Parte 2...— Eles já foram embora - parou ao lado dela e tocou seu rosto de leve — Está tudo pronto e ficaremos apenas nós dois aqui. Eles virão, farão o que têm que fazer e depois retornarão às suas casas. Quero liberdade para ficar com você.Ela segurou a respiração um pouco. Não tinha certeza se isso seria algo positivo ou negativo. Sozinhos ela teria que ter mais cuidado e ele era esperto demais. Pelo jeito já tinha soltado a língua quando sob o efeito das bebidas e Kostas era curioso.Viu um piano branco em um lado da sala em destaque sob o piso mais elevado e se aproximou animada. Fazia muito tempo que não tocava em um piano e andou em volta dele admirando-o.— Você toca? - ele subiu o degrau.— Toco - respondeu tímida.— Ótimo. Quero que toque pra mim.Será que o tio havia dito a ele que sabia tocar e por isso havia um piano ali ou ele apenas o tinha como um enfeite? Ficou em dúvida, mas se ele pensava que era uma herdeira frívola, saber tocar piano fazia parte desse papel.— P
Parte 3...Nathaly abriu os olhos e se localizou no quarto. Espreguiçou o corpo e olhou para fora. Levantou a cabeça. O sol já estava baixo, ela dormira demais. Levantou e foi até uma janela olhando para fora. Não poderia dizer que a paisagem não era linda, porque era. Não viu sinal do marido lá fora.Procurou a mala e não achou. Foi até um quarto anexo e viu que era um pequeno closet, mas não achou a mala.— Suas roupas já eram.Ela deu um pulinho de susto e colocou a mão no peito.— Meu Deus... Que susto!— Calma - riu — Só tem nós dois aqui.— Eu ainda não me localizei, acabei de acordar.— Foi bom ter descansado.— Onde estão as roupas que eu trouxe?— Para que roupas? - a olhou malicioso — Vai passar a maior parte do tempo nua agápe mou. Gosto do seu corpinho. Está magrinha, precisa aumentar essas carnes, mas eu gosto do que vejo.— Não posso andar por aí nua - ruborizou.— Claro que pode. Estamos em uma ilha - sorriu — E você só trouxe duas calças jeans, por sinal horrorosas. E
Parte 4...Nathaly apareceu usando a túnica de algodão branco bordada e ele a achou linda. Estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ele lhe ofereceu uma bebida.— Nada com álcool - ela sentou na cadeira ao lado — Não acho que seja uma pessoa que possa seguir bebendo, apesar de ter gostado de como isso a deixou desinibida. Mas não sou irresponsável de usar esse recurso com você.— É, foi bom me soltar - sorriu de leve — Eu gosto de dançar.— Notei isso. Assim como entendi que foi sua primeira ida a uma boate - se inclinou — No geral, não é? - apertou os olhos — Foi literalmente sua primeira vez.Ela apertou os lábios e pegou o copo com o suco.— Por que não fez compras Nathaly?— Não vi nada que me agradasse - bebeu desviando o olhar.— Isso não é verdade. Gastou todo o dinheiro.— Você gasta tudo o que tem com compras?— Nem poderia - riu de leve.— Eu também não. Dinheiro não é apenas para fazer compras.— Estou aprendendo isso com você - alisou a mão dela com o dedo — Achei q
Parte 5...Apesar de tudo ela gostava mesmo porque lá ela estava longe de todo o mal que a Grécia representava em sua vida. Tinha feito seu caminho e sua mãe estava na terra dela. Poucos amigos, porém bons e que as ajudaram como podiam. Ali ela não tinha nada e nem ninguém.— Você come devagar, mas não deixa passar nada - ele deu uma risada — Este é seu segundo prato e nem percebeu.Ela olhou para o prato quadrado de porcelana branca com relevos. Não tinha mesmo percebido, a comida estava muito boa e comer sem medo era bom demais.— Ah... Eu gosto muito da comida grega - até que era verdade.— Que bom saber - pegou sua mão.Kostas foi calmo enquanto lhe fazia perguntas que ela às vezes respondia de pronto e outras parecia pensar antes de abrir a boca, mas estava revelando mais coisas do que ele sabia até então. Perguntou dos estudos e descobriu que ela pintava óleo sobre tela, além de aquarela, que tocava piano e violão, que sabia falar inglês e francês e que se formara em farmácia
Parte 6...Nathaly continuou se mexendo e rebolando em cima dele até que o sentiu tremer e sabia que estava fazendo o certo porque o queria tanto quanto ele a ela, naquele quarto onde apenas os gemidos deles faziam um som idêntico.Esqueceu a timidez e só quis sentir tudo o que pudesse, que seu corpo tremesse de prazer junto com ele e que o marido a achasse alguém importante, especial.Kostas ficou quase atônito ao perceber que aquele era o sexo mais delicioso e calmo que ele já tivera e que estava feliz. Rodou com ela de novo e voltou a ficar por cima, sem dizer nada, apenas feliz e com um sorriso a encarou aumentado os movimentos entrando e saindo de seu corpo, observando sua respiração e seu rosto afogueado enquanto o clímax chegava para os dois.Ele desceu a cabeça e tocou a testa na dela, ambos respirando forte. A beijou de leve e acariciou seu rosto enquanto sentia o final de seu gozo. Ainda colado ele deitou de lado e a trouxe grudada a ele e ficaram quietos respirando fundo.
