A única solução

Quando Paolo ameaçou sair do carro, Luísa recuou rapidamente. Seu tamanho reduzido fazia com que o sobretudo dele parecesse um vestido em seu corpo franzino. Ele jamais imaginou que um dia gostaria de ver uma mulher usando sua roupa daquela maneira.

— Você quer voltar para a prisão? — indagou em tom seco, quase brusco.

A ameaça velada a fez parar imediatamente, os ombros tensos e o olhar hesitante denunciavam sua relutância. Respirou fundo, como se tentasse reunir coragem, mas permaneceu imóvel, o medo evidente em sua postura retraída. A experiência de uma noite na cadeia aparentemente não havia sido tão suportável quanto ela talvez tivesse previsto.

— Entre logo! — ordenou entre dentes, esforçando-se para conter a raiva e não deixar que seu estresse explodisse sobre ela.

Sem replicar, ela se acomodou na poltrona. Moveu-se um pouco para o lado, criando mais espaço entre os dois, e suspirou profundamente, exausta. Manteve o olhar fixo no chão.

Ele observou o rosto amedrontado dela e, e
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