Escrever é um ato mágico, é maravilhoso, pois podemos derramar nas páginas toda a nossa criatividade e a nossa loucura. Criamos mundo, cidades, pessoas com personalidade e características tão nossas... É bom demais.
Nessa obra, criei um universo dentro do nosso universo, tendo apenas o amor como magia, e agora mostrarei um pouco deles para vocês.
Cidades onde se passa a história
As cidades de Celosia, Deoiridh e Ariante não existem realmente, são apenas fruto da minha imaginação. Elas possuem ruas, escolas, restaurantes e pontos turísticos inventados, tudo para se adequar à história dos personagens.
Máfia
Máfia é um grupo de criminosos muito bem organizado e chefiado por membros rigorosos, muitas vezes mais velhos e experientes, que sempre procuram manter suas atividades ocultas e clandestinas.
Suas atividades principais são tráfico e venda de drogas e de armas, sempre visando um elevado lucro e proveito próprio, pois a vida de luxo é o que os faz felizes.
Os mafiosos são detentores de grande poder, principalmente se estiverem no alto da hierarquia, então é norma que esse poder lhes suba a cabeça. São arrogantes, pretenciosos, orgulhosos e possessivos, mas também são muito astuciosos e grandes empreendedores. Há alguns com uma índole questionável, mas sempre há aqueles de bom coração.
A máfia é, em si, como uma família. Os membros cuidam um dos outros e se apoiam em todos os momentos, nunca delatando um dos seus e, principalmente, sempre trabalhando em harmonia e determinação, visando uma vida melhor para a família e seus associados, evitando conflitos internos que possam vir a chamar a atenção das autoridades policiais do meio onde vivem.
Hierarquia Mafiosa
Como toda organização, criminosa ou não, a máfia segue uma pirâmide hierárquica bem específica, sendo ela:
1 - Don: o Dons é o um homem de negócios, ele nunca participa diretamente da ação, sempre mantendo-se distante do perigo. Ele manda e desmanda, mas participa presencialmente das tarefas da família apenas se não tiver outra opção. Esse cargo é passado, normalmente, de pai para filho.
2 - Consiglieri: o conselheiro é o braço direito do Don da máfia e o substitui na sua ausência. Assim como o chefe, o consiglieri se mantém distante da ação, apenas coordenando os negócios da família. É um membro escolhido a dedo pelo Don, sendo esse de sua extrema confiança, e é o responsável por passas as ordens do chefe para os demais membros da família.
3 - Subchefe: o sub é como o rosto da família. Ele representa o chefe e o consiglieri, estando presente em todas as ações e fazendo cumprir todas as vontades de seus superiores. O subchefe não manda, ele apenas acata ordens. Essa posição é dada ao membro mais antigo da família, ou pode ser passada de pai para filho.
4 - Capo: o capo possui mais contato direto com o Don e o consiglieri do que o próprio subchefe, pois sua principal função é recolher mercadorias e impostos e leva-los até o chefe. O capo também é utilizado como um segurança pessoal, pois possui treinamento adequado para proteger o Don de qualquer ameaça que pode vir a surgir. São pessoas de confiança e, na maioria das vezes, detentoras de treinamento militar avançado.
5 - Capo Décimo: o capo décimo, assim como o capo, é altamente treinado. Suaa principais funções são treinar os soldados e coordenar a segurança no território da família, mantendo as posses e bens protegidos.
6 - Membro: são os membros da família de cada um dos mafiosos. Filhas, filhos, esposas e parentes. Eles não possuem tarefas, mas também não mandam ou coordenam nada.
7 - Soldado: são os famosos gangsters. Não são apenas responsáveis pela segurança dos membros da família, os soldados também são a linha de frente na ação. Transportam mercadorias, cumprem tarefas como execuções. Os soldados estão sempre em grupos de cinco ou mais. Recebem ordens do capo décimo e se reportam frequentemente ao consiglieri.
8 - Associados: são pessoas sem vinculo familiar com a máfia que escolhem fazer negócios com ela, seja comprando ou vendendo mercadorias, com o intuito de adquirir lucro fácil. Os associados também podem pagar altas quantias para a máfia para que esta os mantenham seguros ou cumpram algumas tarefas para eles.
