POV: AIRYSO calor do seu corpo era viciante. A temperatura parecia ter subido de propósito quando deitei minha cabeça em seu colo.Eu sabia que estava me arriscando demais, porém, não me importava. Preferia isso a morrer de frio mais uma noite. Se até no inferno as almas eram aquecidas, por que eu, uma mera prisioneira humana, deveria congelar?"É quente... é seguro..." Minha mente repetia, embalada pelo cansaço, me puxando para longe, para a inconsciência.No último lampejo de lucidez, senti meu corpo se aconchegar mais, enlacei mais meus braços em suas pernas grossas, buscando instintivamente mais calor. Um arrepio percorreu minha pele quando um sussurro grave roçou meu ouvido:— Pequena, não sou alguém digno de se apegar...Seus dedos se infiltraram em meus cabelos, afundando nos fios em uma massagem lenta, prazerosa, que me arrancou um suspiro involuntário. Seu cheiro me envolveu por completo, quente e denso, como se impregnasse minha pele.De repente, tudo ao meu redor mudou.Pi
POV: AIRYSMeus olhos se arregalaram. Acima de mim, havia um enorme lobo branco que enfiou o focinho na água, me observando com intensidade.— Quem era sua mãe? — A voz ecoou.Minhas sobrancelhas se franziram, o medo se misturando com a confusão. Meus músculos relaxaram e, de repente, a água não parecia mais me sufocar. Ela deslizou contra minha pele, me envolvendo de forma estranhamente reconfortante.Ao meu redor, imagens tomaram forma. Minha mãe e eu brincando no jardim da nossa antiga casa. Eu devia ter uns cinco anos. Ela sorria, os olhos cheios de amor e tristeza.— Chegará o momento em que saberão quem você realmente é, minha menina. — Sua voz soava suave, apesar do peso por trás das palavras. — Quando isso acontecer, me prometa que fugirá para bem longe, sem olhar para trás.— Mas e você, mamãe? — A pequena choramingava, soluçando. — Eu não posso te deixar sozinha, o papai é cruel.— Eu estarei segura se você estiver segura. — Ela me puxou para seus braços em um abraço apertad
POV: DAIMON"Eu disse que ela te odiaria." Fenrir riu em minha mente, provocador. "Vai contar a verdade?"Ignorei sua provocação e foquei na mulher à minha frente, com os olhos em chama.— Você vai congelar aqui fora. — Minha voz saiu grave, um rosnado de impaciência. Seu corpo tremia, os lábios arroxeados, a raiva vibrava em minhas veias, mas não era dela que sentia."É de nós." Fenrir estalou a língua. "Interessante."Estendi a mão e toquei seu braço, sentindo a pele gelada sob meus dedos quentes. Airys se afastou em um movimento brusco, recuando alguns passos.— Não seja teimosa, pequena. — Advertir, ciente de que não toleraria mais desobediências.— Eu não vou com você! — Gritou, ofegante com a respiração pesada pelo ar denso, as narinas dilatadas. Seus punhos cerrados, os olhos faiscando em desafio. — Se eu vou morrer de qualquer jeito, então que seja da minha forma!"Você realmente a irritou." Fenrir bufou, divertido.Cerrei o maxilar, sentindo a fúria borbulhar sob minha pele. M
POV: DAIMON— Você me pertence! — Declarei em um rosnado feroz, deslizando o tecido para o lado, expondo-a por completo. Airys ofegou, arqueando o corpo no instante em que minha língua tocou seus mamilos rígidos. Ela gemeu, puxando meus cabelos com força, tentando controlar a própria reação.Não deixei.— Não pequena, eu quero tudo. — Mordi, a obrigando jogar a cabeça para trás estremecendo por completo.Segurei sua cintura, mantendo-a imóvel enquanto sugava seu seio com voracidade, alternando de um para o outro, mordendo, chupando, provocando. Quando juntei ambos, passando a língua devagar entre eles antes de abocanhá-los de novo, ela vibrou, soltando um gemido abafado.— Daimon... — Suplicou, dengosa.Subi por sua pele, mordiscando e chupando seu ombro, demorando ali, desejando a marcar. Mas ainda não, deixei marcas suaves que só sairiam dias depois. Marquei seu pescoço, o queixo, até que cravei os dentes ali, deixando um aviso.Ela fadigou, descompassando a respiração rápido, morden
POV: AIRYSFiquei um tempo encolhida no box do banheiro, sentada sob a água quente, tentando controlar minhas emoções. Meu corpo parecia quente demais agora, e quase senti falta da neve fria lá fora.— Como posso desejar um monstro como ele? — Sussurrei, erguendo o rosto sob o chuveiro, desejando que a água levasse minha confusão pelo ralo. — Deusa, estou enlouquecendo.Sai do banho e parei em frente ao espelho. Minha pele ainda formigava onde suas mãos haviam tocado. Virei o pescoço de lado e vi as marcas — chupões e mordidas — contrastando contra minha pele pálida. Um arrepio percorreu minha espinha quando passei a ponta dos dedos sobre elas."Marcando como sua."Minha mente ecoou aquelas palavras e um calor percorreu meu ventre.— Eu não sou dele! — Con
POV: AIRYSDaimon me puxou para frente, nossos corpos quase colados. Em um movimento sem esforço, me ergueu, segurando-me com facilidade. Meu coração acelerou. Peguei o que precisava, quando ele me desceu lentamente, sem pressa, me mantendo à sua frente. Seu olhar terroso, semicerrado, me analisava com atenção. Havia algo ali, um interesse silencioso, como se estivesse tentando decifrar o que eu era.— Você... — gaguejei, engolindo em seco. — Já pode me soltar.Mas ele não se moveu.O calor de seu corpo me envolvia, sua presença dominante tornava o espaço entre nós inexistente. O poder Lycan vibrava ao nosso redor, arrepios percorriam meus braços até a nuca.— Alfa...— Seus olhos. — Daimon me interrompeu, inclinando o rosto para mais perto.
POV: AIRYSA panela apitou, e corri para desligá-la, aproveitando para me afastar. Eu precisava de espaço.O que ele estava fazendo?Por que agia assim?Droga. Era mais fácil quando me caçava. Ao menos, eu sabia que queria me devorar."E ainda não quer?" Minha mente provocou maliciosamente. Bufei, irritada.Preenchi nossos pratos e coloquei a sua frente. Ele continuava ali, relaxado, recostado na cadeira como se nada no mundo pudesse incomodá-lo.— Vossa Majestade, seu jantar. — Fiz um gesto dramático.Suas sobrancelhas se juntaram ligeiramente. Ele não riu. Apenas me observou com aquela paciência afiada.— Aproveite a refeição.— Você faz piadas quando está nervosa. — Ele
POV: AIRYSMinhas mãos tremiam levemente quando me soltei de seu aperto.— Impaciência é uma característica forte dos Alfas. — Arfei baixinho, tentando recuperar o controle. — Podemos jogar em frente à lareira. Está esfriando.Afastei-me, sentindo seu olhar pesado em minhas costas. Ele me seguiu sem pressa, segurando a garrafa. Me acomodei no tapete felpudo, a cor marfim contrastando com minhas roupas escuras. Peguei a garrafa e a posicionei no centro.Daimon se sentou à minha frente, encostado no sofá, e abriu uma garrafa de uísque. O líquido âmbar encheu os copos. Lancei um olhar interrogativo.— Há regras no seu jogo que impeçam o consumo de álcool? — Seu tom carregava sarcasmo.— Não. — Suspirei, pegando o copo e bebendo um go