Parte 4...Kostas a puxou para o peito para ouví-la direito.— Você é uma pessoa horrível - reclamou — Casou comigo por interesse, fez um monte de coisas comigo na cama e depois me humilhou. Foi embora sem me dizer nada e sumiu um tempão... Isso é feio - acabou soltando — Me deixou abandonada em uma casa que eu não conheço, com gente estranha, outra língua...Ele a apertou mais e abaixou a cabeça.— Nathaly...— Não sei por que as mulheres correm atrás de você - apertou a camisa dele e fechou os olhos se sentindo tonta — Você é grosseiro e não me trata bem - pausou um instante — Eu não gosto de ser casada, não é como as pessoas dizem que é... Não gosto de ser assim... E você me deixa nervosa.Ele a encarou com o rosto tenso. O que ela estava dizendo?— Acho melhor irmos embora.— Eu não quero voltar pra casa agora - reclamou — Você vai fazer eu me sentir bem na cama e depois vai me dizer algo ruim. Não quero mais ouvir essas coisas. Magoa. E... Eu não mereço isso.Ele ficou completame
Parte 5...Nathaly sentiu uma mão em seu ombro a balançando devagar e abriu os olhos piscando várias vezes, para focar uma imagem. Kostas estava sentado ao seu lado na cama com um copo na mão.— Acorde agápe mou - empurrou o copo em frente de seu rosto para que bebesse.— Eca - virou o rosto fazendo careta — Que cheio ruim.— Mas o efeito é bom. Vai ajudar a passar a ressaca.— Não quero beber nada, nunca mais na vida - se virou para o outro lado puxando o lençol.— Ótimo - a puxou de volta — Mas isso tem que beber, vai te fazer bem. Sente-se!Ela sentou sentindo os olhos arderem, a garganta seca e a cabeça latejando.— Credo... Juro por Deus que não volto a tocar em álcool nunca mais. É horrível - estalou a língua com gosto estranho na garganta.— É bem feito - a ajudou a tomar o remédio forte — Agora sabe que atitudes impensadas têm consequências.— Já vai começar a brigar comigo agora? - apertou os olhos e bebeu um pouco — Não me sinto bem, Kostas.— Não vou brigar - alisou seu cab
Parte 1...Medo de voar muita gente tem, mas o medo de Nathaly era daquela quantidade enorme de água embaixo deles. Apesar de ser um oceano de um azul incrível, ela não se sentia bem e dentro de uma lata de ferro menos ainda. O helicóptero voava perto demais do mar para o gosto dela. Sua testa suava e estava com taquicardia. Queria gritar com o piloto para que subisse mais. Parecia que a qualquer momento alguma onda iria bater na porta do helicóptero. A sensação era horrível, pesava em sua nuca.— Se continuar de olhos fechados vai perder uma das melhores vistas da Grécia - ele disse achando divertido o nervosismo dela — Abra os olhos, já estamos quase chegando - tocou seu joelho.Ela bem que queria falar algo, mas estava mais preocupada em controlar o pânico que começava a aumentar. Seu coração batia tão forte que ela conseguia sentir as batidas em sua garganta. Engoliu em seco e continuou de olhos fechados mesmo quando o sentiu tocar seu joelho. Ele não sabia a batalha que ela e
Parte 2...— Eles já foram embora - parou ao lado dela e tocou seu rosto de leve — Está tudo pronto e ficaremos apenas nós dois aqui. Eles virão, farão o que têm que fazer e depois retornarão às suas casas. Quero liberdade para ficar com você.Ela segurou a respiração um pouco. Não tinha certeza se isso seria algo positivo ou negativo. Sozinhos ela teria que ter mais cuidado e ele era esperto demais. Pelo jeito já tinha soltado a língua quando sob o efeito das bebidas e Kostas era curioso.Viu um piano branco em um lado da sala em destaque sob o piso mais elevado e se aproximou animada. Fazia muito tempo que não tocava em um piano e andou em volta dele admirando-o.— Você toca? - ele subiu o degrau.— Toco - respondeu tímida.— Ótimo. Quero que toque pra mim.Será que o tio havia dito a ele que sabia tocar e por isso havia um piano ali ou ele apenas o tinha como um enfeite? Ficou em dúvida, mas se ele pensava que era uma herdeira frívola, saber tocar piano fazia parte desse papel.— P
