ClaireJean-Luc se virou para mim. O pênis semiereto balançou com o movimento, atraindo o meu olhar. Ele respirou fundo e inflou os ombros, corrigindo sua postura, tornando-a implacável. Um pequeno sorriso formou-se em minha face quando meus olhos voltaram aos seus. Os punhos antes cerrados, relaxaram. Então ele sorriu de volta. — Vem aqui. — Estendeu-me sua mão. — Não tenho certeza se consigo andar agora. — Senti minhas bochechas se aquecerem suavemente com a confissão. Jean-Luc abaixou o braço e caminhou até mim, parando aos pés da cama. Eu me coloquei sobre os joelhos e aproximei-me dele. Firmei meu corpo segurando-me firmemente em seus dois braços. As mãos dele se espalmaram em minha bunda, uma em cada nádega. Olhei para cima, encarando seu rosto. — Quero que durma aqui. — Eu trabalho amanhã. Tenho que estar na escola às oito. — Posso levar você para o trabalho. Estou acostumado a acordar antes do nascer do sol. — Nem roupas eu tenho aqui. — Sorri. — Posso dar um jeito nis
ClaireJean-Luc sorriu e caminhou até mim com passos lentos. — Eu disse... é para você. — Por quê? — Não percebeu ainda? — Ele esperou que eu dissesse algo, mas nada saiu pela minha boca entreaberta. — Não quero só foder você. Essa atração... é forte demais para que seja apenas casual. — Você está... — Ele estava? Não. Não é possível. É? — Está me pedindo em namoro? Ele sorriu cheio de divertimento. — Se eu te pedisse em casamento, você correria? Olhei-o ainda mais chocada, com olhos arregalados e quase sem ar. Ele riu. — Então, sim. Quero que o que tenhamos seja algo sério. Promissor. — A gente mal se conhece — disse baixinho, sentindo o desespero tremular dentro de mim. — E para que servem namoros senão para conhecer alguém antes de querê-la para sempre? Engoli em seco. Ele até que tinha razão. Mas eu esperava um pouco mais de sexo antes de ganhar um terço do seu closet. — Você não quer? — Seu sorriso se desfez. As mãos tocaram meus punhos, segurando-os firmemente. — É
ClaireDescemos os degraus até a sala de jantar onde comemos na noite anterior. Sentado à mesa, à esquerda da cabeceira, estava um homem. Ele ergueu a cabeça quando entramos e sorriu calorosamente. — Deus do céu. Então, ela existe mesmo! — disse impressionado, levantando-se. — Cale a boca, bastardo — disse Jean-Luc em tom humorado. — Sou René. — Apanhou a minha mão, beijando o dorso em seguida. — Muito prazer. — Claire. — Eu sei. Ouvi falar de você. — Sorriu convencido. — Já pode soltar a mão dela, René — disse Jean-Luc, com menos humor dessa vez. René ergueu as mãos para o alto, rendendo-se. Ele se parecia com Jean-Luc, exceto pela cor dos cabelos e os traços dos olhos. Apesar de azuis, eram levemente puxados nos cantos externos. Parentes, sem dúvidas. — Sente-se — disse Jean-Luc ao puxar a cadeira para mim, à direita da cabeceira. Ele se acomodou entre mim e René. — Você precisa ligar para o Louis — René começou a dizer cheio de preocupação. — A carga perder o rastreamento.
