CLAIRE LEBLANCEu estava olhando para o espelho, tentando absorver a realidade daquele momento. Meu casamento. Depois de tudo o que aconteceu, de todos os obstáculos e caos que eu e Alexis enfrentamos, o dia havia finalmente chegado. A imagem no espelho era de uma mulher que eu mal reconhecia — uma versão de mim mesma que havia sobrevivido ao impossível. Vestida de branco, o vestido caindo delicadamente pelo meu corpo, rendas suaves adornando o tecido, eu parecia serena. Mas, lá no fundo, meu coração batia freneticamente.A porta atrás de mim se abriu devagar, e Vanessa entrou, seus olhos se arregalando ao me ver. O sorriso nos lábios dela era sincero, e por um segundo, todos os conflitos que tínhamos passado pareciam distantes.— Claire... você está deslumbrante — disse ela, sua voz carregada de emoção.Sorri de volta, nervosa. — Espero que Alexis concorde.— Ele vai perder o fôlego, isso eu te garanto — Vanessa riu, se aproximando e ajustando alguns detalhes no meu véu. Ela me olhou
CLAIRE LEBLANCA luz suave da manhã atravessava as cortinas do quarto, banhando tudo em um brilho dourado. O ar estava calmo, o som suave da respiração de Alexis ao meu lado era um conforto silencioso. Eu me aconcheguei um pouco mais na cama, olhando para ele, que ainda dormia profundamente. O rosto dele, sempre tão calmo, estava relaxado como eu nunca o tinha visto antes. Estávamos em paz. Finalmente.Nos últimos meses, a nossa vida mudou completamente. Alexis e eu havíamos encontrado algo que sempre pareceu tão distante: tranquilidade. Depois de anos de tempestades, traições, medo e caos, tudo parecia ter se estabilizado. Nosso casamento foi o primeiro passo, mas o verdadeiro marco de tudo isso estava nos meus braços agora, dormindo tranquilamente, sem a menor ideia de que era o centro do nosso mundo.Olhei para o nosso filho, tão pequeno e frágil, enrolado nos cobertores macios. Henri. Ele se mexeu levemente, os olhos ainda fechados, e eu sorri, sentindo uma onda de amor me inundar
CLAIRENão havia nada que o dinheiro não pudesse comprar.Era algo que eu tinha conhecimento desde o berço, porque desde jóias a pessoas… todos eram entregues a você, caso você mostrasse os zeros depois da vírgula, que existiam em sua conta bancária. E quando você era um LeBlanc? Isso ficava ainda mais aparente, e brilhante como jóias recém lapidadas.Quer saber qual era a maior prova disso? Era o baile anual. Baile esse que sempre causava discórdias, gritos, choros e principalmente alegria. Porque além de ser o evento mais aguardado de todas as famílias que possuíam um certo renome (e já eram rostos repetidos nesse evento), também era algo que os new richs ansiavam — já que se a sua família recebesse um convite, era quase certo que os contatos brotaram na sua porta, além de claro… isso ser uma prova de que a família LeBlanc… te admirava de alguma forma.E esse baile em específico? Eu havia sido a pessoa responsável por organizar.Fiquei quase um mês inteiro sem dormir direito por con
CLAIRE— Você está bem? — Foi a primeira coisa que eu ouvi saindo daqueles lábios rosados, o corpo dele se agachando para ficar na mesma altura que o meu estava, — aqui… você precisa mais do que eu.O loiro me entregou um lenço branco depois de dizer, um que tinha bordados nas bordas, junto a um 'G'.— Obrigada… — agradeci depois de pegar o lenço, para logo me sentir culpada por manchar aquilo com o meu rímel, — me… desculpa por isso…— Tudo bem, tem mais uns… vinte desses em casa. — Ele falou com simplicidade, — mas… o que te fez chorar? Coração partido?Suspirei.— Como adivinhou? — questionei antes de assoar o meu nariz.— Foi apenas um chute. — Ele deu de ombros, — quer desabafar? Eu juro que sou um ótimo ouvinte, e eu também não espalho.Dei de ombros.O que eu tinha a perder naquele ponto?— Eu fui corna. — Falei sem filtro algum, já não ligando muito para as minhas aulas de etiqueta, ou os modos que eu sempre precisava ter em sociedade.Afinal, convenhamos… eu estava com a maq
CLAIRE Aquela boca quente estava chupando o meu peito, os meus dedos se entrelaçando a aqueles fios loiros, o meu corpo se arqueando por querer mais dele enquanto a minha respiração ficava ainda mais ofegante.Porra…Por que aquilo era tão bom? O meu corpo já tinha se arrepiado por completo, e a minha buceta? Ela estava tão molhada, que eu conseguia sentir a minha calcinha encharcada. E quando os dedos dele começaram a brincar comigo, apenas contornando a minha buceta, ameaçando entrar, ameaçando estimular o meu clitóris… eu quase chorei de frustração.— Pare de… me torturar… — falei entre gemidos, apenas para ele trazer o rosto dele até o meu, um sorriso de canto brotando em seu semblante, repleto de malícia.— Eu deveria? — Ele soltou, virando o meu corpo para a parede, — o que eu ganharia com isso? — a voz dele estava próxima a minha orelha naquele momento, beijos começando a serem depositados em minhas costas, uma de suas mãos continuando em meu seio.— Por favor… — choraminguei.
