Sem pensar duas vezes concordo com ele com um aceno leve de cabeça. Então ouvimos alguém bater na porta, me levantei rápido e meu coração disparou, Marcos então me tranquilizou dizendo ser James o seu beta. Fui até a porta e abri devagar, pra ver pelo menos mais três homens enormes esperando no corredor.
Depois que abri a porta, e viram Marcos sentado no sofá, logo se adiantaram em entrar pra saber como ele estava. Marcos cuidou logo de acalmar os três homens dizendo que estava machucado mas, que estava se curando. Marcos olha para mim e diz:"_ Esse é James meu beta, Caio meu Gama e Fernando meu segurança." Marcos olha para os três parados, e diz olhando pra mim :"_ eu te disse o meu nome mas, você não me disse o seu". abaixei a cabeça com vergonha e respondi: "_ Me chamo Júlia."Ele logo diz aos rapazes que irei voltar com eles. " Ela é uma Crinos, e até poucos minutos atrás, não sabia quem era, mas essa noite ela salvou minha vida." James olha meio sem expressão e diz:"_Então foi você que matou aqueles homens?" Olhei com espanto e disse: "_Ma...matou? como assim?" com a minha ficha começando a cair, entendi ,que no momento que apaguei, alguma coisa tomou conta do meu corpo, e matou aqueles homens.Comecei a hiperventilar, e Marcos me disse pegando de leve minha mão:"_ Se acalme, está tudo bem! tudo vai ficar bem, já está tudo resolvido." com as palavras dele fiquei mais confusa ainda 'Como estava tudo resolvido, se eu tinha acabado de matar três homens?A polícia deve estar atrás de mim agora'.Entre soluços eu digo: "_ E agora? O que eu vou fazer? Eu não queria ter feito isso?Não queira ter machucado ninguém, eu nem me lembro do que houve". Marcos me tranquiliza mais uma vez segurando meus ombros e falando suavemente: "_ Está tudo bem, sua loba assumiu o controle quando viu o perigo, isso salvou nós dois, meus homens já cuidaram de tudo, ninguém do mundo humano saberá o que houve." Aliviada com suas palavras suspiro.Marcos então diz: " arrume sua bolsa para irmos", e sem pensar muito, pego as poucas coisas que tenho no guarda roupas, e minha bolsa de correntes, e os sigo. Tudo cabe numa pequena mala preta que tenho, não tenho muitas coisas então, cabe tudo nessa pequena mala.Nos hospedamos num hotel a poucas quadras, e passamos a noite, já pela manhã, ouço alguém bater a porta, caminho até lá, já que não dormi direito mesmo a noite passada, já estava pronta para sair, vejo James do outro lado, ele me dá um Bom dia com um sorrisso de lado, e eu retribuo, pego minhas coisas, e depois de uma parada para tomarmos café, voltamos pra estrada, lembro que preciso avisar a Dona Gennie que me acolheu tão bem que não vou mais poder trabalhar lá, agora que iria estar distante, inventei uma desculpa de que tinha ganhado um curso em outra cidade com estágio remunerado, e que não poderia perder essa oportunidade.Ela sem pestanejar me desejou boa sorte e que mandasse noticias, pouco depois, me acomodei ao lado da porta do carro, e cochilei. Horas depois, chegamos a uma pequena estrada de barro com grandes árvores no entorno, o carro segue por mais algumas horas, até avistar o grande portão de ferro, e o muro enorme que cerca a propriedade da matilha. Marcos me olha com um leve sorrisso, e me diz: "_ Bem-vinda a matilha Lua Negra!" com um sorriso de lado agradeço. Saímos do carro, e pude ver a grande mansão no centro do que parece mesmo uma pequena cidade, com vários andares e uma escaria enorme que leva até duas grandes portas de madeira entalhadas, Marcos me olha novamente, e diz que James me mostrará meu novo quarto, e que nos veriamos no jantar. Acho ótimo, por que estou doida para tomar um belo banho e descansar um pouco, depois dessa viagem longa, minha cabeça está uma confusão, só quero saber quem sou, o que eles sabem sobre os Crinos, estou ansiosa, mas tento dispersar esses pensamento
Já faz uma semana que estou aqui na matilha Lua Negra, tenho aprendido muito nesses ultimos dias, sobre os lobos, e sobre os crinos, as diferenças de linhagens, e tudo mais. Luna Ester logo descobriu meu amor pelas crianças, sabendo como trabalhava no orfanato onde cresci, prontamente me ajustou na escola ajudando onde pudesse, fiquei feliz por finalmente estar trabalhando, e com algo que eu goste né. Fui também escalada pra treinar, já que era obrigatório pelo menos saber auto defesa na matilha, caso algo acontecesse, achei muito útil, apesar de ficar dolorida depois dos treinos conseguir me manter aprendendo rápido depois de um tempo. Mas sentia falta de dançar, afinal, já fazia muito tempo que não extravasava um pouco minha energia, então perguntei ao Treinador Petrúcio se haveria alguma sala que pudesse usar depois dos treinos para me exercitar, ele me disse que a noite geralmente ficava vazia a academia, e que poderia usar uma das salas dos fundos para isso, me senti extremamente
Depois do episódio da noite anterior, fiquei receosa de voltar a dançar mas, Sr Petrúcio mais uma vez, me garantiu que a academia estaria vazia se quisesse usá-la. Agradecida, decidir voltar afinal, queria muito dançar de novo, e poder encontrar um lugar tranquilo pra isso seria o ideal. Depois do treino, fui logo descendo as escadas para o refeitório, sai atrasada mais cedo, e não consegui tomar o café da manhã, então estava faminta. Assim que fiz meu prato, me sentei em uma das várias mesas do refeitório gigante, e começei a comer, de repente, sinto James se sentar ao meu lado com Caio logo em seguida, fiquei desconfiada com o sorisso malicioso que eles estavam no olhar, então perguntei: "_ Tudo bem com vocês? " os dois acenaram que sim, em seguida Caio falou: "_ Não sabia que dançava Júlia" eu gelei com o seu comentário, o que só os fez rir mais das minhas bochechas coradas, perguntei logo em seguida: "_ Como você sabe que eu danço?" ele olhou pra mim ainda com o seu sorriso malici
