GEORGE COLLINSEu sabia que estavam me observando, todos eles. Os advogados, os juízes, até aqueles malditos policiais ao redor, achando que tinham me derrotado. Eles não faziam ideia. Estavam todos tão certos de que eu estava quebrado, que o "tratamento" seria o fim. Estúpidos. Eu nunca quebro. Nunca perco.Eu ouvia os sussurros. Os cochichos irritantes sobre como eu havia "perdido a cabeça", como se qualquer um ali soubesse o que se passava dentro de mim. Nenhum deles entendia a realidade. Eles não sabiam o que eu sabia. Eles não viam o que eu via. Claire, ela era minha. Sempre foi.Olhei ao redor da sala, aquele cheiro abafado de julgamento, de falsa moralidade, enchia o ar. Um lugar cheio de gente fingindo que entendia a diferença entre o certo e o errado, como se vivessem em algum pedestal de pureza. Idiotas hipócritas.Meu advogado, um covarde miserável, estava ao meu lado, tentando falar comigo em voz baixa. "George, você precisa colaborar. Esse tratamento é a melhor saída pra
CLAIRE LEBLANCRespirei fundo, sentindo o ar fresco da noite enquanto me encostava na cadeira acolchoada. A brisa suave balançava os fios do meu cabelo, e pela primeira vez em dias, semanas talvez, eu me senti... leve. A varanda do restaurante estava iluminada por luzes suaves que pendiam do teto, refletindo no brilho quente das velas que decoravam cada mesa. À nossa volta, a cidade parecia distante, como se fôssemos os únicos dois naquele pedaço do mundo.Eu olhei para Alexis, que, sentado à minha frente, brincava distraidamente com o guardanapo. A luz das velas dançava sobre os traços dele, deixando-o com uma aura quase etérea. Ele levantou o olhar, me pegando em flagrante o observando, e sorriu daquele jeito que fazia meu coração derreter todas as vezes.— Tá tudo bem? — ele perguntou, a voz suave, mas cheia de preocupação genuína. Esse era Alexis, sempre preocupado comigo, sempre carregando aquela doçura e aquela devoção quase irritante, mas, ao mesmo tempo, absolutamente necessár
ALEXIS GALLAGHEREu olhava para Claire, adormecida ao meu lado, o rosto relaxado, como se toda a tensão dos últimos meses finalmente tivesse se dissipado. Ela parecia em paz, e eu me peguei sorrindo, sem conseguir acreditar na sorte que tinha. Ela estava comigo, e nada mais no mundo importava.Há algum tempo, eu sabia que Claire era o amor da minha vida. Tudo o que havíamos enfrentado, cada obstáculo, cada momento de medo e incerteza, nos trouxe até aqui. Mas, ao mesmo tempo, havia uma nova certeza que crescia em mim a cada dia: eu precisava oficializar isso. Precisava mostrar a ela que nada, nem o caos do passado, poderia mudar o que eu sentia. Eu queria passar o resto da minha vida com ela.O plano estava na minha cabeça há semanas, e agora parecia o momento perfeito. Acordei com aquele pensamento fixo, e enquanto Claire ainda dormia, comecei a organizar o dia em segredo. Primeiro, mandei uma mensagem para o restaurante onde tudo começou — o nosso lugar. O cenário perfeito para o qu
CLAIRE LEBLANCEu estava olhando para o espelho, tentando absorver a realidade daquele momento. Meu casamento. Depois de tudo o que aconteceu, de todos os obstáculos e caos que eu e Alexis enfrentamos, o dia havia finalmente chegado. A imagem no espelho era de uma mulher que eu mal reconhecia — uma versão de mim mesma que havia sobrevivido ao impossível. Vestida de branco, o vestido caindo delicadamente pelo meu corpo, rendas suaves adornando o tecido, eu parecia serena. Mas, lá no fundo, meu coração batia freneticamente.A porta atrás de mim se abriu devagar, e Vanessa entrou, seus olhos se arregalando ao me ver. O sorriso nos lábios dela era sincero, e por um segundo, todos os conflitos que tínhamos passado pareciam distantes.— Claire... você está deslumbrante — disse ela, sua voz carregada de emoção.Sorri de volta, nervosa. — Espero que Alexis concorde.— Ele vai perder o fôlego, isso eu te garanto — Vanessa riu, se aproximando e ajustando alguns detalhes no meu véu. Ela me olhou
