Parte 5...Ele acaricou seu cabelo. Estava finalmente conhecendo a esposa. Realmente muito diferente do que pensava.— Eu errei também. Deveria ter prestado mais atenção aos sinais que você me dava - suspirou — Seu desinteresse em mim, seu nervosismo sempre que seu tio chegava perto, as histórias que não batiam...Me deixei levar por meu pai e também pelo desejo.— Bom, agora você já sabe - disse abalada se sentindo mal e culpada — Era o único jeito que eu tinha de conseguir dinheiro rápido. Eu enganei você e ajudei meu tio nessa loucura... Porque queria dinheiro rápido - apertou os lábios — Não raciocinei direito, mas foi por desespero. Não estou justificando meu erro... Só explicando.— Eu sei - murmurou — Mas seu tio tem que pagar.— Não quero mais brigas, acho que não aguento - balançou a cabeça — Sou uma pessoa calma e ter que fazer tudo isso está me deixando muito estressada... Até achei que ia ter um ataque cardíaco quando você me questionava e eu tinha que mentir... Eu juro que
Parte 6...— Não estou com vontade de comer agora - se sentia enjoada ainda — E também a viagem me cansou. Estava muito preocupada com minha mãe.— Imagino. Ficou longe dela esse tempo todo depois de anos e voltar às pressas por causa da infecção deve ter aumentado seu estresse.Ela confirmou com a cabeça. Mesmo ele estando certo o que ela queria naquele momento era que a beijasse. Sentira a falta dele.— Seu tio tem muita coisa para corrigir com vocês.— Eu prefiro nunca mais ter contato com ele - mordeu o lábio forte — Pra mim já basta o que me fez fazer. Minha mãe não estava exagerando quando falava dele.— Ainda assim, eu vou tomar uma atitude - disse sério.— Acho que um banho iria me ajudar. Onde está a malinha que eu trouxe?— Deve chegar em breve. Tem certeza de que comer algo não seria melhor?Ela riu. Talvez vomitasse tudo se colocasse algo na boca agora. Não estava segura.— Não, acho que o banho vai ser melhor.O olhar dele mudou e ela ficou quieta enquanto ele acariciava
Parte 1...“O amor quando acontece a gente esquece logo quem sofreu um dia... Ilusão".********** **********Nathaly andava apressada pelo corredor do hospital e Kostas teve que segurar seu braço para que parasse.— Eu disse calma, Nathaly. Não me ouviu? - falou baixo pelo adiantado da hora.— Ele vai fazer algo contra minha mãe - disse muito nervosa.— Não vai. Ele não é burro - apertou seu braço — Tem que confiar em mim, eu sei bem como é seu tio e dessa vez não estou distraído.— Mas ele...— Nathaly - disse áspero — Chega de ser teimosa. Precisa confiar em mim, sou seu marido e quanto mais você discute e insiste em fazer tudo sozinha, mais as coisas se complicam. Quantas vezes vou ter que me repetir?Ela estava quase chorando.— Desculpe... - ele soltou seu braço — Ele não deveria estar aqui... Fico nervosa...— Seria melhor que não, mas pelo visto seu tio anda se informando de sua vida ainda. Melhor seria que eu o procurasse antes, mas já que ele já está aqui, melhor tentar m
Parte 2...— Eu não mataria meu irmão - disse com raiva.— Não, mas queria matar meu pai. Eu sei que ele queria acabar com essa rixa entre as famílias e já vinha conversando sobre isso com Yanno. O passeio para comprar o barco foi só uma desculpa para ficarem afastados e se acertarem.— É verdade - Nádia disse com pesar — Eles já estavam quase se acertando para formarem uma aliança que acabaria com todas essas brigas horríveis.— Isso era uma imbecilidade. Yanno não deveria estar naquele barco - olhou com ódio para Nádia — A culpa foi sua que insistiu nesse absurdo e por sua culpa meu irmão morreu. Você deveria ter morrido e não ele - gesticulava nervoso.— Ainda não tenho as provas, mas não vou deixar passar dessa vez. Já chega de se meter e causar discórdia e sofrimento às pessoas. Comigo você vai ter que pagar.Yago se dirigiu para a porta, mas dois seguranças apareceram e bloquearam sua saída. Ele se virou para Kostas revoltado.— Não vai sair assim, Yago. Não tenho interesse em p
