Parte 3...— Ok - afirmou com a cabeça — Prometo que não vou esconder mais nada, mesmo se for algo feio ou ruim - fechou os olhos de novo — Será que as pessoas têm uma vida louca como a minha? - voltou a abrir os olhos e ele estava com um sorriso leve — Até parece que foi algo combinado. Como pode ter sido você quem me tirou da água? - suspirou — Fiquei feliz com isso. Eu não sou essa pessoa ruim, sabe? Só fiz uma besteira atrás da outra, mas eu não gosto de viver assim, não tenho estrutura para essas coisas.— Já sei que não - acariciou seu rosto — Mas veja por outro lado. Sua vida tem mais agitação que a maioria das pessoas.Ela se sentia culpada e não conseguiu rir. — Eu nunca pensei que me casaria um dia. Nem mesmo namorava porque achava errado não poder ter uma vida normal com outra pessoa.— Por isso ainda era virgem? - ela fez que sim com a cabeça devagar — Casar comigo foi fácil porque você cresceu achando que minha família era culpada pela morte de seu pai.— É... Mas foi er
Parte 4...Ela franziu a testa, mas foi engraçado.— Não iria fazer isso.— Com você nunca dá para saber - suspirou — Me surpreende a todo momento.— Desculpe - apertou os lábios — Mas agora você já sabe tudo, não vou fazer mais nenhuma loucura e menos ainda sumir.— Fiquei com medo de acordar e não te achar - tocou seu cabelo, olhando sério para ela.Ela não disse nada. Mexeu na comida e ele lhe passou uma xícara com um líquido amarelo.— Beba esse chá antes. O médico disse que é muito bom para diminuir o enjoo matinal. Depois coma devagar até onde se sentir bem.— Obrigada - sorriu gostando da atenção.— Quero que saiba que aceito qualquer decisão que você tomar, menos a de me separar - falou rouco — Não faz sentido nos separarmos agora que está grávida.— Mas esse foi o acordo que fez e era o motivo para aceitar esse casamento forçado - largou a xícara — Não tem culpa de nada como pensei e até minha mãe entendeu isso... Ela não imaginava que você era o rapaz que nos ajudou.— E fic
Parte 5...— Foi mesmo... Um dia terrível. Eu não sabia quantas pessoas estavam no barco com meu pai, só pensava nele e que se morresse a última conversa nossa teria sido uma briga. Eu não iria suportar isso - ele engoliu em seco — Não queria estar lá, mas o destino me empurrou.— É tão incrível que tenha sido você quem nos salvou.— Foi Deus quem me fez ir até lá mesmo com raiva. O destino queria que nós ficássemos juntos. Eu te amo, agapé mou.— Isso é remorso, não me ama de verdade. — Claro que amo - segurou seu queixo — Está querendo saber mais do que eu?— Não - sorriu — Mas tem certeza?— Um dia você vai me amar também, prometo fazer tudo para isso - beijou seus olhos.— Não é isso... Só quero que esteja seguro.— Claro que estou seguro, agápe mou. Você me deixa fora de mim, eu não gosto disso e ainda assim me mostro vulnerável à você. Sou grego e orgulhoso, mas confesso meu amor por você sem vergonha ou culpa. Eu sei que te amo, mesmo não sendo recípocro.— Eu te amo, Kostas -
Nathaly estava na varanda junto com o marido quando o pequeno Yanno entrou correndo carregando uma sacola plástica cheia de balas coloridas. Estava todo feliz.— Olha, mamá - levantou a sacola — Posso comer alguns?A babá veio atrás dele rindo.— Ele procurou até que achou Nathaly, não consegui esconder - alisou o cabelo do pequeno.— Tudo bem, Marina - sorriu — Escolha só um, daqui a pouco vamos jantar e não quero que estrague o apetite com doces.— Ah, mamá - ele fez um biquinho dengoso.— Faça o que sua mãe diz, Yanno - Kostas falou sério.Ele balançou a cabeça concordando e saiu correndo com a babá atrás. Yanno estava com quase cinco anos, era muito esperto e não parava quieto, assim como o pai. Ele tinha os mesmos olhos que Kostas, mas seu cabelo era tão vermelho quanto o da mãe. Uma mistura muito bonita de cada um e que veio para trazer amor e paz para eles.Durante a gravidez, Kostas não deixou que ela soubesse como andava o processo contra seu tio para que não se aborrecesse e
