Parte 4...Nathaly apareceu usando a túnica de algodão branco bordada e ele a achou linda. Estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ele lhe ofereceu uma bebida.— Nada com álcool - ela sentou na cadeira ao lado — Não acho que seja uma pessoa que possa seguir bebendo, apesar de ter gostado de como isso a deixou desinibida. Mas não sou irresponsável de usar esse recurso com você.— É, foi bom me soltar - sorriu de leve — Eu gosto de dançar.— Notei isso. Assim como entendi que foi sua primeira ida a uma boate - se inclinou — No geral, não é? - apertou os olhos — Foi literalmente sua primeira vez.Ela apertou os lábios e pegou o copo com o suco.— Por que não fez compras Nathaly?— Não vi nada que me agradasse - bebeu desviando o olhar.— Isso não é verdade. Gastou todo o dinheiro.— Você gasta tudo o que tem com compras?— Nem poderia - riu de leve.— Eu também não. Dinheiro não é apenas para fazer compras.— Estou aprendendo isso com você - alisou a mão dela com o dedo — Achei q
Parte 5...Apesar de tudo ela gostava mesmo porque lá ela estava longe de todo o mal que a Grécia representava em sua vida. Tinha feito seu caminho e sua mãe estava na terra dela. Poucos amigos, porém bons e que as ajudaram como podiam. Ali ela não tinha nada e nem ninguém.— Você come devagar, mas não deixa passar nada - ele deu uma risada — Este é seu segundo prato e nem percebeu.Ela olhou para o prato quadrado de porcelana branca com relevos. Não tinha mesmo percebido, a comida estava muito boa e comer sem medo era bom demais.— Ah... Eu gosto muito da comida grega - até que era verdade.— Que bom saber - pegou sua mão.Kostas foi calmo enquanto lhe fazia perguntas que ela às vezes respondia de pronto e outras parecia pensar antes de abrir a boca, mas estava revelando mais coisas do que ele sabia até então. Perguntou dos estudos e descobriu que ela pintava óleo sobre tela, além de aquarela, que tocava piano e violão, que sabia falar inglês e francês e que se formara em farmácia
Parte 6...Nathaly continuou se mexendo e rebolando em cima dele até que o sentiu tremer e sabia que estava fazendo o certo porque o queria tanto quanto ele a ela, naquele quarto onde apenas os gemidos deles faziam um som idêntico.Esqueceu a timidez e só quis sentir tudo o que pudesse, que seu corpo tremesse de prazer junto com ele e que o marido a achasse alguém importante, especial.Kostas ficou quase atônito ao perceber que aquele era o sexo mais delicioso e calmo que ele já tivera e que estava feliz. Rodou com ela de novo e voltou a ficar por cima, sem dizer nada, apenas feliz e com um sorriso a encarou aumentado os movimentos entrando e saindo de seu corpo, observando sua respiração e seu rosto afogueado enquanto o clímax chegava para os dois.Ele desceu a cabeça e tocou a testa na dela, ambos respirando forte. A beijou de leve e acariciou seu rosto enquanto sentia o final de seu gozo. Ainda colado ele deitou de lado e a trouxe grudada a ele e ficaram quietos respirando fundo.
