Angel Camille 01 de junho de 2015, 06h45min Acordo ouvindo os gritos de minha mãe vindos da sala e, imediatamente, ponho-me de pé e saio do quarto, desesperada, indo em direção ao som de seus gritos para saber o que está acontecendo e tentar ajuda-la, mas, quando entro no cômodo, a cena que se desenrola a minha frente me faz parar, boquiaberta, tentando assimilar o que estou vendo. Minha mãe está deitada no chão, protegendo sua barriga com as mãos, enquanto meu pai grita com ela. Estou tão assustada que fico momentaneamente congelada, sem entender uma palavra do que eles falam, apesar do volume elevado da discussão. - Mãe. - Saindo de meu transe, tento chegar até ela, mas um dos empregados de meu pai me agarra pelo braço, impedindo que eu me aproxime e me mantendo onde estou. - Tem noção do que fez, Ingrid? - Pergunta Leopoldo, desferindo um chute contra as costas da mulher, que se encolhe no chão, gemendo, indefesa e visivelmente com dor devido aos golpes.
Angel Camille 06 de junho de 2021 - 00h30min Lembro-me vagamente que muitos anos atrás, quando eu ainda era uma criança curiosa, sedenta pelo saber, e Ingrid Santana era apenas minha mãe, e não a viciada que abandonou as duas filhas, eu perguntei para Ingrid o que era algo infinito. Não me recordo ao certo quantos anos eu tinha naquele dia, lembro apenas que eu ouvi a palavra em um filme, pois eu não curtia muito desenhos por achá-los bobos e infantis, e gostei do som da palavra, gostei do que ela parecia significar, eu queria algo infinito. Minha mãe não soube me dizer o que era exatamente, ela ficava me repetindo que infinita é um coisa que não tem fim, que não acaba... Para mim, era uma explicação vaga e sem sentido, que nada mais fazia além de tornar a frase “ao infinito e além”, de Buzz Lightyear, do desenho Toy Story, ainda mais boba. Afinal, se o infinito é algo sem fim, como podemos ir além? Hoje, aos vinte e um anos, vejo as coisas de uma forma diferente
Angel Camille 06 de junho de 2021 - 02h As coisas, que já não estavam indo muito bem para o lado de Zoe devido ao sangramento abundante em seu nariz, começam a ficar ainda pior conforme Rafael dirige até a casa de praia. O sangramento em si está parando, visto que é praticamente impossível um nariz, que claramente não está fraturado, sangre por tanto tempo, mas agora Zoe está pálida e praticamente em coma em meu colo, provavelmente resultado da grande perda de sangue. - Senhorita Dalavia, eu realmente acho que devemos levar essa moça para um hospital. - Rafael solta, assim que estaciona o carro em frente a casa de Andres e abre a porta, possibilitando que ele veja a real situação. - Não. Hospital não. - Zoe geme em meu colo, agarrando-se em mim com o restante das suas forças. - Ok, ok. - Apoio a cabeça dela com as mãos e saio do carro, deixando-a deitada sobre o banco traseiro do carro. - Primeiramente: não me chame de senhorita Dalavia, meu sobrenome é Ma
Andres 06 de junho de 2021 - 07h15min - Qu'est-ce que le médecin t'a dit exactement (o que foi exatamente que o médico lhe disse?)? - Lucas me questiona, assim que Camille se vira de costas para nós a fim de preparar seu café, dando continuidade a nossa conversa, ainda em francês. - Il a dit que Zoe avait clairement été battue. Côtes ébréchées, nez contusionné, coupures sur la lèvre inférieure, les bras et les jambes et ecchymoses sur tout le corps (ele disse que Zoe claramente foi espancada. Costelas lascadas, nariz machucada, cortes no lábio inferior, nos braços e nas pernas e hematomas pelo corpo). - Passo as mãos pelos cabelos, tentando me acalmar para que Cami ao menos ache que estou tranquilo com a situação. - Droit. Je suis d'accord que les actions de Campbell sont horribles, tu ne devrais pas frapper une femme avec un pétale de rose, mais Andres, es-tu sûr que ça vaut la peine de commencer une guerre avec le sud pour elle? (certo. Concordo que as ações de Campb
