Toda a sua dignidade havia sido arrancada dela, no momento que suas roupas foram rasgadas diante de vários machos e fêmeas, como se ela fosse um objeto sem sentimentos.
Enquanto ela era transportada por uma carroça acompanhada de outras lobas que passaram pelo mesmo processo, ela não conseguia falar.Seus olhos já estavam inchados de tanto chorar, e sua garganta seca.Ela sabia para onde estavam indo, havia ouvido a conversa das outras. Eliza era dona de um Bordel chamado Rubi.E lá, era seria tratada como uma meretriz, e não importaria se Xander a encontrasse depois, nunca chegaria a tempo.Ela se encolheu na carroça e fechou os olhos.Como poderia ser possível? A apenas dois dias, ela era uma princesa, e tratada com todo o respeito e cuidado, os machos nem sequer ousavam a encarar por muito tempo por medo de sua reação e a do comandante.E agora, dois machos a seguravam, tiraram suas roupas na frente de todos, e bateram nela. A humilharam...Ela não conseguia mais se enxergar como a princesa.Talvez fosse melhor não ser encontrada...Quando esse pensamento surgiu em sua mente, ela o descartou com raiva.Não, ela não permitiria que quebrassem seu espírito dessa forma, fugiria na primeira oportunidade! ****O Bordel Rubi era repleto de clientes, e Ayla sentiu seu coração se apertar cada vez mais.Ela foi levada para um quarto e totalmente produzida, enquanto a outra loba penteava seus cabelos, ela sentia que tudo estava dando errado.Será que ele viria? Será que ele a resgataria?Já havia se passado dias desde que fora sequestrada e nem sinal dele, logo ela seria vendida para alguém...Antes que concluísse seus pensamentos, a porta do quarto foi aberta e Eliza entrou.— Prepare-a rápido, alguém pagou um alto valor por ela. Muito alto!Ayla travou quando ouviu aquilo, e antes que pudesse protestar, a loba saiu do quarto.Seu coração foi esmagado no peito enquanto a outra loba começava uma busca frenética por vestidos e joias.Horas depois, Ayla caminhou pelo corredor sendo conduzida para o quarto principal, onde os clientes mais ricos ficavam...Seu enorme vestido vermelho se arrastava pelo chão, enquanto as joias em seu pescoço e orelhas cintilavam e eram pesadas.O vestido era de um vermelho vibrante, seu tecido era fino e seu decote era revelador.Nunca em toda a sua vida Ayla usou algo tão revelador como aquilo, e se sentiu derrotada.Cada passo até finalmente chegar ao quarto era um tormento.Quando finalmente chegou, as servas abriram a porta revelando um ambiente com algumas velas, uma cama enorme com dossel, uma mesinha com algumas frutas e vinho.Ele estava parcialmente iluminado pelas velas e quando ela viu a figura masculina no canto mais escuro do quarto, ela travou.— Entre e sirva o cliente! — a serva a empurrou e fechou a porta em seguida, a trancando com o macho.Um medo profundo se apossou dela, enquanto todo o seu corpo estremecia.Ela engoliu em seco, e tentou negociar:— Eu posso pagar mais, seja quanto pagou, eu posso pagar para me ajudar a sair daqui. — tentou.— Eu já tenho dinheiro o suficiente. — respondeu o macho e finalmente saiu das sombras.Ele estava com os cabelos cortados e carregava uma grande cicatriz no rosto, sem camisa e seus olhos eram negros como um céu noturno.Mas o que mais a chocou foi o modo como ele a olhou, como se ela não passasse de um objeto.Antes que pudesse correr, ele atravessou o quarto em rápidas passadas e a pegou no colo, a jogando contra suas costas e caminhando para a cama.Ayla gritava loucamente enquanto tentava alcançar qualquer coisa que pudesse usar contra ele.Infelizmente, não conseguiu nada.O macho selvagem a jogou contra a cama com tanta violência que ela sentiu que havia quebrado seu pulso.E mesmo que tentasse rastejar para longe, ele a puxava de volta.Quando o macho subiu em cima dela e a olhou nos olhos, seu corpo pesado e forte travando qualquer movimento seu, ela soube que estava perdida.Completamente perdida.Ayla fechou os olhos, e um segundo depois sentiu algo molhado cair em seu rosto.Ela os abriu, e o que viu a fez gritar.Havia uma faca do que parecia ser prata cravada no crânio do macho, que caiu com seu corpo inerte em cima dela.Logo ela ouviu uma movimentação ao lado, quando Ayla se virou para olhar, viu Xander entrando pela janela.Ela sentiu seu coração saltar ao vê-lo.Jornet entrou no quarto em passos furiosos e arrancou o corpo do macho de cima dela, o lançando ao chão.Ayla assistiu enquanto ele puxava sua faca da cabeça do macho e se voltava para ela.Seu rosto estava sombrio, seus olhos verdes-escuros a fitavam enquanto ela o olhava.— Você veio... — disse, sua voz já embargada pelo choro preso em sua garganta.Xander estava segurando a faca com tanta força que ela pensou que poderia quebrar, contudo, ele parecia ainda mais abalado que ela.De repente, sem dizer nada, ele olhou para o seu pulso machucado.— Foi ele? Eu cheguei tarde?Ela sacudiu a cabeça que não.Ainda assim, ele se agachou perto do macho e de repente começou a cravar sua faca diversas vezes em seu rosto, até que ela não conseguisse mais nem sequer olhar em sua direção.Vários segundos se passaram até que sentiu uma mão quente em seu ombro.Quando a loba se virou, viu o macho coberto de sangue.Seu rosto era uma máscara de sangue e selvageria.E aquilo devia tê-la assustado, mas não assustou.— Nunca mais ninguém vai tirá-la de mim. — disse Xander, e ela acreditou nele.Olá leitores, se está gostando do livro não se esqueça de deixar seus comentários, eles são muito importantes. Obrigada por seu apoio e uma boa leitura.
