Angel Camille 14 de abril de 2021 - 00h15min Recoloco a tampa do teste em seu devido lugar, passo uma das mãos sobre o mármore da pia do banheiro repetidas vezes para ter certeza de que a superfície está completamente seca e, tomando todo o cuidado para não fazer nenhum movimento brusco, coloco o teste sobre a pia. Respiro fundo e dou alguns passos para trás, minhas mãos unidas a frente do meu peito como se eu estivesse rezando enquanto eu observo o retângulo de plástico cor de rosa contrastando fortemente contra o mármore branco e fazendo meu coração acelerar, passando a bater em um ritmo frenético. Hoje faz exatamente três meses desde a última vez em que a bendita da minha menstruação resolveu dar o ar da graça, ou seja, eu não estou menstruando desde quatorze de janeiro, basicamente desde que Andres e eu começamos a... Puta que pariu. Não pode ser isso, eu não posso estar... Eu simplesmente não posso estar grávida. Depois da nossa primeira vez, And e eu passam
Aos poucos, recupero minha consciência e olho para os lados, tentando me orientar. Está escuro e eu estou deitada de lado no chão de uma floresta. Tudo o que eu vejo é um céu estrelado, a lua cheia e as copas das árvores balançando no vento frio. Ele sopra com mais força e me sinto grata por alguém ter colocado um casaco de frio em mim.- Como você está? - Katherine, que está deitada atrás de mim, puxa meu ombro levemente para que eu fique deitada de costas. - Tudo inteiro? - Ela apoia a cabeça na mão e me encara, mais séria do que jamais a vi.- Estou bem. - Suspiro, aliviada quando percebo que ela trocou de roupas e limpou o sangue de seu rosto. - E você? - Ela ri, mas a conheço tempo o suficiente para saber que, por trás da risada, Katherine está sofrendo, e muito, pela morte de Boonie e, talvez, por ter que voltar para Lorien.- Estou. - Ela desvia o olhar e se deita de costas no chão ao meu lado, encarando as estrelas enquanto enrola uma mecha de seu cabelo escuro entre os dedos.
Escrever é um ato mágico, é maravilhoso, pois podemos derramar nas páginas toda a nossa criatividade e a nossa loucura. Criamos mundo, cidades, pessoas com personalidade e características tão nossas... É bom demais. Nessa obra, criei um universo dentro do nosso universo, tendo apenas o amor como magia, e agora mostrarei um pouco deles para vocês. Cidades onde se passa a históriaAs cidades de Celosia, Deoiridh e Ariante não existem realmente, são apenas fruto da minha imaginação. Elas possuem ruas, escolas, restaurantes e pontos turísticos inventados, tudo para se adequar à história dos personagens. Máfia &nb
Ingrid 20 de janeiro de 1999 - 20h30minDepois de terminar de limpar o quarto que está sendo ocupado por Bianca Martinelli, que novamente dormiu em um quarto separado do marido, praticamente corro pela casa, mantendo-me discreta, de cabeça baixa e escondida dos membros da máfia do norte que estão espalhados por toda a mansão. A casa é enorme, dizem que com mais de 800 m2, e possui dez quartos, seis suítes, quatro lavabos em cada um dos três andares, duas cozinhas, três salas e tudo isso se não contarmos o SPA, a área de lazer, o chalé perto da piscina, bibliotecas e as salas, sim, as salas, no plural, mas nada disso se compara ao tamanho da “família”. Igor Martinelli é o chefe da família que forma a máfia do norte. Ele é casado
Ingrid 20 de janeiro de 1999 - 22h30min- Meu nome é Ingrid. Ingrid Santana. - Cruzo os braços sob meus seios, de modo a deixa-los em evidencia. Funciona. Lucas imediatamente desvia o olhar para meu decote, engolindo em seco. - Certo, prazer em conhecer você, Ingrid. - Ele balança a cabeça e a expressão confiante volta a aparecer em seu rosto. - E então, o que há com a pedra? - Descruzo os braços, e volto a analisar o anel em meu dedo. - É uma aliança de ouro branco, dezoito quilates. - Aproximo mais a mão de meu rosto, para poder analisar melhor o diamante. - Diamante... Realmente uma bela pedra... Tamanho... - Lucas abre a boca, mas eu o interrompo com um gesto dramático, pois meu show ainda não terminou. - Cento e cinquenta pontos. Não está sujo, machado
Ingrid 08 de dezembro de 1999 - 05h30minAcordo e imediatamente me sento, com cuidado, tentando não acordar Anne, Lina e Louise que dormem comigo em uma cama de casal. Ao nosso lado, em uma cama de solteiro, estão espremidos meus outros irmãos, Camille e Angel, o caçula. Ainda zonza de sono, olho para o relógio na parede e suspiro, em frustração, pois já são 05h30min, o que significa que tenho que levantar se não quiser chegar atrasada no trabalho novamente. A vida de uma empregada doméstica não é nada fácil. Cheguei em casa quase duas da manhã e já estou tendo que sair novamente, antes das sete. Embora, para ser bem honesta, eu não estava limpando até tão tarde, e sim fazendo outras coisas... Ok, admito, eu estava no
Ingrid 08 de dezembro de 1999 - 06h20min Abro a porta da cozinha, entrando como um vendaval, indo até onde Agnes e Ama se apressam em terminar de preparar o café da manhã dos Martinelli. Quando as alcanço, as duas parecem perceber que algo não está bem, então apenas lhes mostro a sacola com os três testes de gravidez. - O que é isso? Um presente para nós? - Agnes brinca, mas para de rir imediatamente assim que vê minha expressão, percebendo que estou falando sério. Tiro os testes e mostro para elas. Só há duas pessoas além de mim e de Lucas que sabem sobre nosso caso, que vem se intensificando cada vez mais no decorrer dos meses, então elas entendem, sem que eu precise lhes explicar nada, o que está acontecendo. - Ah, minha criança, como pôde ser tão tola. - Ama larga o que está fazendo e vem até mim e então as lagrimas começam a esc
Angel Camille01 de junho de 2015, 06h45minAcordo ouvindo os gritos de minha mãe vindos da sala e, imediatamente, ponho-me de pé e saio do quarto, desesperada, indo em direção ao som de seus gritos para saber o que está acontecendo e tentar ajuda-la, mas, quando entro no cômodo, a cena que se desenrola a minha frente me faz parar, boquiaberta, tentando assimilar o que estou vendo. Minha mãe está deitada no chão, protegendo sua barriga com as mãos, enquanto meu pai grita com ela. Estou tão assustada que fico momentaneamente congelada, sem entender uma palavra do que eles falam, apesar do volume elevado da discussão. - Mãe. - Saindo de meu transe, tento chegar até ela, mas um dos empregados de meu pai me agarra pelo braço, impedindo qu