Olá, minhas lobinhas! Eu sei que a tensão está no ar, mas cada emoção, cada reviravolta, foi pensada com propósito. Quem já me acompanha há mais tempo sabe: nas minhas histórias, nada é por acaso. Sempre há um motivo... e sim, as respostas virão! Peço que tenham um pouco de paciência com o desenrolar: prometo que tudo vai fazer sentido, e quando menos esperarem, essa história vai surpreender vocês e tocar direto no coração. Confiem um pouquinho na autora aqui, tá? rs Obrigada por estarem comigo, por cada comentário, cada leitura. Eu leio tudo com muito carinho e respondo sempre que posso. Vocês são incríveis! 💖
POV: AIRYSEla suspirou pesado, os olhos semicerrados, visivelmente tentando conter o que sentia por dentro.— Tem razão... — Jaqueline disse, seca, com a voz firme como aço. — Não o conhecemos como você. — Seus olhos encontraram os meus com dureza. — Mas sabemos exatamente do que ele é capaz quando perde o controle. Você sabe quantos pacientes já cuidamos por causa do lobo dele?Ela negou com a cabeça, irritada, contida. Seus lábios tremiam enquanto ela voltava a se sentar entre minhas pernas, respirando fundo como se quisesse manter a calma que a situação exigia.— Agora não é o momento para isso. — Ela falou firme, decidida. — Precisamos trazer esses bebês ao mundo em segurança. Sem distrações, sem mais drama. — Seu olhar cravou no meu, sério, tenso, dolorido. — Se você pretende colocá-los em risco depois... aí será por sua conta.Fechei os olhos com força, sentindo meu corpo tremer. O braço foi instintivamente ao rosto, tentando esconder as lágrimas que escorriam sem controle. As
POV: AIRYS— Não quero parecer cruel, Airys... — Sua voz vacilou. — Também já amei um lobo poderoso. Daria minha vida por ele sem pensar duas vezes... até que, um dia, os instintos dele falaram mais alto. E ele não se importou com quem estava no caminho.Ela parou por um instante, os olhos presos aos meus.— Colen e eu só queremos o seu bem... e o das crianças. — completou, séria. — Não queremos te encontrar de novo caída na beira do rio, quebrada... ou pior.Engoli em seco. As palavras dela pesaram. Entraram como agulhas finas, latejando com lembranças que eu queria esquecer.— Jack... — murmurei, sentindo a garganta apertar. — Você me perguntou... se eu achava que ele havia me atacado. Mas durante a queda... eu vi algo.Minha voz falhou, e respirei fundo, tentando encontrar estabilidade. Meus dedos tremiam sobre o lençol.— Vi Daimon. Em forma humana. E na frente dele... um lobo negro. Um imenso, olhos vermelhos só que opacos. Eu pensei que fosse a minha mente me enganando. Estava s
POV: DAIMONNão conseguia farejá-la. Seu cheiro não atravessava o ar, não marcava território, não provocava minha pele como antes. Mas havia algo... uma sensação sutil, quase imperceptível, que insistia em vibrar sob minha pele, suas emoções. Discretas, escondidas, como se fossem protegidas por alguma força desconhecida, mas ainda ali. Vivas.— Alfa, tem certeza de que ela está viva? — Symon surgiu logo atrás, a respiração ofegante, os olhos atentos, farejando o ar ao nosso redor. — Sobreviver àquela queda, à correnteza e ao gelo... seria um milagre.Rosnei baixo, as presas arrastando no ar gelado.— A Deusa a queria tanto quanto Fenrir. — Minha voz saiu grave, carregada de frustração e instinto. — Há algo ocultando sua presenç