Máfia de Celosia
Em Celosia, as famílias mafiosas já deram muito o que falar, pois agiam em total bagunça e não havia sintonia entre eles. Para evitar que isso aconteça novamente, em consenso entre todos os mafiosos, foi eleito um chefe superior, que coordena as atividades em geral, não interferindo em assuntos pessoais de cada família.
Na cidade existem quatro famílias, cada uma responsável por uma área, sendo elas:
Máfia do norte: a família Martinelli é a responsável pela área norte da cidade e, além disso, seu Don ainda ocupa o cargo de chefe superior de todas as famílias. A principal fonte de renda do norte vem do tráfico de armas de fogo de uso restrito e a fachada deles são parques, zoológicos e bordeis.
Máfia do sul: o sul é chefiado pela família Campbell desde o inicio dos tempos. A principal fonte de renda deles advém de cassinos clandestinos e apostas em jogos de azar, sendo a sua fachada uma rede mundial de hotéis e SPAs de luxo.
Máfia do leste: é a região leste é chefiada pela família Willians. Sua principal fonte de renda é a agiotagem, mas eles escondem isso possuindo uma rede de concessionárias de carros de luxo.
Máfia do oeste: região chefiada pela família Ivanovich. O oeste, no momento do separação de negócios de cada família, acabou sendo uma das regiões que se saiu melhor, pois ficou responsável pelo tráfico de drogas, e sua fachada acaba sendo muito rentável, sendo ela uma rede mundialmente conhecida de restaurantes e diversos escritórios de advocacia.
A regra mais sagrada e inquebrável da máfia de Celosia, é que uma família não pode se meter nos negócios da outra. Podem apenas comprar e vender mercadorias entre si, mas não podem vender ou importar as mesmas coisas.
A partir disso, acho que você já têm uma boa base para se aventurarem nessa obra.
Desejo a todos uma ótima leitura e espero que gostem.
Beijos,
Da Herdeira.
Ingrid 20 de janeiro de 1999 - 20h30minDepois de terminar de limpar o quarto que está sendo ocupado por Bianca Martinelli, que novamente dormiu em um quarto separado do marido, praticamente corro pela casa, mantendo-me discreta, de cabeça baixa e escondida dos membros da máfia do norte que estão espalhados por toda a mansão. A casa é enorme, dizem que com mais de 800 m2, e possui dez quartos, seis suítes, quatro lavabos em cada um dos três andares, duas cozinhas, três salas e tudo isso se não contarmos o SPA, a área de lazer, o chalé perto da piscina, bibliotecas e as salas, sim, as salas, no plural, mas nada disso se compara ao tamanho da “família”. Igor Martinelli é o chefe da família que forma a máfia do norte. Ele é casado
Ingrid 20 de janeiro de 1999 - 22h30min- Meu nome é Ingrid. Ingrid Santana. - Cruzo os braços sob meus seios, de modo a deixa-los em evidencia. Funciona. Lucas imediatamente desvia o olhar para meu decote, engolindo em seco. - Certo, prazer em conhecer você, Ingrid. - Ele balança a cabeça e a expressão confiante volta a aparecer em seu rosto. - E então, o que há com a pedra? - Descruzo os braços, e volto a analisar o anel em meu dedo. - É uma aliança de ouro branco, dezoito quilates. - Aproximo mais a mão de meu rosto, para poder analisar melhor o diamante. - Diamante... Realmente uma bela pedra... Tamanho... - Lucas abre a boca, mas eu o interrompo com um gesto dramático, pois meu show ainda não terminou. - Cento e cinquenta pontos. Não está sujo, machado
Ingrid 08 de dezembro de 1999 - 05h30minAcordo e imediatamente me sento, com cuidado, tentando não acordar Anne, Lina e Louise que dormem comigo em uma cama de casal. Ao nosso lado, em uma cama de solteiro, estão espremidos meus outros irmãos, Camille e Angel, o caçula. Ainda zonza de sono, olho para o relógio na parede e suspiro, em frustração, pois já são 05h30min, o que significa que tenho que levantar se não quiser chegar atrasada no trabalho novamente. A vida de uma empregada doméstica não é nada fácil. Cheguei em casa quase duas da manhã e já estou tendo que sair novamente, antes das sete. Embora, para ser bem honesta, eu não estava limpando até tão tarde, e sim fazendo outras coisas... Ok, admito, eu estava no