Parte 3...— Ok - afirmou com a cabeça — Prometo que não vou esconder mais nada, mesmo se for algo feio ou ruim - fechou os olhos de novo — Será que as pessoas têm uma vida louca como a minha? - voltou a abrir os olhos e ele estava com um sorriso leve — Até parece que foi algo combinado. Como pode ter sido você quem me tirou da água? - suspirou — Fiquei feliz com isso. Eu não sou essa pessoa ruim, sabe? Só fiz uma besteira atrás da outra, mas eu não gosto de viver assim, não tenho estrutura para essas coisas.— Já sei que não - acariciou seu rosto — Mas veja por outro lado. Sua vida tem mais agitação que a maioria das pessoas.Ela se sentia culpada e não conseguiu rir. — Eu nunca pensei que me casaria um dia. Nem mesmo namorava porque achava errado não poder ter uma vida normal com outra pessoa.— Por isso ainda era virgem? - ela fez que sim com a cabeça devagar — Casar comigo foi fácil porque você cresceu achando que minha família era culpada pela morte de seu pai.— É... Mas foi er
Parte 4...Ela franziu a testa, mas foi engraçado.— Não iria fazer isso.— Com você nunca dá para saber - suspirou — Me surpreende a todo momento.— Desculpe - apertou os lábios — Mas agora você já sabe tudo, não vou fazer mais nenhuma loucura e menos ainda sumir.— Fiquei com medo de acordar e não te achar - tocou seu cabelo, olhando sério para ela.Ela não disse nada. Mexeu na comida e ele lhe passou uma xícara com um líquido amarelo.— Beba esse chá antes. O médico disse que é muito bom para diminuir o enjoo matinal. Depois coma devagar até onde se sentir bem.— Obrigada - sorriu gostando da atenção.— Quero que saiba que aceito qualquer decisão que você tomar, menos a de me separar - falou rouco — Não faz sentido nos separarmos agora que está grávida.— Mas esse foi o acordo que fez e era o motivo para aceitar esse casamento forçado - largou a xícara — Não tem culpa de nada como pensei e até minha mãe entendeu isso... Ela não imaginava que você era o rapaz que nos ajudou.— E fic
Parte 5...— Foi mesmo... Um dia terrível. Eu não sabia quantas pessoas estavam no barco com meu pai, só pensava nele e que se morresse a última conversa nossa teria sido uma briga. Eu não iria suportar isso - ele engoliu em seco — Não queria estar lá, mas o destino me empurrou.— É tão incrível que tenha sido você quem nos salvou.— Foi Deus quem me fez ir até lá mesmo com raiva. O destino queria que nós ficássemos juntos. Eu te amo, agapé mou.— Isso é remorso, não me ama de verdade. — Claro que amo - segurou seu queixo — Está querendo saber mais do que eu?— Não - sorriu — Mas tem certeza?— Um dia você vai me amar também, prometo fazer tudo para isso - beijou seus olhos.— Não é isso... Só quero que esteja seguro.— Claro que estou seguro, agápe mou. Você me deixa fora de mim, eu não gosto disso e ainda assim me mostro vulnerável à você. Sou grego e orgulhoso, mas confesso meu amor por você sem vergonha ou culpa. Eu sei que te amo, mesmo não sendo recípocro.— Eu te amo, Kostas -
Nathaly estava na varanda junto com o marido quando o pequeno Yanno entrou correndo carregando uma sacola plástica cheia de balas coloridas. Estava todo feliz.— Olha, mamá - levantou a sacola — Posso comer alguns?A babá veio atrás dele rindo.— Ele procurou até que achou Nathaly, não consegui esconder - alisou o cabelo do pequeno.— Tudo bem, Marina - sorriu — Escolha só um, daqui a pouco vamos jantar e não quero que estrague o apetite com doces.— Ah, mamá - ele fez um biquinho dengoso.— Faça o que sua mãe diz, Yanno - Kostas falou sério.Ele balançou a cabeça concordando e saiu correndo com a babá atrás. Yanno estava com quase cinco anos, era muito esperto e não parava quieto, assim como o pai. Ele tinha os mesmos olhos que Kostas, mas seu cabelo era tão vermelho quanto o da mãe. Uma mistura muito bonita de cada um e que veio para trazer amor e paz para eles.Durante a gravidez, Kostas não deixou que ela soubesse como andava o processo contra seu tio para que não se aborrecesse e