POV: DAIMON
Seus dedos pequenos tocaram minhas costas, espalhando o sabonete de forma lenta, quase provocativa. Ela deslizava com cuidado, com ousadia medida, explorando com curiosidade cada centímetro da minha pele.
Fechei os olhos por um segundo, sentindo o contraste da sua suavidade com a minha tensão bruta. Cada toque dela era uma provocação que acendia minha fome.
Sua respiração bateu contra minha pele, e meus músculos retesaram, a fome despertando de novo.
— Vai ficar quieto agora? — ela sussurrou, sua voz com aquele sarcasmo carregado de desejo, de provocação. — Ou está ocupado demais tentando controlar o que sente?
Soltei um riso curto, abafado, entre dentes cerrados.
— Não tenho intenção de me controlar com você. — respondi rouco, virando levemente o ro
POV: DAIMON“Então deveria ter guardado seu amiguinho aí nas calças.” Fenrir riu, sarcástico, e foi impossível não lançar um olhar para baixo.Ele não estava errado.Só de pensar nela, minha pele se arrepiava, os dentes coçavam para marcar, as mãos queimavam para agarrá-la de novo. Eu não queria só a ter. Queria deixá-la tremendo de novo. De prazer. De raiva. De mim.O lobo rugia dentro de mim querendo rasgar o caminho de volta até ela, agarrar sua cintura, morder seu pescoço e fazê-la se lembrar do que era pertencer.“Meias verdades, meias emoções, Jovem Alfa.” O tom dele era zombeteiro, mas carregava a ferocidade de quem não aceitava metades.— Eu não minto. — respondi entre dentes, ro
POV: DAIMONEla tremeu, os lábios entreabertos, o peito arfando. Seus mamilos estavam rígidos sob a camiseta, e ela sabia que eu percebi. Suas pupilas dilatadas denunciavam o quanto me queria, mesmo tentando manter o tom desafiador.— Eu... não sei o que você faz comigo. — murmurou, hesitante, e mesmo assim sua voz ainda tinha aquele fundo atrevido que me deixava em chamas. — Mas odeio o quanto meu corpo responde a você, Daimon.Me inclinei, roçando o nariz na curva do pescoço dela, aspirando profundamente seu aroma, sentindo o calor vibrar entre nossos corpos.— Não é só seu corpo que responde, pequena. — Rosnei baixo, arrastado, minhas presas roçando sua pele, o desejo latente, pulsando entre nós. — É a sua alma. Você sente isso. Eu sinto.Ela gemeu, baixo, tenta
POV: AIRYS— Cuidado, Daimon. — Ergui os olhos, perdida na intensidade daquelas palavras. Seus olhos, tons terrosos e famintos, me encaravam como se já me pertencesse. — Para sempre é tempo demais para se comprometer com uma humana desconhecida.— Você não é uma desconhecida. — Ele rebateu, a voz rouca, grave, e ao mesmo tempo suave. Suas presas roçaram minha pele exposta, enviando uma onda de arrepios por minha espinha. — Você é a minha Luna.Sua mão subiu por debaixo da minha camisa, os dedos quentes e firmes acariciando minhas costas com lentidão. Meu corpo cedeu. Eu estava mole, entregue, completamente dominada por ele. Suspirei alto, virei o rosto para o lado, oferecendo mais da minha pele. Sua boca subiu, soltando rosnados baixos enquanto me marcava com o toque dos lábios e o calor do hálito. Um arrepio atravesso
POV: AIRYS— Não acha que deveríamos voltar? E se aparecerem mais? — olhei por sobre seu ombro, tensa. — Não me sinto segura aqui.— O beta está patrulhando com os rastreadores. — bufou, incomodado, e tocou minha bochecha com um carinho que contrastava com o tom anterior. — Precisa aprender a confiar em mim, Airys.Arfei, estremecendo ao toque inesperado. Como confiar em alguém que parecia saber mais sobre mim do que eu mesma?— Você confia em mim? — perguntei, erguendo o olhar, respirando fundo, tentando decifrá-lo.Ele segurou meu queixo, inclinando o rosto até ficar próximo demais.— Você quase me esfaqueou e eu não te matei por isso. — provocou com um tom rouco e grave, os olhos brilhando com intensidade. — Diria que sim.&
