confissão

O silêncio após a saída de Nicolas era um ser vivo, frio e opressivo, esmagando-nos sob seu peso. Richard e eu permanecíamos sentados, imóveis, petrificados pelo horror da situação. A imagem de Angela, vulnerável e amedrontada, era um pesadelo recorrente, um espectro que dançava na penumbra da sala. Cada tique-taque do relógio antigo na parede soava como um martelo golpeando nossos corações, marcando o tempo que se esvaía, o tempo que nos restava para agir.

Richard quebrou o silêncio, a voz um fio tênue, quase inaudível.

___“Mãe… o que fazemos agora?” A pergunta pairou no ar, carregada de desespero, sem eco, sem resposta. Não havia solução fácil, nenhuma saída simples para o labirinto mortal em que estávamos presos. Estávamos enredados numa teia de alianças e compromissos, numa teia de poder e influência tão intrincada que parecia impossível de desvendar. A decisão de Aníbal era um selo indelével, a entrega de sua filha a um homem que conhecíamos ser um predador, um homem cuj
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