Parte 5...— Mesmo? - arregalou os olhos apertando as mãos — Nossa!Ele achou muito estranha a surpresa dela. Nathaly entrou no chuveiro. Demorou um tempo e saiu enxugando o cabelo com uma toalha felpuda. Ele estava sentado, pensativo quando ela entrou. Com medo de que perguntasse de novo onde tinha gasto o dinheiro ela mudou a conversa para as roupas. E na verdade estava muito admirada com a rapidez e de tudo o que estava vendo pelo closet. Muitas sacolas ainda estavam fechadas, mas algumas estavam abertas e traziam até mesmo estojos de maquiagem e perfumes. Haviam dois cabides longos com vários vestidos pendurados. Ela passou a mão por eles encantada.— Nossa, é muita coisa - disse sem perceber.— Até parece que nunca teve dezenas de roupas - ele entrou no closet.Ela tinha algumas roupas, mas nada que chegasse nem perto daquelas expostas ali. Tudo muito bonito e diferente. Todas de marcas famosas e caras. Ela nunca teria tido a chance de vestir algo assim antes.Ela viu um vesti
Parte 1...Kostas olhou para o relógio pela quarta vez desde que terminara de se arrumar e ela ainda não havia saído do banheiro. Estava mais do que curioso com a esposa trancada há mais de meia hora. De quanto tempo precisaria para vestir duas peças de roupa?Nathaly tinha nascido rica, mas dava sinais de que não estava acostumada a essa riqueza, o que seria impossível visto que era a única herdeira de tudo. A soma em dinheiro que havia depositado era grande e ainda assim ela retirara tudo, mas não tinha comprado uma única peça de roupa. O closet não tinha quase nada, com exceção de algumas calças jeans sem graça e outras peças comuns.Com certeza o tio se encarregara de deixá-la amparada e com empregados para cuidar dela quando criança. Deve ter tido muitos mimos feitos pelos empregados para satisfazer a boneca de Yago Demétriou. No entanto, a encontrou na cozinha parecendo uma qualquer comendo um lanche simples que ela mesma havia feito. Uma coisa não batia com a outra. Não pare
Parte 2...— Merda - ele viu que a frente da boate estava cheia de paparazzo — Apenas sorria e se mantenha calada quando o carro passar. A boate tem uma entrada privada para os clientes vip.— Toda vez tem que me mandar calar a boca? - ela fechou a cara — Isso está ficando desagradável. Qual o problema com vocês gregos? Tenho direito de me expressar sabia?O carro passou pela frente e os fotógrafos começaram a gritar o nome de Kostas e a correr na lateral tirando fotos sem parar. Foi estranho para ela que se sentiu intimidada e sem perceber segurou no joelho dele. Kostas franziu a testa.— Pode falar, mas preste atenção ao que diz e evite falar com pessoas ligadas à imprensa. Não quero meu nome em fofocas.— Mas você já vive aparecendo nos sites de fofocas.— Quando eu quero e não porque minha esposa disse alguma bobagem - rebateu.Ela suspirou. Ia responder quando o motorista abriu a porta para ela e Kostas deu a volta para a ajudar a descer. Pelo menos ele fingia ser preocupado com
Parte 3...Ela gostaria de lhe contar que estava apenas feliz por poder agir como uma garota normal de sua idade, sem preocupações como as que ela tinha desde muito tempo, mas não podia. Estava gostando demais de estar ali e as bebidas a relaxavam, mesmo sendo fortes demais para seu paladar.Estava tão eufórica que não queria que a noite acabasse e tudo voltasse a ser frio e estressante.— Eu gosto de dançar - disse sincera.— Percebi - riu _ Parece que nunca veio a uma boate.— E nunca vim mesmo - soltou sem perceber — Não aqui na Grécia - disfarçou depois que percebeu ter falado demais.Notou que ele franziu a testa de leve, mas mudou de assunto.Ela já estava pensando em voltar para a pista de dança quando Marcellus apareceu acompanhado de uma morena muito bonita e usando um vestido branco com um decote de arrasar. Todos estavam olhando. Praticamente os seios estavam à mostra para qualquer um. Ela foi em direção a Kostas com um olhar de fome. Parecia que ia agarrá-lo.— Ah, Kosta