Parte 1...“Por tanto amorPor tanta emoçãoA vida me fez assimDoce ou atrozManso ou ferozEu, caçador de mim".********** **********Nathaly acabou descobrindo que amar a Grécia era muito fácil. Era só deixar os pensamentos negativos de lado e observar as belezas e coisas positivas do lugar que logo os sentimentos alegres afloravam. Ela teve os melhores dias de sua vida ao lado do marido. Duas semanas em que eles não brigaram, não houveram palavras ofensivas, piadinhas, comentários desagradáveis. Nada de ruim.Conseguiu até relaxar um pouco do estresse. Aproveitou um tempinho que Kostas saiu para encontrar um dos empregados que trazia mantimentos para a ilha e ligou para o hospital. Mariene estava lá com sua mãe e lhe passou boas notícias sobre sua recuperação após a cirurgia. Parecia que tudo estava indo bem.Por causa da fumaça inalada durante o incêndio no barco, Nádia havia ficado com danos permanentes nas vias respiratórias e suas cordas vocais também tinham sido muito ati
Parte 2...— Credo - fez careta — Que coisa horrível. Você não disse que eu não deveria beber mais?— Disse, mas o conhaque é forte e vai te ajudar a sair da tensão em que está.— Não gosto - empurrou o copo.— Mas vai tomar dessa vez.Pensou que ela estava muito abatida e teria que se preocupar com sua alimentação para conseguir um pouco de peso. Nathaly era frágil e magra demais para a idade. Ele tinha que prestar mais atenção.— Desculpe - ela entregou o copo vazio e se recostou nas almofadas. Sua voz estava fraca ainda.— Não peça desculpa agápe mou. O erro foi meu - fez um carinho em seu rosto e alisou seu cabelo molhado. Estava se sentindo culpado e arrependido.— Tudo bem.— Não está tudo bem - disse chateado — Por que não me disse que tem medo?Ela suspirou e fechou os olhos.— Eu nem gosto de olhar para a água - abriu os olhos — Mas está tudo bem.— Pare de dizer isso. Você está tremendo.— Desculpe - repetiu — Meu corpo não obedece minha cabeça. Eu quero parar de tremer, mas
Parte 3...Nathaly sofria com os sintomas físicos e emocionais que estavam descritos no site de medicina sobre fobias. Ela suava, tremia, engasgava, ficava pálida, não queria se aproximar da água e se sentia desconfortável, até mesmo enjoada. E ele de idiota não prestou atenção a nada disso e quase a matou de susto. Menos mau que a jogou na piscina e não no mar ou talvez fosse necessário até uma internação para reparar os danos emocionais.Pelo menos o site lhe mostrava que havia tratamento para essa fobia. Ele agora era seu marido e tinha obrigação de cuidar dela. Assim que retornassem para Atenas iria buscar o melhor profissional nessa área para que começasse um tratamento e também iria ajudá-la a perder o medo gradualmente, sem forçá-la.Aproveitou e pegou o celular para ligar para um de seus funcionários e o mandou buscar informações sobre a esposa, coisa que deveria ter feito antes, assim não cometeria erros grosseiros como esse.Depois que Nathaly estivesse curada dessa fobia o
Parte 4...Ela engoliu em seco. Os problemas recomeçaram. É claro que ela não poderia ter um final feliz com tantas mentiras e falsidades. Kostas havia descoberto e agora estava furioso com ela.— Do que... Do que está falando? - se fingiu inocente.— Ora, querida esposa - deu um risinho frio — Ainda quer insistir? Que tal por exemplo, eu ter descoberto que você não é a herdeira que eu pensava? Que não tinha contato com seu tio há vários anos, desde que saiu da Grécia? - suspirou fundo — Como conseguiu sair daqui tão pequena? E quem pagava seu colégio interno?Ela ficou calada pensando o que responder.— Sei que você tem facilidade em omitir as coisas e pelo jeito também é boa nas mentiras, mas exijo que me diga a verdade Nathaly. Como conseguiu se formar se tinha três empregos? - ela arregalou os olhos — Sim, eu já sei que você trabalhava em lugares diferentes para pagar sua faculdade. Pelo menos eram lugares decentes.— Eu já lhe disse que não era vulgar - fez um bico ofendida.— Nã
Parte 1...Nathaly teve uma das piores noites de sua vida. Não conseguiu dormir direito, sempre acordando e sua cabeça doía demais. Seu estômago estava embrulhado e sentia vontade de vomitar. Não sabia o que fazer com relação ao marido que não retornou para casa aquela noite. Ainda pegou o celular para ligar duas vezes, mas desistiu porque não saberia o que dizer a ele.A briga tinha sido pesada e as palavras finais de Kostas ainda doíam em seus ouvidos. Ele estava mais que furioso. Agora ele a odiava mesmo. E não poderia nem mesmo culpá-lo de algo porque tudo o que tinha dito era verdade. Ela tinha mentido e manipulado desde o começo.Estava se sentindo deprimida e abandoanda. O médico na ilha havia dito que se sentiria enjoada durante um tempo por causa da quantidade de água que havia engolido, mas já havia se passado um bom tempo e não sabia porque ainda estava assim. Talvez pelo nervosismo durante a briga.Ela era culpada pela situação atual. Ela tinha feito tudo aquilo e merec