Acordei com os raios de sol adentrando a janela do quarto, desliguei meu alarme, e fui fazer minha higiene matinal, desci a escadas, tomei meu café, e segui pro treino. Depois almocei, e fui a escola para mais uma aula criativa com as crianças, estava amando poder viver esse momento com eles. Ao final do dia, queria mesmo dançar um pouco, sabendo que era uma sexta a noite, tinha certeza que não haveria ninguém na academia, todos estavam a sair para curtir o fim de semana, então peguei minhas coisas e fui pra academia, estava tudo tranquilo, então me alongei, e coloquei uma música pra tocar, segui ao som da música Trampoline da Shaed, meus passos imitanto uma bailarina, cabelos soltos, com uma short colado e uma camiseta folgada, descalço, estava me sentindo muito melhor assim. Quando a música estava já para acabar, alguém empurra a porta com tudo quebra a parede, e olho horrorizada o que tá acontecendo sem conseguir processar o momento, me encosto no espelho, e quando tiro meus cabel
A noite foi longa, mal consegui descansar pensando que todos da matilha tinham me visto dançar contra a minha vontade e ainda mais em rede social, estava completamente envergonhada, sempre fui na minha, nunca gostei de chamar atenção, então tudo isso virado pra mim, era como se estivesse completamente exposta. Desci para o café da manhã, mas novamente, entrei de cabeça baixa, não falei com ninguém, tomei meu café, e segui para o escritório do Alfa, assim que bati na porta, James a abriu e pediu que entrasse, Assim que entrei, encontrei Alfa Marcos e Luna Ester ao seu lado na mesa de conferência, sérios, pensei comigo 'Tô ferrada! É agora que eles me expulsam'. Do outro lado da mesa, estão cinco rapazes que presumo serem os recrutas que inventaram toda essa palhaçada de me gravar dançando, com alguns pais aos seus lados, e o Gama Caio na outra extremidade da mesa com um olhar de solidariedade. Alfa Marcos gentilmente acena com a cabeça e pede para me sentar. Ele limpa a garganta ante
" Sente-se aqui Júlia". Luna Ester me diz, indo para um sofá do outro lado da sala. " Quero que me explique como soube da camera escondida, os rapazes disseram que colocaram na parede". "Então" eu começei sem saber direito como explicar a noite passada. " Um homem entrou na sala, e bateu na parede até tirar a camera, parece que ele sabia exatamente onde estava, ele me mostrou a camera e, me disse para voltar para o meu quarto". Disse apressadamente sem colocar muitos detalhes, eles se entreolharam e me perguntaram como era o homem, eu disse que era alto, branco, com cicatrizes pelo pescoço e cabelos loiros, não sei dizer a cor dos olhos pois estavam num preto profundo. Eles novamente se entreolharam e, isso me fez questionar se algo estava errado, disse ainda que nunca havia visto ele por aqui. Alfa Marcos me olhou sem expressão em seus olhos e, me disse: já está tudo esclarecido, por agora, volte aos seus afazeres e qualquer coisa lhe chamarei de novo". acenei de leve, e me levante
James e Alfa Marcos me colocam dentro da pequena sala, o homem misterioso me olha sem expressão em seu rosto. Alfa e James saem da sala, e ficam nas escadas enquanto o homem continua a me encarar, e mais uma vez ouço meus ossos quebrando, grito de dor de tento me conter, ele se abaixa pra me olhar mais de perto e diz: "_ Não lute contra sua transformação". eu olho pra ele sem entender 'Ele só pode tá maluco, eu posso machucar todo mundo aqui se me transformar'. Olho ofegante pra ele e digo :"_ Não posso fazer isso, não tenho controle de nada". então ele me responde: "Você precisa de uma âncora para começar a controlar seu Crinos, converse com seu lobo pra conseguir chegar a um acordo." Eu digo:"_ Não é como se alguma vez meu lobo tivesse falado algo comigo, ela tem uma parede bloqueada, nunca me disse uma palavra, e como faço para ter uma âncora?" Ele olha novamente e diz: "_ um parente, um amigo, um namorado, sei lá, alguém que você ame". Solto uma risada sem graça, e respondo tent
Assim que o avistei, ele estava com uma toalha enrolada em sua cintura, sentado no canto, próximo ao portão, e encima de mim, havia uma manta azul cobrindo meu corpo. Enquanto tentava me levantar segurei a manta pra que não mostrasse nada a mais. Quando finalmente me ajustei, sentada no chão perguntei: O que aconteceu?", não me lembrava de nada, como sempre. Ele finalmente olha pra mim e diz: "sua loba falou comigo noite passada, ela não é muito de falar, e disse que você não sabia quem era, então, não achou que devesse falar algo, mas prometeu que irão conversar". Acenei agradecida, mas então, consegui me lembrar de um fragmento daquela noite, a mordida no ombro. Perguntei confusa:"_ Você me mordeu?" ele me olhou diretamente nos olhos agora e disse: "_ Sim, eu te marquei, meu lobo tomou conta, e não me deixou espaço para conversar, ele marcou sua loba como dele". Tinha ouvido sobre companheiros aqui na matilha enquanto aprendia sobre os lobos, mas não achei que encontraria o meu, af