POV: DAIMONEle estava calado. Fenrir. Silencioso demais. Nunca o senti assim. Mas a fome estava ali. A necessidade. As imagens de carnificina preenchiam minha mente com vívido realismo: ossos esmagados, crânios estalando entre os dedos, peles sendo arrancadas com os inimigos ainda vivos, gritos abafados por sangue. O cheiro. O calor. A textura viscosa cobrindo minha pele. Eu era a encarnação do fim deles. Implacável. Impiedoso. Dominador até o último suspiro dos que se opusessem a mim.Foi quando senti.Um aroma familiar adocicado. Fraco. Singelo. Mas presente. Um sopro no meio do caos. Meus sentidos se aguçaram atentos. Mantive a cabeça do inimigo pressionada contra o solo com uma das mãos, e lentamente, ergui o olhar.Lá estava ela.Uma silhueta. Pequena. Os cabelos platinados emolduravam seu rosto abatido. Os olhos
POV: AIRYSEra estranho dizer isso, mas parecia que eu havia apenas piscado e o tempo tinha passado. As lembranças ainda dançavam na minha mente enquanto eu segurava minha xícara quente de café entre as mãos. A fumaça subia lentamente, misturando-se com os sons da confusão no andar de baixo. Colen corria atrás de Alec e Theron, tentando forçar os dois a colocarem as blusas antes de irem para a escola.— Vem cá, pestinhas! — ele gritou entre risos, quase tropeçando no tapete. — Eu vou pegar vocês!— Você é muito lerdo, tio Colen! — Alec respondeu entre gargalhadas, se esgueirando por debaixo da mesa como uma sombra ágil.— É melhor desistir, tio, você não é páreo para nós. — Theron provocou com um sorriso presunçoso, jogando
POV: AIRYSEle franziu o cenho com o apelido e sorriu singelo, me abraçando de volta. Logo os dois irmãos se juntaram, apertando nossos corpos num abraço coletivo que me fez estremecer. Aquilo sempre me desarmava.Jack e Colen estavam quietos demais. Eles trocavam olhares de tempos em tempos e, por instinto, percebi o desconforto em ambos. Já tinha notado esse comportamento antes, sempre que eu ficava tonta. No começo, achei que era apenas preocupação, mas com o tempo, comecei a desconfiar.Principalmente depois de ouvir Alec contar que os pegou discutindo sobre "dose demasiada" e "controle da realidade de tempo". Eles o levaram de volta ao quarto, achando que era mais um episódio de sonambulismo. Alec fingiu não ter escutado nada, mas contou pra mim em segredo.Apesar de Jack e Colen estarem presentes desde o nascimento dos trigêmeos e serem ado
POV: ORION— Orion. — Alec me chamou com a voz baixa, quase como um sussurro. Seus pés balançavam nervosos sob o banco da van, e os olhos amarelados estavam fixos no chão. — Eu sonhei de novo... com aquele lobo grande. Ele estava no meio da floresta, os olhos vermelhos como sangue... ele uivava pra gente, parecia... parecia triste e furioso ao mesmo tempo. Acho que a mamãe precisa saber.Apertei sua mão devagar. Sempre fazia isso quando o cheiro do medo dele ficava mais forte, mais denso. Um medo que grudava na pele da gente. O toque dele estava gelado, e ele tremia um pouco.— Você sabe que a mamãe não tá bem. — murmurei firme, tentando esconder o aperto no meu próprio peito. — Foi só mais um pesadelo, Alec. Só isso. Não precisa ficar com medo.— Orion... — Theron entrou na con
POV: ORIONAlec fungou, e as lágrimas caíram mesmo que ele tentasse segurar.— Eu não quero chatear a mamãe. — murmurou. — Mas... também não quero continuar assim. Eu... esse colar... me sufoca. Eu não me sinto seguro com ele. Só... só mais preso. E eu não queria preocupar ela mais do que já tá.— Tudo bem... temos um combinado. — rosnei baixinho, forçando o som a ficar preso na garganta. A mamãe sempre dizia que a gente não podia rosnar na escola, que chamava atenção. Mas era difícil me controlar quando algo me incomodava.— Na hora do recreio — continuei olhando nos olhos dos dois — vamos até aquele lugar secreto, tiramos os colares, vemos o que acontece e depois colocamos de volta. Ninguém pode saber.— Tá