DarykVê-la agora me deixou mais tranquilo, porém, profundamente irritado com aquele macho que a tocou. Eu quis quebrar sua mão para que não ousasse novamente, mas não podia infligir as leis absurdas desse lugar, eu também não queria assustá-la. Em meu mundo isso é um desrespeito, ninguém ousa tocar em fêmeas marcadas, principalmente de um alfa. Infelizmente, ela ainda não tem minha marca, eu deveria resolver isso o mais rápido possível, mesmo que não soubesse ainda se era possível, não importava.Eu estava ficando cada vez mais impaciente.Selene apreciou meu carinho e fiquei satisfeito. Na verdade, eu queria arrastá-la agora mesmo para onde pudesse tê-la inteiramente, mas ela, como uma humana, não devia sentir a mesma força para tomar e marcar como eu. Eu quero montá-la e fazê-la minha. Submetê-la. Adorá-la como uma fêmea deveria ser.Selene fechou os olhos, entregue, acariciei seus lábios antes de beijá-la. Seus lábios macios e bem desenhados eram perfeitos, doces e suaves. O gosto
SeleneLouca.Isso. Eu estava louca.Isso justificava toda a situação. Eu só podia estar louca de me deixar ser arrastada por ele para transar, em pleno sol do meio da tarde. Mas meus pensamentos racionais foram embora a partir do momento que ele começou a me beijar daquele jeito, quando suas mãos grandes me apertavam de forma tão gostosa quanto os beijos.Droga. Eu o queria, nem ao menos conseguia resistir e me fazer de difícil, simplesmente eu queria sanar esse desejo que foi louco e estranho desde o início. E ser prensada desse jeito era terrivelmente bom. Meu sangue pulsava, corria mais rápido.— O fedor daquele macho está na sua roupa. — Daryk disse quando deixou meus lábios e sem que eu visse direito, minha camisa foi arrancada, rasgada. Gemi em deleite quando enfiou as mãos em meus cabelos e puxou, expondo meu pescoço. Ele lambeu e sugou minha pele. Fechei os olhos ao sentir seus dentes rasparem por minha garganta, o aperto continuava firme em meus cabelos a ponto de não conse
DarykNo início da madrugada estava mais frio, ainda assim, dentro desse pequeno quarto era quente, por isso abri a janela para deixar entrar o ar mais fresco. Selene dormia profundamente, ela estava cansada e não a forçaria mais que suportasse, mas estava ansioso para tê-la novamente.Selene sentia nossa ligação, eu não tinha mais dúvidas sobre isso, ela se entregou verdadeiramente, foi forte, exigente. O que aconteceu entre nós foi mais que um acasalamento, eu senti o suficiente para tirar qualquer dúvida.A deusa não ligava as almas de maneira errada, talvez eu não entendesse seu propósito agora, mas aos poucos a verdade seria revelada. Algumas coisas eu senti de maneira incomum, o lobo reagiu em um determinado momento, me deu a impressão de que ela o viu. E isso era impossível vindo de um humano.Respirei longamente e alisei mais uma vez aquela gravura na lateral do seu corpo, era pequena, mas o lobo de olhos vermelhos estava bem desenhado, era como se olhasse para mim. Um cheiro
DarykFoi possível sentir sua alegria, Zarek mais do que ninguém sabia a bênção que era encontrar nosso par de alma, afinal, ele já havia encontrado o seu, mas infelizmente, a deusa traçou planos difíceis de compreender.— Eu fiquei tão surpreso quanto você.— É uma benção, fico muito feliz por você, meu amigo. — Deu leves tapas no meu braço. — Estou ansioso para conhecê-la. O que ela é? Uma bruxa. Loba? Ou... mas o que ela está fazendo nesse mundo? — Seu sorriso morreu quando se deu conta. — Espera, é uma humana?— Talvez.— Talvez? — Arqueou uma sobrancelha — Não existe essa de talvez, ou é ou não é! É muito simples identificar uma espécie.— Acho que ela é uma descendente das bruxas anciãs.— Impossível! A última anciã não possui nenhum descendente. — Eu não sei, Zarek. Ela não possui magia no corpo, mas o colar que carrega tem a magia. Meu lobo reconheceu e sentiu receio.— A magia delas era única e perigosa, por isso foram quase extintas. Se ela for uma das bruxas anciãs, vai se
