LORE— Por quê? — perguntei irritada. — Eles podiam acabar comigo.— Mas você ganhou deles! — respondeu rápido e parado. Seu corpo rígido enquanto me observava gritar.— Você é maluco! — exclamei andando até uma cabine e ligando o chuveiro. — E se eu falhasse, porra? Se eu perdesse?— Eu sabia que você acabaria com eles. — ele disse.Olhei novamente para alto, que ainda se mantinha atrás de mim, fora da cabine. Seus olhos percorreram meu corpo suado e pararam nos meus seios, então fiz o mesmo, suspirando quando notei os bicos desenhados.Eu estava excitada?Thomas encarou o meu rosto com sua pupila dilatada e molhou os lábios lentamente. O lugar ficou pequeno. O calor e o vapor me fazia perder o ar e continuar olhando para o segurança em minha frente.Minha respiração acelerou e meu peito pulou. O meio das minhas pernas pulsava. Eu queria foder. Aqui e agora.Me aproximei do moreno que logo se apressou em se afastar, mas eu não desisti. Colei nossos corpos e alisei sua barriga. Ele ne
RUELJulie tinha se alojado no quarto em frente ao meu. Tirei meus instrumentos de lá e coloquei-os aqui. As guitarras presas na minha parede, mas o piano ao lado da janela. Até que não tinha ficado muito apertado, já que aqui é menor do que na mansão.Dois dias atrás me aproximei da Lore. Sei que não devia fazer isso, mas eu tinha que ter certeza que ela não sabia sobre o Benjamin mandar o Vargas na casa da garota que agora tá morando comigo. Pela sua expressão confusa e surpresa, era nítido que ela não estava ciente de nada, e isso me deixou ainda mais curioso.Hoje é sexta. Dia do evento da empresa Orlando's. Soube que seria diferente. Eles fariam um baile de máscara e os Evans foram convidados, como eu suspeitava.Ainda estava decidindo se iria ou não, mas esse evento poderia ser uma chance de descobrir o que Benjamin planejava com a Julie.— Então você vai? — ela perguntou após aparecer na área externa.Dei de ombros acendendo o cigarro.— Talvez... — respondi.— Posso ir com voc
Gatilho.LOREQuando Ruel finalmente sumiu no meio da multidão, me apressei em segurar o Thomas que tentava passar e ir atrás do loiro. Agora estávamos nos movimentando lentamente no ritmo da música. O clima entre nós dois era ruim e desconfortável. Não por ele e sim por mim. O alto segurava minha cintura como se não quisesse, e sua mão direita que segurava a minha estava frouxa.Movi os olhos pelo salão, logo notando que os meus pais ainda não estavam ali. Onde eles foram? Será mesmo que o Vincent estava certo?Os Evans e os Orlando's estavam juntos? Fizeram um acordo? Todo o meu sofrimento foi em vão? As tentativas de assassinatos? A tentativa de estupro? O sequestro?Argh...Isso tudo é irritante e estressante.Cerrei os dentes e encarei a mesa vazia do outro lado da grande sala. Meu segurança ainda se movimentava enquanto eu me mantinha pensativa.Ouvir o que o Ruel tinha dito me deixou confusa e tudo mais caótico. No fundo, eu sabia que ele não tinha toda a culpa, boa parte dela
Gatilho.LORESentei no banco de passageiro e minha amiga começou a dirigir o meu carro, o que me fez agradecer. Eu não tinha forças e nem estava em condições de segurar um volante. Eu queria chegar logo e poder abraçá-lo. Dizer que estava tudo bem e que eu tinha o perdoado.Cada minuto que passava, parecia que o quarteirão dele ficava mais longe. Eu estava apertava as minhas coxas impaciente e ansiosa. Meu rosto molhado devido às lágrimas que ainda insistiam em descer.Quando vi seu portão, meu coração disparou. Anne parou o veículo e desci em questão de segundos. Apertei o botão da campainha e sua demora de abrir o aço branco em minha frente me frustrou. Toquei mais uma vez e nada. Impaciente toquei mais três vezes e ouvi o barulho dele sendo aberto.Caminhei em passos ligeiros pelo seu jardim e me aproximei da porta de entrada, a qual ainda estava fechada, mas logo foi aberta por Julie. A garota me olhava confusa. Vestia uma blusa larga e um short de pano. Ignorei-a e me apressei e
