos queimavam ao ponto de não a deixar mais dormir, mesmo que estivesse exausta. Ela abriu os olhos com dificuldade, e percebeu que estava em algum lugar escuro. Ayla tossiu, e ao tentar se mexer, percebeu que não estava sozinha naquele lugar escuro e úmido, uma voz feminina gemeu ao seu lado e ela logo ouviu barulhos de correntes. — Quem está aí? — ela perguntou em meio a escuridão. Ela sentia o balançar, e tarde demais percebeu que estava dentro de um barco. — Não faça muito barulho, ou eles vão descer aqui e nos bater. — disse a voz feminina e ela percebeu que estava muito perto. Ayla rapidamente começou a se mover e tatear no escuro, até que tocou na fêmea. — Não me apalpe dessa forma, aqui, segure minhas mãos. Está com medo, eu sei, mas tudo que ficará bem quando chegarmos. — disse a loba. Ayla segurou nas mãos escorregadias dela, e percebeu que sua garganta estava muito seca, mas havia algo muito mais urgente do que sua sede. — Para onde estamos ind
Toda a sua dignidade havia sido arrancada dela, no momento que suas roupas foram rasgadas diante de vários machos e fêmeas, como se ela fosse um objeto sem sentimentos. Enquanto ela era transportada por uma carroça acompanhada de outras lobas que passaram pelo mesmo processo, ela não conseguia falar. Seus olhos já estavam inchados de tanto chorar, e sua garganta seca. Ela sabia para onde estavam indo, havia ouvido a conversa das outras. Eliza era dona de um Bordel chamado Rubi. E lá, era seria tratada como uma meretriz, e não importaria se Xander a encontrasse depois, nunca chegaria a tempo. Ela se encolheu na carroça e fechou os olhos. Como poderia ser possível? A apenas dois dias, ela era uma princesa, e tratada com todo o respeito e cuidado, os machos nem sequer ousavam a encarar por muito tempo por medo de sua reação e a do comandante. E agora, dois machos a seguravam, tiraram suas roupas na frente de todos, e bateram nela. A humilharam... Ela não conseguia mais se enxergar
Já fazia horas que estavam cavalgando, e em certo momento ela caiu para frente adormecendo. — Vamos parar naquela estalagem. — disse Jornet, e quando ela abriu os olhos viu que estavam de frente para uma estalagem. Quando entraram, o calor do ambiente foi mais do que bem-vindo, e ela viu que vários pares de olhos masculinos se voltaram para ela quando entrou. De repente, todos se voltaram para seus pratos ou passaram a encarar sua mesa. — Vamos pedir um quarto. — a voz de Xander atrás dela respondeu a questão que ela se perguntava. Quando ela olhou para o macho, viu que ele simplesmente encarava todos os machos da estalagem, como se estivesse passando um sério aviso. Ela se lembrou dele matando o homem no bordel a poucos dias, e do sangue em seu rosto. Do modo selvagem que continuou a perfurá-lo mesmo depois de morto, de como seu rosto ficou irreconhecível. — Acorde fêmea e comece a andar, estou morrendo de fome. — ele a despertou de seus pensamentos, a cutucando para andar. Era