Ingrid 08 de dezembro de 1999 - 06h20min Abro a porta da cozinha, entrando como um vendaval, indo até onde Agnes e Ama se apressam em terminar de preparar o café da manhã dos Martinelli. Quando as alcanço, as duas parecem perceber que algo não está bem, então apenas lhes mostro a sacola com os três testes de gravidez. - O que é isso? Um presente para nós? - Agnes brinca, mas para de rir imediatamente assim que vê minha expressão, percebendo que estou falando sério. Tiro os testes e mostro para elas. Só há duas pessoas além de mim e de Lucas que sabem sobre nosso caso, que vem se intensificando cada vez mais no decorrer dos meses, então elas entendem, sem que eu precise lhes explicar nada, o que está acontecendo. - Ah, minha criança, como pôde ser tão tola. - Ama larga o que está fazendo e vem até mim e então as lagrimas começam a esc
Angel Camille01 de junho de 2015, 06h45minAcordo ouvindo os gritos de minha mãe vindos da sala e, imediatamente, ponho-me de pé e saio do quarto, desesperada, indo em direção ao som de seus gritos para saber o que está acontecendo e tentar ajuda-la, mas, quando entro no cômodo, a cena que se desenrola a minha frente me faz parar, boquiaberta, tentando assimilar o que estou vendo. Minha mãe está deitada no chão, protegendo sua barriga com as mãos, enquanto meu pai grita com ela. Estou tão assustada que fico momentaneamente congelada, sem entender uma palavra do que eles falam, apesar do volume elevado da discussão. - Mãe. - Saindo de meu transe, tento chegar até ela, mas um dos empregados de meu pai me agarra pelo braço, impedindo qu
Angel Camille15 de março de 2016 - 22h40minFaz cerca de três horas que tia Agnes foi embora, levando Anne Louise com ela e me fazendo prometer quer, assim que eu chegar em casa, vou ligar para ela para lhe contar como foi meu primeiro dia de trabalho. Nesse momento, já de banho tomado e cabelo escovado, estou de pé em meu quarto, analisando o uniforme de bartender que Leopoldo me entregou a tarde e disse para eu vestir para a noite. A roupa é ridícula, não há outra forma de descreve-la. Para “trabalhar”, terei que vestir uma saia de couro preta de, no máximo, 35 centímetros de cumprimento, um top de lantejoulas prateadas e com alças finais, uma meia calça arrastão e uma bota preta de cano alto com um salto agulha de dez centímetros. &nbs
Angel Camille16 de março de 2016 - 07h30min- Camille? Cami, acorde. - Tia Agnes balança meu ombro suavemente para me acordar. Abro os olhos, confusa, tentando desviar da claridade ofuscante do sol que ameaça me cegar a qualquer momento. Olhando ao redor, percebo que estamos estacionadas em uma rua residencial, mas não é qualquer rua. Nunca andei muito pela cidade onde eu morava antes, era apenas de casa para a escola e da escola para casa, visto que a boate de meu pai ficava logo abaixo, mas, ainda assim, tenho certeza que lá não haviam prédios como estes. É como se, ao construí-los, os arquitetos e engenheiros quisessem desafiar as leis da física e da lógica. Os prédios que ficam do lado esquerdo da rua, todos com mais de cinquenta metros de altur
Angel Camille16 de março de 2016 - 08h30minQuando tia Agnes para o carro, engasgo e começo a tossir, tentando disfarçar minha surpresa, ou melhor, meu susto, enquanto olho para a pequena, velha e encardida casa a nossa frente. Quando morei em Deoiridh, a nossa casa não era das melhores, mas ao menos era nova e bem cuidada. Essa é o contrário, mas, olhando mais atenciosamente, ao menos parece aconchegante. O telhado é feito de telhas de barro marrom escuro desbotado e as paredes, outrora pintadas de branco, estão com manchas de umidade e bolor por toda a sua extensão. As janelas e a porta da frente... Não há o que falar, estão em péssimo estado. - Não está tão ruim assim, para ser bem honesta. - Digo, enquanto minha tia me olha,