Parte 4...Kostas a puxou para o peito para ouví-la direito.— Você é uma pessoa horrível - reclamou — Casou comigo por interesse, fez um monte de coisas comigo na cama e depois me humilhou. Foi embora sem me dizer nada e sumiu um tempão... Isso é feio - acabou soltando — Me deixou abandonada em uma casa que eu não conheço, com gente estranha, outra língua...Ele a apertou mais e abaixou a cabeça.— Nathaly...— Não sei por que as mulheres correm atrás de você - apertou a camisa dele e fechou os olhos se sentindo tonta — Você é grosseiro e não me trata bem - pausou um instante — Eu não gosto de ser casada, não é como as pessoas dizem que é... Não gosto de ser assim... E você me deixa nervosa.Ele a encarou com o rosto tenso. O que ela estava dizendo?— Acho melhor irmos embora.— Eu não quero voltar pra casa agora - reclamou — Você vai fazer eu me sentir bem na cama e depois vai me dizer algo ruim. Não quero mais ouvir essas coisas. Magoa. E... Eu não mereço isso.Ele ficou completame
Parte 5...Nathaly sentiu uma mão em seu ombro a balançando devagar e abriu os olhos piscando várias vezes, para focar uma imagem. Kostas estava sentado ao seu lado na cama com um copo na mão.— Acorde agápe mou - empurrou o copo em frente de seu rosto para que bebesse.— Eca - virou o rosto fazendo careta — Que cheio ruim.— Mas o efeito é bom. Vai ajudar a passar a ressaca.— Não quero beber nada, nunca mais na vida - se virou para o outro lado puxando o lençol.— Ótimo - a puxou de volta — Mas isso tem que beber, vai te fazer bem. Sente-se!Ela sentou sentindo os olhos arderem, a garganta seca e a cabeça latejando.— Credo... Juro por Deus que não volto a tocar em álcool nunca mais. É horrível - estalou a língua com gosto estranho na garganta.— É bem feito - a ajudou a tomar o remédio forte — Agora sabe que atitudes impensadas têm consequências.— Já vai começar a brigar comigo agora? - apertou os olhos e bebeu um pouco — Não me sinto bem, Kostas.— Não vou brigar - alisou seu cab
Parte 1...Medo de voar muita gente tem, mas o medo de Nathaly era daquela quantidade enorme de água embaixo deles. Apesar de ser um oceano de um azul incrível, ela não se sentia bem e dentro de uma lata de ferro menos ainda. O helicóptero voava perto demais do mar para o gosto dela. Sua testa suava e estava com taquicardia. Queria gritar com o piloto para que subisse mais. Parecia que a qualquer momento alguma onda iria bater na porta do helicóptero. A sensação era horrível, pesava em sua nuca.— Se continuar de olhos fechados vai perder uma das melhores vistas da Grécia - ele disse achando divertido o nervosismo dela — Abra os olhos, já estamos quase chegando - tocou seu joelho.Ela bem que queria falar algo, mas estava mais preocupada em controlar o pânico que começava a aumentar. Seu coração batia tão forte que ela conseguia sentir as batidas em sua garganta. Engoliu em seco e continuou de olhos fechados mesmo quando o sentiu tocar seu joelho. Ele não sabia a batalha que ela e
Parte 2...— Eles já foram embora - parou ao lado dela e tocou seu rosto de leve — Está tudo pronto e ficaremos apenas nós dois aqui. Eles virão, farão o que têm que fazer e depois retornarão às suas casas. Quero liberdade para ficar com você.Ela segurou a respiração um pouco. Não tinha certeza se isso seria algo positivo ou negativo. Sozinhos ela teria que ter mais cuidado e ele era esperto demais. Pelo jeito já tinha soltado a língua quando sob o efeito das bebidas e Kostas era curioso.Viu um piano branco em um lado da sala em destaque sob o piso mais elevado e se aproximou animada. Fazia muito tempo que não tocava em um piano e andou em volta dele admirando-o.— Você toca? - ele subiu o degrau.— Toco - respondeu tímida.— Ótimo. Quero que toque pra mim.Será que o tio havia dito a ele que sabia tocar e por isso havia um piano ali ou ele apenas o tinha como um enfeite? Ficou em dúvida, mas se ele pensava que era uma herdeira frívola, saber tocar piano fazia parte desse papel.— P