Abro a porta do banheiro e meu nariz se retorce ao mesmo tempo em que meu estômago se agita quando eu sinto o aroma forte e repugnante de bebida alcoólica e cigarro. Parado ali, no batente da porta, está Andres, mas não o Andres com o qual eu estou acostumada , essa é uma outra versão dele, muito menos recomposta e com certeza muito bêbada. Seus cabelos estão uma bagunça, as pontas escuras apontando para todas as direções, ele está sem o paletó e sem a gravata e a camisa social branca que está vestindo, que normalmente encontra-se sempre apresentável, está suja e amarrotada. Como se essa desordem toda não fosse o suficiente, seu olhar está desfocado e seu hálito... Céus, ele está fedendo a whisky e esse cheiro só faz com que eu sinta ânsia de vômito e fique ainda mais consciente do teste de gravidez que está escondido. - Porra, Andres. Você está fedendo muito. - Digo, cobrindo minha boca e o nariz com a mão. - Sim, princesa, por isso preciso de um banho. – Ele ri da própria piada
Angel Camille 14 de abril de 2021 - 00h15min Recoloco a tampa do teste em seu devido lugar, passo uma das mãos sobre o mármore da pia do banheiro repetidas vezes para ter certeza de que a superfície está completamente seca e, tomando todo o cuidado para não fazer nenhum movimento brusco, coloco o teste sobre a pia. Respiro fundo e dou alguns passos para trás, minhas mãos unidas a frente do meu peito como se eu estivesse rezando enquanto eu observo o retângulo de plástico cor de rosa contrastando fortemente contra o mármore branco e fazendo meu coração acelerar, passando a bater em um ritmo frenético. Hoje faz exatamente três meses desde a última vez em que a bendita da minha menstruação resolveu dar o ar da graça, ou seja, eu não estou menstruando desde quatorze de janeiro, basicamente desde que Andres e eu começamos a... Puta que pariu. Não pode ser isso, eu não posso estar... Eu simplesmente não posso estar grávida. Depois da nossa primeira vez, And e eu passam
Aos poucos, recupero minha consciência e olho para os lados, tentando me orientar. Está escuro e eu estou deitada de lado no chão de uma floresta. Tudo o que eu vejo é um céu estrelado, a lua cheia e as copas das árvores balançando no vento frio. Ele sopra com mais força e me sinto grata por alguém ter colocado um casaco de frio em mim.- Como você está? - Katherine, que está deitada atrás de mim, puxa meu ombro levemente para que eu fique deitada de costas. - Tudo inteiro? - Ela apoia a cabeça na mão e me encara, mais séria do que jamais a vi.- Estou bem. - Suspiro, aliviada quando percebo que ela trocou de roupas e limpou o sangue de seu rosto. - E você? - Ela ri, mas a conheço tempo o suficiente para saber que, por trás da risada, Katherine está sofrendo, e muito, pela morte de Boonie e, talvez, por ter que voltar para Lorien.- Estou. - Ela desvia o olhar e se deita de costas no chão ao meu lado, encarando as estrelas enquanto enrola uma mecha de seu cabelo escuro entre os dedos.
Escrever é um ato mágico, é maravilhoso, pois podemos derramar nas páginas toda a nossa criatividade e a nossa loucura. Criamos mundo, cidades, pessoas com personalidade e características tão nossas... É bom demais. Nessa obra, criei um universo dentro do nosso universo, tendo apenas o amor como magia, e agora mostrarei um pouco deles para vocês. Cidades onde se passa a históriaAs cidades de Celosia, Deoiridh e Ariante não existem realmente, são apenas fruto da minha imaginação. Elas possuem ruas, escolas, restaurantes e pontos turísticos inventados, tudo para se adequar à história dos personagens. Máfia &nb