ClaireLavava os pincéis na pia, ao canto da sala, enquanto ainda sentia pulsar na minha mente o desejo de pintar. Apanhei alguns dos pincéis e sentei-me em frente a uma tela vazia, próxima da janela e de costas para a porta. Molhando o pincel chato de três centímetros na tinta preta da paleta em minha mão esquerda, dei a primeira pincelada escura na tela. Suspirei, sentindo um pouco de alívio. Fazia tempo que não pintava algo que não fosse uma cópia careta de algum pintor impressionista. Lentamente, segui pintando. Sem pressa. Meu coração batia mais forte, vez ou outra, um pouco mais rápido. As mãos suavam frias. Mergulhei o pincel no copo d’água e apanhei outro, uma língua de gato. Comecei a fazer o contorno da figura que vagarosamente surgia em minha tela em tons de azul. Concentrei-me tão bem no que fazia que não percebi quando alguém entrou na sala e se aproximou por trás. Quando senti mãos masculinas se agarrarem à minha cintura, gritei, levantando-me em um pulo, derramando em
ClaireAo passar pela porta do apartamento, apanhei o celular na bolsa. Sentei-me no sofá da pequena sala e liguei para Charlotte. Ela atendeu no segundo toque: — Espero que esteja livre essa noite. Quero sair para jantar. — Está bem. Para onde quer ir? — Pensei de irmos ao L'Avenue. — A gente se encontra lá. Às sete, pode ser? — Perfeito! — falou entusiasmada. — Mas me diga... Você viu de novo o bonitão? Uma risadinha escapou de mim. — Sua safada! Vocês já transaram. Okay. Quer saber? Não diga nada. Me conte tudo no jantar, com detalhes! — Combinado. Até daqui a pouco. Encerramos a chamada e a campainha tocou. Meu cenho franziu com estranhamento. Caminhei até a porta e espiei pelo olho mágico. Era um homem, um que nunca havia visto ali no prédio. — Quem é? — perguntei recostando na porta. — Eu me chamo Émile. Sou seu vizinho aqui do lado. Eu acabei de me mudar e... será que você não teria uma chave de fenda para me emprestar? Destranquei a porta e abri. O homem alto de pel
Claire — Conte-me tudo! Eu quero saber detalhes — pediu Charlotte. — Ele me convidou para jantar. Na casa dele. Os olhos dela se arregalaram. — Ah, meu Deus! E então... — Então a gente transou. Foi... o melhor sexo da minha vida. Ela riu, empolgada. — A sua pele está até mais brilhante. — Eu me sinto diferente... me sinto... viva, eu acho. É bom saber que sou especial de verdade para alguém. — Você é especial de verdade para mim. — Fez biquinho. Revirei os olhos. — Você me entendeu. Ela riu, alto. — Você está feliz em ter conhecido ele? — Estou. — Senti meu peito bater mais rápido. — Ele parece ser um cara legal. Além disso, é completamente diferente... do Thierry. Então... acho que não corro mais riscos de namorar um idiota. — Palavra gentil para abusador. O clima pesou. Eu respirei fundo e ajeitei-me na cadeira. — Me fala do sexo. Eu sorri, envergonhada, sentindo as bochechas esquentarem. — Ah, é... é bom. Ele é gostoso. Sabe o que faz. — Tem o pau grande? — pe
Claire Charlotte gostou de René. E ele gostou dela. Passamos o resto da noite juntos, dançando e bebendo. Aquilo havia sido mais divertido do que pensei que poderia ser. René nos levou para casa. Charlie se sentou ao seu lado na frente. Quando chegamos em frente ao meu prédio, às cinco da manhã, ele desceu e abriu a porta para nós duas. — Sã e salva em sua casa, senhorita. — Fez uma reverência, curvando-se um pouco à frente. — Valeu por me trazer. Agora sua missão é deixar a minha amiga sã e salva na casa dela. — Abracei Charlie. Ela me olhou de cara feia, e eu ri. Sabia que ela desejava tudo naquela hora, menos ser levada para casa. — Vou levar ela até a porta — disse Charlotte. René assentiu, escorando-se em seu carro tão luxuoso quanto o de Jean-Luc. — Tchau — disse para ele. Subimos os degraus até a porta, mas antes que eu pudesse sequer conseguir encostar na maçaneta, ela foi aberta, nos assustando. Émile surgiu à nossa frente. Um sorriso estranho marcou o seu rosto. Engo
Claire O corpo grande de Jean-Luc me espremeu contra a parede fria. Suas mãos repousaram em meu quadril e subiram pela lateral até chegar aos seios. Seus polegares roçaram os mamilos em movimentos circulares, deixando-os mais rígidos. O ar começou a ofegar vagarosamente em meus pulmões, escapando pela boca entreaberta. Meu coração bateu rápido e forte. Minhas entranhas se excitavam lentamente. Seu rosto chegou mais perto do meu. A ponta do seu nariz tocou a minha. As palmas cobriram minhas mamas e as apertaram com cuidado. Eu suspirei, um pouco mais excitada. A pele se arrepiou e minhas coxas se apertaram uma na outra. Sua mão direita desceu por meu abdome até entre minhas pernas. Os dedos adentraram os lábios e tocaram meu clitóris. Meus olhos se fecharam e eu recostei a cabeça para trás, liberando um grunhido de alívio. Ele massageou meu ponto sensível e levou os lábios até meu ouvido. — Passei as últimas noites louco pensando em você — sussurrou. — A memória de seus gemidos me