Parte 1...“Por tanto amorPor tanta emoçãoA vida me fez assimDoce ou atrozManso ou ferozEu, caçador de mim".********** **********Nathaly acabou descobrindo que amar a Grécia era muito fácil. Era só deixar os pensamentos negativos de lado e observar as belezas e coisas positivas do lugar que logo os sentimentos alegres afloravam. Ela teve os melhores dias de sua vida ao lado do marido. Duas semanas em que eles não brigaram, não houveram palavras ofensivas, piadinhas, comentários desagradáveis. Nada de ruim.Conseguiu até relaxar um pouco do estresse. Aproveitou um tempinho que Kostas saiu para encontrar um dos empregados que trazia mantimentos para a ilha e ligou para o hospital. Mariene estava lá com sua mãe e lhe passou boas notícias sobre sua recuperação após a cirurgia. Parecia que tudo estava indo bem.Por causa da fumaça inalada durante o incêndio no barco, Nádia havia ficado com danos permanentes nas vias respiratórias e suas cordas vocais também tinham sido muito ati
Parte 2...— Credo - fez careta — Que coisa horrível. Você não disse que eu não deveria beber mais?— Disse, mas o conhaque é forte e vai te ajudar a sair da tensão em que está.— Não gosto - empurrou o copo.— Mas vai tomar dessa vez.Pensou que ela estava muito abatida e teria que se preocupar com sua alimentação para conseguir um pouco de peso. Nathaly era frágil e magra demais para a idade. Ele tinha que prestar mais atenção.— Desculpe - ela entregou o copo vazio e se recostou nas almofadas. Sua voz estava fraca ainda.— Não peça desculpa agápe mou. O erro foi meu - fez um carinho em seu rosto e alisou seu cabelo molhado. Estava se sentindo culpado e arrependido.— Tudo bem.— Não está tudo bem - disse chateado — Por que não me disse que tem medo?Ela suspirou e fechou os olhos.— Eu nem gosto de olhar para a água - abriu os olhos — Mas está tudo bem.— Pare de dizer isso. Você está tremendo.— Desculpe - repetiu — Meu corpo não obedece minha cabeça. Eu quero parar de tremer, mas
Parte 3...Nathaly sofria com os sintomas físicos e emocionais que estavam descritos no site de medicina sobre fobias. Ela suava, tremia, engasgava, ficava pálida, não queria se aproximar da água e se sentia desconfortável, até mesmo enjoada. E ele de idiota não prestou atenção a nada disso e quase a matou de susto. Menos mau que a jogou na piscina e não no mar ou talvez fosse necessário até uma internação para reparar os danos emocionais.Pelo menos o site lhe mostrava que havia tratamento para essa fobia. Ele agora era seu marido e tinha obrigação de cuidar dela. Assim que retornassem para Atenas iria buscar o melhor profissional nessa área para que começasse um tratamento e também iria ajudá-la a perder o medo gradualmente, sem forçá-la.Aproveitou e pegou o celular para ligar para um de seus funcionários e o mandou buscar informações sobre a esposa, coisa que deveria ter feito antes, assim não cometeria erros grosseiros como esse.Depois que Nathaly estivesse curada dessa fobia o