Já fazia horas que estavam cavalgando, e em certo momento ela caiu para frente adormecendo. — Vamos parar naquela estalagem. — disse Jornet, e quando ela abriu os olhos viu que estavam de frente para uma estalagem. Quando entraram, o calor do ambiente foi mais do que bem-vindo, e ela viu que vários pares de olhos masculinos se voltaram para ela quando entrou. De repente, todos se voltaram para seus pratos ou passaram a encarar sua mesa. — Vamos pedir um quarto. — a voz de Xander atrás dela respondeu a questão que ela se perguntava. Quando ela olhou para o macho, viu que ele simplesmente encarava todos os machos da estalagem, como se estivesse passando um sério aviso. Ela se lembrou dele matando o homem no bordel a poucos dias, e do sangue em seu rosto. Do modo selvagem que continuou a perfurá-lo mesmo depois de morto, de como seu rosto ficou irreconhecível. — Acorde fêmea e comece a andar, estou morrendo de fome. — ele a despertou de seus pensamentos, a cutucando para andar. Era
Ela sentiu seu coração bater mais devagar naquele momento, e seus pensamentos se embaralharam em sua mente.— Você... — ela pigarreou. — O senhor Jornet estava esperando minha permissão?O macho se acomodou mais em sua cadeira e se serviu de mais vinho, então voltou seu olhar para ela.— Sim. E pode me chamar de Xander.Ela ficou imensamente confusa.— Eu... estou confusa Xander.— Eu sei, mas ainda não respondeu minha pergunta.Ela piscou algumas vezes, então percebeu que ele havia perguntado se poderia tocá-la.— Você não pareceu precisar de permissão quando me tocou no banquete no dia do torneio, ou quando falou sobre bebês. — Ela o lembrou.Ele sorriu, e seus olhos também sorriam, Ayla percebeu que ele ficava ainda mais atraente relaxado.Todo o seu rosto se iluminava com o seu sorriso, era como se ela estivesse sendo enfeitiçada.Sentiu vontade de sorrir também, mas se conteve.— Era diferente. Havia pessoas ao redor, estávamos em um banquete. Não havia nada o que temer, e por is
Lentamente, o macho abriu os olhos e respirou fundo, como se não pudesse mais se conter, ele procurou desesperadamente seu olhar.Os olhos dele brilhavam como estrelas na escuridão, intensos e quentes.Devagar, ele começou a se mover, seus quadris fizeram um movimento de vaivém deliciosamente irresistível, e ela acompanhou seus movimentos, sentindo-o ainda mais próximo, se é que isso era possível.Ayla se viu completamente perdida em Xander, totalmente envolvida em cada movimento de seu corpo, em cada investida, e a cada estocada do macho, ela se sentia mais perto do precipício.Era como se estivesse à beira de um penhasco, e a cada sensação, estava cada vez mais perto de se jogar, seu coração batendo como um louco, seus mamilos cada vez mais rígidos e quando o macho inclinou cabeça e sugou-o um deles, ela enlouqueceu.A loba jogou a cabeça para trás, um gemido preso em sua garganta que finalmente foi libertado, enquanto ela era consumida pelo movimento da língua e dos lábios do macho
Ela o olhou chocada com sua reação, e logo o empurrou para longe. — Não ria assim de mim. — disse depois. Xander foi gradualmente parando de rir e em um movimento rápido, puxou a fêmea para ele. Ela tentou resistir, mas ele a beijou profundamente, interrompendo seus protestos. A loba que antes tentava se desvencilhar de seus braços, foi lentamente se rendendo a ele e a seu beijo profundo, enquanto seu corpo se aproximava mais e o calor dele a envolvia de um modo delicioso. Alguns segundos depois, o macho sussurrou contra seus lábios. — Eu senti a mesma coisa. Ayla sorriu, e se aninhou mais nos braços dele. Ela se agarrou ao seu calor, e sentiu que as coisas poderiam ser boas para ela. Aquele macho era bom, ela sentia isso em seu coração, ela confiou nele naquele momento, abrindo completamente seu coração. Como ele não poderia ser digno de confiança? Ele havia salvado sua vida, quando nem mesmo sabia quem ela era, e agora, essa sensação de pertencimento... Ela era sua, sabia
