Capítulo 40

Claire

Quando abri a porta e vi Jean-Luc parado ali, algo dentro de mim se retorceu. Seus olhos me prenderam de imediato, e o peso do que havíamos vivido, das descobertas e das mentiras, pairava entre nós como uma tempestade prestes a desabar.

Eu devia mandá-lo embora. Devia fechar aquela porta e fingir que ele nunca tinha existido. Mas não tinha essa opção quando ele me colocou na mira de uma russa sedenta de vingança.

Sem dizer nada, me afastei para que ele entrasse. Ele hesitou por um segundo antes de cruzar a soleira, e eu fechei a porta atrás dele. O silêncio pesava tanto quanto minha própria respiração.

Ele parou no meio da sala, as mãos nos bolsos do casaco, como se quisesse se segurar para não me tocar. Seus olhos percorriam meu rosto, como se buscassem alguma permissão para falar.

— Como você está? — ele perguntou, baixo, quase num sussurro.

Ri, sem humor.

— Está mesmo me perguntando isso? — Minha voz saiu afiada, carregada de ironia e irritação.

Jean-Luc suspirou, desviando
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