CLAIRE LEBLANCA luz suave da manhã atravessava as cortinas do quarto, banhando tudo em um brilho dourado. O ar estava calmo, o som suave da respiração de Alexis ao meu lado era um conforto silencioso. Eu me aconcheguei um pouco mais na cama, olhando para ele, que ainda dormia profundamente. O rosto dele, sempre tão calmo, estava relaxado como eu nunca o tinha visto antes. Estávamos em paz. Finalmente.Nos últimos meses, a nossa vida mudou completamente. Alexis e eu havíamos encontrado algo que sempre pareceu tão distante: tranquilidade. Depois de anos de tempestades, traições, medo e caos, tudo parecia ter se estabilizado. Nosso casamento foi o primeiro passo, mas o verdadeiro marco de tudo isso estava nos meus braços agora, dormindo tranquilamente, sem a menor ideia de que era o centro do nosso mundo.Olhei para o nosso filho, tão pequeno e frágil, enrolado nos cobertores macios. Henri. Ele se mexeu levemente, os olhos ainda fechados, e eu sorri, sentindo uma onda de amor me inundar
CLAIRENão havia nada que o dinheiro não pudesse comprar.Era algo que eu tinha conhecimento desde o berço, porque desde jóias a pessoas… todos eram entregues a você, caso você mostrasse os zeros depois da vírgula, que existiam em sua conta bancária. E quando você era um LeBlanc? Isso ficava ainda mais aparente, e brilhante como jóias recém lapidadas.Quer saber qual era a maior prova disso? Era o baile anual. Baile esse que sempre causava discórdias, gritos, choros e principalmente alegria. Porque além de ser o evento mais aguardado de todas as famílias que possuíam um certo renome (e já eram rostos repetidos nesse evento), também era algo que os new richs ansiavam — já que se a sua família recebesse um convite, era quase certo que os contatos brotaram na sua porta, além de claro… isso ser uma prova de que a família LeBlanc… te admirava de alguma forma.E esse baile em específico? Eu havia sido a pessoa responsável por organizar.Fiquei quase um mês inteiro sem dormir direito por con
CLAIRE— Você está bem? — Foi a primeira coisa que eu ouvi saindo daqueles lábios rosados, o corpo dele se agachando para ficar na mesma altura que o meu estava, — aqui… você precisa mais do que eu.O loiro me entregou um lenço branco depois de dizer, um que tinha bordados nas bordas, junto a um 'G'.— Obrigada… — agradeci depois de pegar o lenço, para logo me sentir culpada por manchar aquilo com o meu rímel, — me… desculpa por isso…— Tudo bem, tem mais uns… vinte desses em casa. — Ele falou com simplicidade, — mas… o que te fez chorar? Coração partido?Suspirei.— Como adivinhou? — questionei antes de assoar o meu nariz.— Foi apenas um chute. — Ele deu de ombros, — quer desabafar? Eu juro que sou um ótimo ouvinte, e eu também não espalho.Dei de ombros.O que eu tinha a perder naquele ponto?— Eu fui corna. — Falei sem filtro algum, já não ligando muito para as minhas aulas de etiqueta, ou os modos que eu sempre precisava ter em sociedade.Afinal, convenhamos… eu estava com a maq
CLAIRE Aquela boca quente estava chupando o meu peito, os meus dedos se entrelaçando a aqueles fios loiros, o meu corpo se arqueando por querer mais dele enquanto a minha respiração ficava ainda mais ofegante.Porra…Por que aquilo era tão bom? O meu corpo já tinha se arrepiado por completo, e a minha buceta? Ela estava tão molhada, que eu conseguia sentir a minha calcinha encharcada. E quando os dedos dele começaram a brincar comigo, apenas contornando a minha buceta, ameaçando entrar, ameaçando estimular o meu clitóris… eu quase chorei de frustração.— Pare de… me torturar… — falei entre gemidos, apenas para ele trazer o rosto dele até o meu, um sorriso de canto brotando em seu semblante, repleto de malícia.— Eu deveria? — Ele soltou, virando o meu corpo para a parede, — o que eu ganharia com isso? — a voz dele estava próxima a minha orelha naquele momento, beijos começando a serem depositados em minhas costas, uma de suas mãos continuando em meu seio.— Por favor… — choraminguei.