SeleneBeberiquei o chá quente um pouco distraída, me sentia atordoada.— Caiu da cama, menina? — Vó Laura entrou na cozinha.— Bom dia, vó. Eu só acordei muito cedo — Observei quando ela colocou a chaleira com água no fogo. — Parece preocupada. Aconteceu alguma coisa? — Olhou-me brevemente antes de abrir o armário e buscar o pote de café.— Eu não sei. — Pousei a xícara sobre a mesa.Vó Laura organizou as coisas para preparar um café na bancada ao lado do fogão. Como sempre, seus movimentos eram suaves. Seus cabelos curtos e brancos estavam bem penteados, a roupa toda azul cobria seus braços por completo, e as calças compridas eram folgadas. No pescoço, um lenço colorido estava cuidadosamente amarrado e, na boca, um batom vermelho que sempre achei que combinava com seus olhos azuis claros. Ela nunca deixou sua vaidade de lado. Mas eu a admirava por muitas questões.— Que resposta sem sentido — disse risonha ao sentar-se na minha frente.— É tão sem sentido quanto o que eu vi, mas nã
SeleneAo retornar, estacionei na frente de casa, como previ, cheguei bem depois da hora do almoço. Estive o tempo todo inquieta, era uma saudade absurda. Puxei minha mochila e saí do carro, queria vê-lo e beijá-lo, mesmo que ainda estivesse impressionada com aquilo.Desconsiderando as coisas ruins e complicadas, beijar ele foi como flutuar e me senti em um lugar distante, mas que se parecia com um lar. Como eu deveria interpretar isso? Se fosse tão fácil de entender, eu teria muitas respostas.— Selene. — Virei em direção ao chamado. — Hey, está distraída? Te chamei duas vezes. — Ah, oi, Jhonny, desculpe, não tinha escutado.— Sem problemas, gata! — disse naquele sorriso travesso. Ele ajeitou o cabelo com leves cachos e loiros, seus olhos claros eram alegres, Jhonny é mais jovem que eu, seus pais o traziam quando criança e acabou por trabalhar aqui também.— Tem alguma folga hoje?— Acho que não, preciso estudar e trabalhar na estufa. — O cortei de maneira mais gentil possível, eu j
DarykVê-la agora me deixou mais tranquilo, porém, profundamente irritado com aquele macho que a tocou. Eu quis quebrar sua mão para que não ousasse novamente, mas não podia infligir as leis absurdas desse lugar, eu também não queria assustá-la. Em meu mundo isso é um desrespeito, ninguém ousa tocar em fêmeas marcadas, principalmente de um alfa. Infelizmente, ela ainda não tem minha marca, eu deveria resolver isso o mais rápido possível, mesmo que não soubesse ainda se era possível, não importava.Eu estava ficando cada vez mais impaciente.Selene apreciou meu carinho e fiquei satisfeito. Na verdade, eu queria arrastá-la agora mesmo para onde pudesse tê-la inteiramente, mas ela, como uma humana, não devia sentir a mesma força para tomar e marcar como eu. Eu quero montá-la e fazê-la minha. Submetê-la. Adorá-la como uma fêmea deveria ser.Selene fechou os olhos, entregue, acariciei seus lábios antes de beijá-la. Seus lábios macios e bem desenhados eram perfeitos, doces e suaves. O gosto
SeleneLouca.Isso. Eu estava louca.Isso justificava toda a situação. Eu só podia estar louca de me deixar ser arrastada por ele para transar, em pleno sol do meio da tarde. Mas meus pensamentos racionais foram embora a partir do momento que ele começou a me beijar daquele jeito, quando suas mãos grandes me apertavam de forma tão gostosa quanto os beijos.Droga. Eu o queria, nem ao menos conseguia resistir e me fazer de difícil, simplesmente eu queria sanar esse desejo que foi louco e estranho desde o início. E ser prensada desse jeito era terrivelmente bom. Meu sangue pulsava, corria mais rápido.— O fedor daquele macho está na sua roupa. — Daryk disse quando deixou meus lábios e sem que eu visse direito, minha camisa foi arrancada, rasgada. Gemi em deleite quando enfiou as mãos em meus cabelos e puxou, expondo meu pescoço. Ele lambeu e sugou minha pele. Fechei os olhos ao sentir seus dentes rasparem por minha garganta, o aperto continuava firme em meus cabelos a ponto de não conse
