Nós nos reunimos para almoçar ao redor da grande mesa da cozinha. Além da senhora Giulia e de André, também estavam presentes o senhor Genaro Benatti, pai de Adam, e Isabelli, a irmã mais nova.
Senhor Genaro era extremamente falante e sociável. Quando ele soube que minha família também era parte italiana, logo tratou de contar da sua infância na Itália, falar da sua cidadezinha natal e ficou extremamente contente quando eu disse que já tinha estado lá uma vez e tinha achado adorável.
Isabelli era mais contida. Ela tinha vinte e um anos, e eu fiquei feliz em saber que talvez fosse alguém com quem eu pudesse me conectar mais facilmente, já que tínhamos idades parecidas. Mas ela pouco falava, apesar de ter pegado ela me olhando de canto de olho algumas vezes.
Adam ainda tinha um irmão, o Henrique, que tinha vinte e sete anos. Henrique era cas
Sou salva de precisar responder, Adam vem caminhando na nossa direção conversando com André. Meus olhos, obviamente, logo recaem no irmão mais velho. Ele usava uma bermuda de banho preta com a cintura baixa, isso evidenciava seus músculos oblíquos e me fazia desejar absurdamente o que estava no final daquele V.Mal percebo que estou mordendo o meu dedo médio para tentar conter qualquer som que estivesse prestes a escapar de meus lábios.- Depois dessa, não precisa nem responder... – Isabelli ri. – Quer um babador?- Não! – Me apresso em corrigi-la. – Não é isso, é só... – dou de ombros. – Bonito ele é.Adam, percebendo meu olhar, me lança um sorriso. Ele passa direto por nós, indo até o bar próximo para preparar alguns drinks. André, por sua vez, se joga na piscina e vem nadando na
Na manhã seguinte, acordo com a luz do sol invadido o quarto violentamente. Peço à Alexa para fechar as cortinas, mas quando ela não faz nada, sento-me na cama furiosa com a minha assistente virtual surda. Só então me dou conta de que não estava em casa. Tateio a mesinha de cabeceira em busca do meu celular para conferir as horas. Seis e quarenta e cinco.- Tão cedo e tanto sol... murmuro, reclamona.Bom, eu não conseguiria mais voltar a dormir. Me levanto para ir ao banheiro e quando passo pela sala, Adam já estava acordado e mexendo no notebook tão concentrado que se surpreende quando eu passo por ele e murmuro um “bom dia”.Vou até o banheiro fazer minha higiene matinal, e quando volto para a sala, Adam continua praticamente na mesma posição.- Você ao menos dormiu? – Pergunto, me jogando no sofá e escondendo um bocejo com o
Um pequeno grito me escapou involuntariamente quando os braços fortes de Adam me envolveram por trás com firmeza, prendendo-me em um abraço apertado. Meus pés perderam o contato com o solo por um breve momento, mas logo me vi envolvida pelo calor reconfortante do corpo dele.A pele quente dos nossos corpos se tocou, e uma sensação de arrepio percorreu minha espinha. Adam segurava-me com uma firmeza reconfortante, seus músculos transmitindo uma sensação de proteção. Sua respiração, calma e constante, roçava suavemente a pele sensível da minha nuca.Mas tão rápido quanto aquele misto de sensações me atingiu, ele também se foi. Rindo, Adam me soltou e se afastou.- O que foi? – Pergunto, me virando na direção dele.Não consigo deixar de reparar que Adam tinha se livrado de sua bermuda tamb&eacu