ALEXISAssim que eu despertei, eu apenas senti aquela luz bater nos meus olhos de forma completamente cruel, o meu corpo se virando enquanto eu espreguiçava os braços, a minha mão procurando por aquele corpo delicado, pálido.Mas… não havia ninguém ali.Basicamente, sem sinal de Claire LeBlanc.— Eu fui deixado? — Eu me questionei com puro ultraje tomando conta do meu ser, — logo… eu? — Eu tentava confirmar aquilo comigo mesmo, olhando em volta, vendo se eu não escutava nenhum barulho de chuveiro, contudo… novamente, não tinha nada dela.Pelo menos… até eu ver um recado, que havia escrito com uma letra excessivamente… perfeita.Ele havia sido dobrado ao meio para ficar em pé naquela mesa de cabeceira, a parte da frente com as palavras: “Para o meu querido estranho.” Escrito nele.E sim, eu ainda me encontrava revoltado por ter sido abandonado, mas ao mesmo tempo? Eu não podia negar que aquilo foi um tanto… fofo.— Querido estranho, peço que por favor use a parte dos fundos para ir emb
CLAIRE— Você o que?? — Ethan soltou, o que fez várias pessoas a nossa volta, olhar em direção a nossa mesa, — eu não tô acreditando nisso, eu saio por um tempo dá sua vida e você se mete em um noivado com o merda do Collins, e depois dorme com um loiro qualquer?— Eu fui corna, tá bom? O que você esperava que eu fizesse? — Eu bufei ao dizer, os meus olhos se revirando enquanto eu pegava o meu frapuccino, — ele era loiro, bonito e… tinha aqueles olhos dourados que… céus…— Okay, okay, eu já entendi, não precisa ir muito fundo na sua descrição de rotina, — ele falou com certo mau humor, a sua mão indo até o próprio rosto, — da última vez que você começou com essa, eu descobri até o tamanho do pau do ser humano.Eu dei um sorriso travesso, e Ethan já parecia saber o que o esperava.— Claire, eu te amo, mas… tem coisas que eu não preciso saber, se eu não vou pegar, não me importa. — Ele foi completamente honesto, e eu apenas suspirei.— É difícil quando você não tem o mesmo gosto que o m
Claire LeBlanc Eu estava rindo junto de Ethan quando entramos na minha casa, mas assim que eu vi aqueles cabelos loiros e olhos dourados, — sentado bem no meu sofá…, — a minha cara fechou de modo instantâneo. — Princesinha, seja bem-vinda! — Meu pai dizia entre risos, mesmo com os meus olhos não se desviando daquele loiro em momento algum, — e você também, Ethan. Essa casa ficou vazia sem você. — Eu sei, eu sei. — Ethan falou com aquele tom arrogante, e começou a ir em direção às escadas, — também é bom te ver, mas agora… eu preciso fazer algo que eu sinto muita falta de fazer, que é assaltar o frigobar da Claire. Eu o fuzilei com os olhos, porque além do fato de eu saber que ele realmente não deixaria nada sobrando no meu frigobar, ele também estava me deixando sozinha, por muito provavelmente, ter notado como eu olhei para o ser que estava sentado bem em minha frente. — Você realmente não muda, garoto. — Meu pai logo respondeu, — venha comer conosco depois, está bem?— Sim senho