A loba o encarou, certa de que não havia ouvido corretamente.Ele havia dito que ela não poderia sair?— Meu senhor, receio não ter ouvido corretamente.— Você ouviu perfeitamente. — respondeu ele impiedoso.Xander estava de pé em sua frente, estava usando um casaco de pele marrom escuro e lembrava um pouco o macho que conheceu na floresta, sua barba mais cheia, seus cabelos mais bagunçados e sua expressão mais selvagem.— Eu sou sua companheira, não uma prisioneira. — Rebateu, e algo nele começou a preocupá-la, era como se ele não fosse ele mesmo.O lobo respirou fundo, então abriu a porta do quarto e a puxou para dentro.— Você pode caminhar por toda essa Ala Oeste, mas o restante do Forte está proibido, além de que haverá guardas a acompanhando o tempo todo. Não pode sair porque eu não posso ir com você. — Eu não quero guardas me acompanhando, eu quero servas me ajudando em minhas necessidades. E não precisa me acompanhar o tempo todo.— Você é muito mimada, não consegue
Ele tinha os olhos de seu pai, disse Noah. E aquelas palavras o deixaram triste, porque Xander queria ter o conhecido... Antes que pudesse pensar muito sobre isso, o macho mudou repentinamente de assunto. — A apresente a mim durante o banquete essa noite, desejo conhecê-la. O macho assentiu. . . . Algumas horas haviam se passado, quando o guarda enviou a mensagem de Xander que ela deveria se vestir adequadamente para um banquete aquela noite. A única coisa que ela pensou foi que o macho devia estar tentando confundi-la, afinal, não havia sido ele mesmo que disse que ela teria que preparar sua própria comida? Ninguém iria servi-la, ele disse. Mas agora a convidava para um banquete? O que aquele macho terrível estava tramando? Ela percebeu que não poderia contrariá-lo, e se arrumou adequadamente para um banquete. A loba optou por um vestido preto, com alguns detalhes com pérolas na cintura. Ela soltou os cabelos ondulados escuros, e seguiu os guardas pelos corredores de pedr
Quando seu rosto foi revelado, ela viu se tratar de Xander, e de modo inacreditável, estava carregando uma bandeja com comida. Ela só conseguiu ficar surpresa, enquanto o macho fechava a porta com suavidade, então, sem dizer uma palavra, caminhou até a pequena mesinha e depositou a bandeja com cuidado lá. A loba observou-o em silencio, e puxou as cobertas até o pescoço. — Levante-se e venha se alimentar. — disse ele sem olhar para ela. O que? — Ayla, levante-se e venha se sentar aqui. — ele comandou, e dessa vez, o macho havia se voltado para ela e seu olhar era dominador. Ela engoliu em seco, e percebeu que não queria ficar com uma roupa tão fina perto dele, mesmo que o casamento já tivesse sido consumado, ela não o desejava mais. Sentia raiva dele agora, pelo modo absurdo que ela vinha sendo tratada. — Vire-se. Estou indecente. — disse. Ele franziu o cenho parecendo muito confuso, e disse: — O que isso tem a ver comigo? Por acaso eu não já a vi nua? Esqueceu de nossa... —
— Como o senhor ousa dizer uma coisa dessas? Sabe muito bem que isso não é verdade! — esbravejou Ayla, seu rosto queimando terrivelmente.Ela estava perdendo toda a compostura, ah pelos deuses, toda a sua educação estava indo embora com aquele macho.Anos recebendo educação dos melhores professores, sendo ensinada como a se portar, como a agradar seu futuro companheiro, jamais levantar a voz, diziam.Seja agradável, seja uma boa fêmea...E agora, ela estava realmente tendo que segurar seus impulsos para não o estrangular Xander.O macho sorriu como se estivesse se divertindo com a situação, e como se pudesse ler seus pensamentos, pronunciou maldosamente.— Esses são os bons modos que ensinam as princesas? Estou chocado. — ele levou uma das mãos ao peito de modo teatral.Ela ficou furiosa e começou a bater o pé no chão, quase pulando de raiva.— Eu sou muito bem-educada, a culpa é sua! Ah seu macho maldito! Lobo burro, selvagem e cruel! — ela gritou e em seguida levou umas das mãos a b