POV: AIRYS— Imagino que o Conselho esteja reunido com os outros Alfas. — ele comentou, sem suavidade, com preguiça.— Na verdade, senhor… — Symon coçou a cabeça, visivelmente desconfortável. — Estão todos aqui na cidade. Os conduzi ao salão central de julgamentos. Também levei o prisioneiro capturado na montanha para o interrogatório.— Lobos sem companheiras… a fome se acumula. — rosnou Daimon com desprezo, e sua voz carregava uma selvageria que me fez rir, escondendo o rosto em seu peito. O Beta fingiu não escutar, mantendo os olhos fixos no chão.— Daimon, estão tentando eliminar esta geração de lobos. — falei, tocando seu tórax com uma das mãos, sentindo os músculos rígidos sob meus dedos. — Primeiro os filhotes, agora
POV: AIRYS— Não me leve a mal, humana, mas é mais fácil lidar com um Alfa que está sem sexo há semanas do que com uma mulher cabeça-dura. — Ele deu uma risada sem vida. — Não que não tenha rolado algo.— Ah, agora você vai ter que contar tudo. — Provoquei com um sorriso malicioso, abrindo a porta e deixando que ele entrasse. Nos sentamos, e a conversa tomou um rumo descontraído.Jasper começou a descrever como arrastou Lify para um canto da sala de estratégia e a tomou como se não houvesse amanhã. Enquanto ele falava com aquele tom orgulhoso e safado, minha mente se afastou. Algo não estava certo. Havia uma inquietação que crescia dentro do meu peito. Um arrepio se arrastou pela minha pele como um aviso sutil.Olhei pela janela, buscando algo, qualquer coisa, que justificasse aquela sensação estranha. Meus olhos se fixaram em uma silhueta à distância. Aquela postura, aquela presença... era idêntica à que vimos na montanha. A figura olhou para cima, direto na minha direção, e levou o d
POV: DAIMONAntes de adentrar o conselho, algo estranho pairou no ar. Instintivamente, fechei os olhos e respirei fundo. Farejei. Havia algo errado. Meus pelos se arrepiaram."Essa sensação...", Fenrir rosnou em alerta dentro da minha mente. "Já a sentimos antes."— Há algo ruim prestes a acontecer. — Falei, com os caninos expostos, a voz baixa e carregada. Symon me olhou com estranheza e deu um passo para o lado, como se quisesse manter distância.— Alfa? — Ele me chamou com cautela, indicando com a cabeça os pelos da mutação começando a aparecer no meu braço. Minha áurea estava instável, violenta.— Estou bem o suficiente. — Respondi com firmeza. — Beta, quero todos os guerreiros de prontidão. E mande reforços para minha mansão. A segurança da humana é prioridade absoluta.Minhas garras estavam longas, afiadas, prontas. As pupilas dilatadas procuravam cada mínima alteração no ambiente. Algo se escondia entre nós, algo que exalava poder bruto e maligno.— E quanto à confusão aí dentr
POV: AIRYSAgarrei seu braço com força ao ver a sombra colossal cobrir as paredes e um assovio frio e sombrio preencher o túnel.— Presas... eu farejo suas fraquezas e medo. — A voz distorcida ecoou pelo corredor, grotesca, poderosa, inumana. Meu estômago virou.— Vá, Airys. Eu vou segurá-lo o máximo que conseguir. — Jasper me empurrou com a lanterna. — Não olhe para trás.— Não! Vem comigo! — Agarrei seu braço com desespero, cravando as unhas em sua pele. — Você vai morrer se ficar! Sentiu a áurea dele... é tão parecida com a do...— Que tipo de amigo eu seria se não a protegesse? — Ele sorriu fraco, soltando meu agarro e me empurrando outra vez, me fazendo tropeçar para frente. — Além do mais, é minha chance de me provar ao Supremo. Vá!Jasper me empurrou com mais força dessa vez, me fazendo tropeçar e segurar na parede, o olhei desesperada, não queria o perder, Jasper havia se tornado um amigo único e eu o adorava como um irmão.— E, Airys? — Sua voz tomou um tom mais divertidoPar