Parte 3...Nathaly abriu os olhos e se localizou no quarto. Espreguiçou o corpo e olhou para fora. Levantou a cabeça. O sol já estava baixo, ela dormira demais. Levantou e foi até uma janela olhando para fora. Não poderia dizer que a paisagem não era linda, porque era. Não viu sinal do marido lá fora.Procurou a mala e não achou. Foi até um quarto anexo e viu que era um pequeno closet, mas não achou a mala.— Suas roupas já eram.Ela deu um pulinho de susto e colocou a mão no peito.— Meu Deus... Que susto!— Calma - riu — Só tem nós dois aqui.— Eu ainda não me localizei, acabei de acordar.— Foi bom ter descansado.— Onde estão as roupas que eu trouxe?— Para que roupas? - a olhou malicioso — Vai passar a maior parte do tempo nua agápe mou. Gosto do seu corpinho. Está magrinha, precisa aumentar essas carnes, mas eu gosto do que vejo.— Não posso andar por aí nua - ruborizou.— Claro que pode. Estamos em uma ilha - sorriu — E você só trouxe duas calças jeans, por sinal horrorosas. E
Parte 4...Nathaly apareceu usando a túnica de algodão branco bordada e ele a achou linda. Estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo. Ele lhe ofereceu uma bebida.— Nada com álcool - ela sentou na cadeira ao lado — Não acho que seja uma pessoa que possa seguir bebendo, apesar de ter gostado de como isso a deixou desinibida. Mas não sou irresponsável de usar esse recurso com você.— É, foi bom me soltar - sorriu de leve — Eu gosto de dançar.— Notei isso. Assim como entendi que foi sua primeira ida a uma boate - se inclinou — No geral, não é? - apertou os olhos — Foi literalmente sua primeira vez.Ela apertou os lábios e pegou o copo com o suco.— Por que não fez compras Nathaly?— Não vi nada que me agradasse - bebeu desviando o olhar.— Isso não é verdade. Gastou todo o dinheiro.— Você gasta tudo o que tem com compras?— Nem poderia - riu de leve.— Eu também não. Dinheiro não é apenas para fazer compras.— Estou aprendendo isso com você - alisou a mão dela com o dedo — Achei q
Parte 5...Apesar de tudo ela gostava mesmo porque lá ela estava longe de todo o mal que a Grécia representava em sua vida. Tinha feito seu caminho e sua mãe estava na terra dela. Poucos amigos, porém bons e que as ajudaram como podiam. Ali ela não tinha nada e nem ninguém.— Você come devagar, mas não deixa passar nada - ele deu uma risada — Este é seu segundo prato e nem percebeu.Ela olhou para o prato quadrado de porcelana branca com relevos. Não tinha mesmo percebido, a comida estava muito boa e comer sem medo era bom demais.— Ah... Eu gosto muito da comida grega - até que era verdade.— Que bom saber - pegou sua mão.Kostas foi calmo enquanto lhe fazia perguntas que ela às vezes respondia de pronto e outras parecia pensar antes de abrir a boca, mas estava revelando mais coisas do que ele sabia até então. Perguntou dos estudos e descobriu que ela pintava óleo sobre tela, além de aquarela, que tocava piano e violão, que sabia falar inglês e francês e que se formara em farmácia
Parte 6...Nathaly continuou se mexendo e rebolando em cima dele até que o sentiu tremer e sabia que estava fazendo o certo porque o queria tanto quanto ele a ela, naquele quarto onde apenas os gemidos deles faziam um som idêntico.Esqueceu a timidez e só quis sentir tudo o que pudesse, que seu corpo tremesse de prazer junto com ele e que o marido a achasse alguém importante, especial.Kostas ficou quase atônito ao perceber que aquele era o sexo mais delicioso e calmo que ele já tivera e que estava feliz. Rodou com ela de novo e voltou a ficar por cima, sem dizer nada, apenas feliz e com um sorriso a encarou aumentado os movimentos entrando e saindo de seu corpo, observando sua respiração e seu rosto afogueado enquanto o clímax chegava para os dois.Ele desceu a cabeça e tocou a testa na dela, ambos respirando forte. A beijou de leve e acariciou seu rosto enquanto sentia o final de seu gozo. Ainda colado ele deitou de lado e a trouxe grudada a ele e ficaram quietos respirando fundo.