SeleneO dia estava amanhecendo, a natureza não falhava em seu horário. Daryk beijava minhas costas e suspirei apreciando o carinho.— Bom dia — desejei a ele, sorrindo.— Bom dia… — Continuou seus beijos. — Isso é uma ótima maneira de ser acordada. — Virei para ele e ele selou seus lábios nos meus brevemente.— Posso te acordar assim todos os dias. — Hmm... proposta tentadora. — Afastei uma mecha do seu cabelo para trás de sua orelha.— Está com fome?— Sim, mas quero um banho antes.— Tem certeza? — Ele se deitou quase por cima e encaixou seu rosto em meu pescoço. — Eu acho que está perfeito assim. — Seus dedos desceram por minha barriga até aquele ponto sensível, senti liso quando seu dedo me penetrou um pouco.— Hmm… Daryk, não aguento mais nada agora. — Confessei, manhosa.— Podemos testar para saber. — Continuou seus estímulos vagarosos.— Eu acho que você é bastante… grande para ficar testando.— Isso foi um elogio?Ri com mais vontade e ele retirou seu dedo me causando uma
SeleneDaryk me acompanhou até a porta de casa, ainda assim, entrei rezando para que não houvesse ninguém pelo caminho, ao menos o carro de Erik não estava aqui. Segurei o cós da calça com mais atenção, era folgado demais, a camisa chegava no meio das coxas e eu não estava usando nenhuma peça íntima. É um pouco absurdo ter as roupas rasgadas na hora do sexo, mas para falar a verdade, eu nem me lembro direito desse detalhe, porém, minha calça tinha uns rasgos estranhos além do botão e ziper arrebentado, a brusa nem se fala e minhas peças intimas…— Entrando às escondidas, cunhada? — Loren saiu pela porta da cozinha próximo às escadas.— Droga — resmunguei, mas não estava realmente irritada.— Chegando de manhã… — Ela cruzou os braços o que arrebitou mais seus seios no decote do vestido florido. — Olheiras e lábio machucado, fora os chupões… e essas roupas masculinas… — Isso é uma inspeção? Que eu saiba sou bem crescida já. — Relaxei um pouco mais e alcancei as escadas. Estava cansada
SeleneQuando cheguei à clareira, Daryk já estava lá, era fim de tarde, o sol estava se pondo. Ele estava sentado com os braços apoiados nos joelhos, olhando o horizonte. Olhando-o agora, meu peito se apertou.— Oi. — Sentei ao seu lado.— Oi — disse, após beijar minha boca rapidamente. — Que bom que veio.Daryk desceu os olhos para o meu colar. Hoje resolvi deixar a mostra, ele me passava segurança e já não sentia receio de mostrar a ele.— Daryk, o que está acontecendo? É algo muito grave? — perguntei, não aguentando esperar.— Não é nada grave, Selene, mas preciso que tenha a mente aberta. — Ele virou novamente para contemplar aquela vista. — Você acredita em destino?— Sim, acredito.— Eu sempre fui um pouco cético quanto a isso, sempre achei que o destino era algo sob o nosso controle, mas aí, você me encontrou exatamente no momento que saí daquela mata.O calafrio espalhou-se pelo meu corpo ao lembrar desse dia, o medo de perdê-lo agora corria em minhas veias como um veneno e o
SeleneAlgo pinicava minha pele, estava úmido. Mexi as mãos sentindo a vegetação e a terra. Aos poucos fui recordando, Daryk…Estávamos conversando, ele começou a falar coisas sem sentido e depois… Não, devia ser apenas minha imaginação, não era possível alguém se transformar em um animal, ainda mais daquele tamanho.Uma lufada de ar me forçou a finalmente abrir os olhos, a primeira coisa que vi foram os olhos do lobo. Ele encostou seu focinho na minha bochecha empurrando levemente.Certo, não era um sonho. Sente-me e o lobo ficou próximo, um grande lobo sentado e aparentemente, dócil.— Isso é loucura… — disse a mim mesma.Coloquei-me de pé e fui seguida pelo olhar atento dele. Agora eu não estava sonhando e mesmo que o sol já tivesse sumido, ainda permanecia uma pequena claridade. Ainda sob o olhar dele, alcancei a mochila e peguei a lanterna. Eu não estava nervosa, deveria, mas não estava. E por mais loucura que fosse, eu vi com meus próprios olhos. Cocei a testa antes de ligar a