Parte 1...Yago Demetriou era um total estranho na vida de Nathaly. Ela nunca teve uma aproximação com o tio antes e agora não estava gostando nem um pouco. Só mesmo a necessidade e o desespero a faziam entrar em contato com ele e sem sua mãe saber.O homem era rude até no modo de olhar pra ela, o que a deixava desconfortável, mas para quem já tinha passado por tantas coisas difíceis na vida, esta era apenas mais uma. É claro que sabia que procurar pelo tio distante seria um desafio, mas não imaginou que fosse um tão grande.— Está querendo que eu me case em troca de dinheiro?Ela estava abismada com a proposta que acabara de ouvir vinda de Yago, como se isso fosse algo bem simples de se fazer.— Isso mesmo - ele sorriu cinicamente.— Mas... Mas com Kostas Megalo? Logo com ele? - franziu a testa, surpresa com a ideia.— Exatamente - soprou a fumaça do cigarro.Yago continuou com seu olhar calmo e frio. Apenas sorriu de lado enquanto a observava nervosa. E parecia se divertir com iss
Parte 2...— Então, se está informado sobre tudo, sabe bem o que eu quero - seguiu adiante com um nó na garganta — Minha mãe precisa muito de um tratamento e cada dia que passa o tempo fica mais curto para ela.Ele deu um sorriso nojento que a deixou em alerta, soprando aquele cigarro horroroso que a sufocava.Nem mesmo as belezas de Athenas a acalmaram quando pisou em solo grego no aeroporto. A capital de um país tão maravilhoso, cheio de história e cultura seria o destino perfeito para férias, mas ela não estava ali para isso. A herança da era clássica era evidente em muitos pontos da cidade, com monumentos e obras de arte que contavam a gloriosa história do império grego. Se estivesse ali a passeio poderia percorrer suas ruas e visitar seus museus, o Paternon e a Acrópole tão famosos em todo o mundo. Athenas foi uma das principais cidade-estado na Grécia antiga e qualquer estudante de artes ou história adoraria ficar ali um longo tempo. A cidade tinha um grande apelo emocional.
Parte 3...Segurando a vontade de chorar ela pensou na diferença entre eles. O tio tinha tanta riqueza e ela era relegada a viver em grande dificuldade junto com a mãe e tudo isso poderia ser diferente se ele tivesse pelo menos um pouco de compaixão. Desde a entrada suntuosa com um enorme portão de ferro trabalhado até ali, a propriedade era cheia de coisas caras que mostravam riqueza. Enquanto isso ela morava com a mãe em um local minúsculo em uma área péssima da cidade, porque não tinham condições de se mudar para outro lugar. Por vezes sonhou em sair de lá, mas não tinha condições financeiras para tanto. Nunca havia saído de Vale Real, o que dirá fazer uma viagem internacional. Esta tinha sido a primeira vez que entrara em um avião.— Estou bem sendo uma garota e não quero rios de dinheiro, quero apenas o suficiente para ajudar minha mãe - disse com coragem.— Cale-se! - gritou — Não seja petulante menina, você precisa de mim. Aquela imbecil da sua mãe não a criou da forma certa
Parte 4...Ela engoliu a vontade de mandá-lo à merda. Claro que não teria roupas chiques e caras, não tinha como, mas tão pouco era uma mendiga. Conseguia se virar e comprar roupas dentro de seu orçamento que lhe serviam muito bem.— Ele vai pensar primeiro na parte financeira de nosso acordo e vai levar em consideração que você servirá apenas como um depósito de esperma que lhe dará o herdeiro de que precisa.Ela ficou vermelha ao ouvir o que disse. O homem tinha a capacidade enorme de ser um grosso a cada palavra que dizia. Que modo horrível de se expressar. — E depois que achar que pode ficar grávida, ele só tem que esperar a criança nascer e poderá se separar de você - gargalhou — É o que ele vai achar, mas não será assim.Ela olhou para a pasta ao seu lado com os papéis sobre sua vida e entendeu o quanto ele era moralmente perverso. Esperar anos para se vingar e usar um momento tão difícil como o que ela atravessava apenas por seu prazer.— Vai me dar o dinheiro se eu aceitar fa