Gatilho.RUELEstava focado nas ruas que passavam. Orlando dirigia desesperadamente, nos levando para a mansão dos Evans. Durante o caminho todo o silêncio pairou no carro, e só foi quebrado quando pedi apenas para irmos para a casa dos meus pais.Meus pais.Meu coração doía sem acreditar no que tinha acontecido. Eu sentia um vazio dentro de mim. Eu a amava, independente das nossas desavenças. A culpei tanto por não ter interferido quando o Ralph me espancava. Eu sabia que ela sofria também, mas não mais do que eu.E agora ela estava morta.Suicídio?Não. Ela não se drogava.Meus olhos arderam querendo permitir que as lágrimas descessem, mas eu não queria deixar. Não tinha o direito de me sentir triste, sendo que também a torturei por meses. Culpando-a e acusando-a.Lore ao meu lado estava calada. Tão deprimida quanto eu. Notava uma hora ou outra que a morena desviava sua atenção para mim, mas continuei olhando para frente. Estava enfurecido, mesmo sabendo que ela não tinha culpa nenh
Gatilho,LOREOlhei novamente para o rosto sereno do loiro que agora estava dormindo. Ele só conseguiu pregar os olhos há uma hora antes. Seu corpo e sua mente o castigava. Ruel estava deprimido e triste, mas agora que sua mãe foi assassinada, ele parecia pior. Culpado e ressentido.Levantei da cama e andei até o seu closet, onde peguei um moletom seu e vesti, juntamente com um short meu da cor azul de algum pijama que ainda estava por aqui. Talvez eu tenha esquecido ou ele tenha trazido da sua casa.Peguei o telefone vendo que eram quase sete da manhã.Entrei no banheiro, lavando o rosto e encarando o quarto assim que voltei. Observei o loiro mais uma vez quando sua mão rastejou pelo tecido branco da cama, provavelmente me procurando.Andei até a sacada e olhei o céu lá fora pelo vidro fechado. As nuvens escuras, anunciando que iria chover o dia todo. Isso normalmente acontece quando ocorre uma morte. Por um lado é triste e deprimente.Peguei um dos cigarros da carteira do Vincent em
Gatilho.LORE— Por quanto tempo?— Finalmente dei um fim nisso há semanas atrás. — respondeu.Isso ainda acontecia?— Meu Deus, Vincent! — franzi a testa e me aproximei do seu corpo, deitando por cima dele e segurando o seu rosto. — Por isso que você sempre andava com machucados? No rosto. Também já notei algumas cicatrizes pelo seu corpo...Ruel me olhou brevemente, e logo trouxe sua mão direita até minha bochecha, alisando-a.— As cicatrizes consegui durante uma missão. — explicou sorrindo fraco. — Mas os machucados pelo rosto foi por causa dele.Envolvi seu pescoço com os meus braços e suspirei angustiada. Ruel se apressou em ajeitar-me, colocando minhas pernas em cada lado do seu corpo e alisou minhas coxas.Ralph era um homem horrível.— Eu culpei minha mãe durante anos por isso. — continuou. — Por ela não tomar uma atitude e me livrar das mãos daquele monstro, mas ela não fazia nada, Lore. — sua voz saiu baixa. — E agora me sinto um lixo por não me sentir tão deprimido como eu
RUELJá haviam se passado uma hora e meia de viagem. Minha avó morava em San Diego, então é apenas duas horas de carro de Los Angeles até lá. Saímos de casa às oito.— Quando você tirou essa foto? — perguntou confusa e olhei o que ela segurava. Meu celular novo estava em suas mãos.A morena encarava a tela do aparelho com uma expressão surpresa. Uma pequena linha traçou seus lábios encarando sua fotografia no papel de parede. Uma das inúmeras fotos que tirei do seu corpo coberto enquanto ela dormia.— No dia em que você lutou com a Julie. — eu disse.Porra, a Julie. Esqueci de avisar a garota que eu chegaria tarde em casa.Lore sabia que ela estava na tela do meu telefone, só que não sabia qual era a foto.— Achei que você não usava fotos minhas... — comentou, nervosa e pressionou seus lábios grossos. — Não mais...— Nunca tirei você dela. — levei uma das mãos até a sua coxa e comecei a distribuir carinhos em sua pele. — Você também nunca tirou o anel...Olhei Orlando de relance e not