Nossas risadas somadas ecoam por onde passamos, enquanto jogamos conversa fora ao pedalar de volta para a cede da fazenda. Mas meu sorriso congela no rosto quando nos aproximamos da grande varanda, que toma conta de toda a frente do casarão, e eu consigo identificar Isabelli sentada ao lado de uma outra mulher. Giovanna.Nós encostamos as bicicletas na parede e subimos os degraus em direção a varanda.- Adam, oi! – Giovanna se levanta correndo para abraçá-lo. Ela não é nada discreta ao correr os olhos pelo peito exposto dele.Isabelli também se levanta e vem na direção do irmão. Ela arranca a camisa que ele mantinha pendurada no ombro e entrega na mão dele.- Acho que você vai querer vestir isso... – diz, sem nenhum constrangimento. Então, ela segura minha mão e sai me puxando em direção a casa. – Vem!Eu me
~ADAM~O barulho de conversas e risadas me fazem entrar no casarão pela porta da cozinha. Kara estava sentada à mesa com Isabelli, mexendo alguma coisa em um bowl. Já minha mãe, verificava um preparo no formo.- Que cheiro delicioso! – Elogio.Kara, que estava de costas, se vira pra mim com um sorriso enorme no rosto.- Eu fiz pudim! De verdade!A forma que ela diz é tão engraçada que preciso conter a vontade de cair na risada. Se eu fizesse isso, ela podia achar que eu estava minimizando a sua conquista, o que não era o caso.- Posso provar? – Pergunto.- Nem pensar! – A resposta vem da minha mãe. – Faça alguma coisa útil e descasque aquelas batatas!- Eu adoraria, mamma... – Minto. – Mas prometi que levaria a Kara para ver como acontece a torra dos grãos de café. Mas não se preocupe, v
Adam tinha ocupado todo o meu dia de uma forma tão agradável que eu quase não tinha me permitido pensar que era véspera de Natal. Quero dizer, é claro que eu sabia que era dia vinte e quatro de dezembro, mas até então eu não tinha tempo de ter sido atingida pelo significado daquilo.Adam e eu tínhamos continuado passeando pela fazenda. Ele me mostrou cada cantinho, e depois passamos um tempo na piscina com Isabelli e André. Quase no finalzinho da tarde, voltamos para o chalé. Logo, já seria hora de nos arrumarmos para a ceia e como eu demoraria mais, Adam disse que eu fosse tomar meu banho na frente.Acontece, que quando eu saí do banheiro e Adam foi tomar seu banho, eu me senti sozinha pela primeira vez no dia. E aí... eu fui arrebatada para um lugar no qual eu não queria estar. Sem ao menos me trocar ou secar os cabelos, me atirei na cama e as lágrimas n&at
Depois de todo o tempo que perdi, me apresei um pouco para me arrumar, então, cerca de meia hora depois, eu estava pronta, me analisando no espelho em meu vestido tubinho vermelho, saltos altos e maquiagem leve.- Oi... – ouço a voz de Isabelli do lado de fora do quarto. Ela já estava há alguns minutos conversando com Adam na sala. – Posso entrar?- Claro!- Bonitos saltos! – Ela elogia, indo sentar-se na minha cama.- Obrigada!- Uma hora você poderia me ensinar a usar...? – Pede. – Quero dizer, aqui na fazenda nunca tive muita oportunidade, mas se eu for estudar no Rio...Eu rio.- Todo mundo usa chinelo por lá!- Menos você!- Er… gosto de saltos! – Admito. – Quanto você calça?- Trinta e sete.- Ah, perfeito! – Eu imaginei que calçássemos um número parecido já qu
Era estranho estar tão cansada e ao mesmo tempo não conseguir pregar os olhos. Pela primeira vez, ali na fazenda, a cama estava me incomodando, os lençóis estavam me incomodando, o calor estava em incomodando... Então, eu simplesmente decidi não esperar pelo sol para me acordar e me levantei.Caminhei pé ante pé até o quarto de Adam e espiei pelo vão da porta entre aberta. Ele estava completamente apagado. Os cabelos bagunçados... Os lábios levemente entreabertos... O peito nu subindo e descendo tranquilamente no ritmo da sua respiração... Ele era tão perfeito que apenas observá-lo chegava a doer.Decido não esperar por Adam acordar e envio uma mensagem avisando que estaria no casarão.- Bom dia, querida – senhora Giulia já estava na cozinha, empenhada na função de lavar a louça da noite anterior. –