TRINTA E SEIS

LORE

Agora sentada na cadeira em frente à mesa do diretor, reparei que ele tinha se alojado muito bem. Um quadro com uma pintura sua estava localizado atrás do seu corpo. Em cima da mesa de madeira tinha um porta-retrato da sua família, assim como alguns troféus, certificados e diplomas. Valentim parecia ser um homem de grande respeito e muito talentoso. Sempre bem-vestido. Não aparentava ser muito velho, eu até diria que ele é novo demais para ser diretor de um colégio.

Com as mãos-largas em cima da madeira, ele corria os dedos em um papel branco. Estava focado. Seus olhos atenciosos percorriam de maneira calma, mas atenciosa, pelo documento. Sua expressão era séria e preocupada.

Eu não sabia o que ele queria falar comigo, na verdade, assim que cheguei no colégio, o Valentim pediu para que eu fosse até a sua sala. Mas até posso tentar deduzir, talvez sejam as minhas notas, como faltei ultimamente, elas com certeza não estão boas. Ou algo em relação o que aconteceu na semana passada.
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