DarykNo início da madrugada estava mais frio, ainda assim, dentro desse pequeno quarto era quente, por isso abri a janela para deixar entrar o ar mais fresco. Selene dormia profundamente, ela estava cansada e não a forçaria mais que suportasse, mas estava ansioso para tê-la novamente.Selene sentia nossa ligação, eu não tinha mais dúvidas sobre isso, ela se entregou verdadeiramente, foi forte, exigente. O que aconteceu entre nós foi mais que um acasalamento, eu senti o suficiente para tirar qualquer dúvida.A deusa não ligava as almas de maneira errada, talvez eu não entendesse seu propósito agora, mas aos poucos a verdade seria revelada. Algumas coisas eu senti de maneira incomum, o lobo reagiu em um determinado momento, me deu a impressão de que ela o viu. E isso era impossível vindo de um humano.Respirei longamente e alisei mais uma vez aquela gravura na lateral do seu corpo, era pequena, mas o lobo de olhos vermelhos estava bem desenhado, era como se olhasse para mim. Um cheiro
DarykFoi possível sentir sua alegria, Zarek mais do que ninguém sabia a bênção que era encontrar nosso par de alma, afinal, ele já havia encontrado o seu, mas infelizmente, a deusa traçou planos difíceis de compreender.— Eu fiquei tão surpreso quanto você.— É uma benção, fico muito feliz por você, meu amigo. — Deu leves tapas no meu braço. — Estou ansioso para conhecê-la. O que ela é? Uma bruxa. Loba? Ou... mas o que ela está fazendo nesse mundo? — Seu sorriso morreu quando se deu conta. — Espera, é uma humana?— Talvez.— Talvez? — Arqueou uma sobrancelha — Não existe essa de talvez, ou é ou não é! É muito simples identificar uma espécie.— Acho que ela é uma descendente das bruxas anciãs.— Impossível! A última anciã não possui nenhum descendente. — Eu não sei, Zarek. Ela não possui magia no corpo, mas o colar que carrega tem a magia. Meu lobo reconheceu e sentiu receio.— A magia delas era única e perigosa, por isso foram quase extintas. Se ela for uma das bruxas anciãs, vai se
SeleneO dia estava amanhecendo, a natureza não falhava em seu horário. Daryk beijava minhas costas e suspirei apreciando o carinho.— Bom dia — desejei a ele, sorrindo.— Bom dia… — Continuou seus beijos. — Isso é uma ótima maneira de ser acordada. — Virei para ele e ele selou seus lábios nos meus brevemente.— Posso te acordar assim todos os dias. — Hmm... proposta tentadora. — Afastei uma mecha do seu cabelo para trás de sua orelha.— Está com fome?— Sim, mas quero um banho antes.— Tem certeza? — Ele se deitou quase por cima e encaixou seu rosto em meu pescoço. — Eu acho que está perfeito assim. — Seus dedos desceram por minha barriga até aquele ponto sensível, senti liso quando seu dedo me penetrou um pouco.— Hmm… Daryk, não aguento mais nada agora. — Confessei, manhosa.— Podemos testar para saber. — Continuou seus estímulos vagarosos.— Eu acho que você é bastante… grande para ficar testando.— Isso foi um elogio?Ri com mais vontade e ele retirou seu dedo me causando uma
SeleneDaryk me acompanhou até a porta de casa, ainda assim, entrei rezando para que não houvesse ninguém pelo caminho, ao menos o carro de Erik não estava aqui. Segurei o cós da calça com mais atenção, era folgado demais, a camisa chegava no meio das coxas e eu não estava usando nenhuma peça íntima. É um pouco absurdo ter as roupas rasgadas na hora do sexo, mas para falar a verdade, eu nem me lembro direito desse detalhe, porém, minha calça tinha uns rasgos estranhos além do botão e ziper arrebentado, a brusa nem se fala e minhas peças intimas…— Entrando às escondidas, cunhada? — Loren saiu pela porta da cozinha próximo às escadas.— Droga — resmunguei, mas não estava realmente irritada.— Chegando de manhã… — Ela cruzou os braços o que arrebitou mais seus seios no decote do vestido florido. — Olheiras e lábio machucado, fora os chupões… e essas roupas masculinas… — Isso é uma inspeção? Que eu saiba sou bem crescida já. — Relaxei um pouco mais e alcancei as escadas. Estava cansada