Lilly e Michelle tinham ocupado uma mesa, enquanto fui até o bar solicitar que Jacob nos atendesse e que bebidas fossem disponibilizadas.
- Se eu prometer uma gorjeta bem gorda você derrama bebidas na de cabelo cacheado? – Aponto para a mesa com a cabeça, fazendo Jacob rir.
- Você sempre me dá gorjetas gordas, senhorita Milani.
- Kara – corrijo-o.
- Kara – ele repete.
- Isso significa que você faria isso por mim, não é?
- Faria qualquer coisa por você, senho... Kara – mas ele parece extremamente sem graça.
- Estou brincando, Jacob – digo, dando um beijinho no rosto dele e fazendo a bandeja em sua mão tremer violentamente. – Mas bem que eu gostaria de não estar.
Enquanto Jacob serve as bebidas, eu me sento ao lado de Lilly. Elas estavam no meio de alguma conversa e eu não faço questão de me ins
Adam e eu estávamos mais silenciosos naquele domingo durante nosso passeio de bicicleta. Eu não queria falar de Liam. Ele não queria falar de Michelle. Nós dois não queríamos falar do que aconteceu no elevador. E qualquer outro assunto que tentássemos puxar, parecia não render. Era como se algo tivesse se quebrado na relação que estávamos construindo e agora fossemos quase dois estranhos novamente.Decidi dispensar nossa parada rotineira na praia e seguir direto para a confeitaria, Adam apenas me seguindo de perto. Quando chegamos, Adam foi mais hábil em prender sua bike e apesar de se oferecer para me ajudar, eu preferi fazer isso sozinha. Ele aproveitou para se afastar alguns passos enquanto respondia freneticamente alguma coisa no celular.Tenho certeza de que minha expressão fechou na hora, pois não pude deixar de imaginar que fosse Michelle. Babacas! Os dois! Ela por
Quando cheguei no escritório na segunda de manhã, fui direto para a sala do Adam. Devo ter revirado os olhos algumas vezes quando a secretária me pediu para esperar enquanto avisava que eu estava lá, mas agi de forma comportada enquanto aguardava ser chamada.- O senhor Benatti está esperando por você, senhorita Milani.- Obrigada!Entro com um sorriso no rosto e me sento na cadeira a sua frente, antes mesmo que ele me convide. Logo em seguida deslizo meu celular na sua direção, com a tela desbloqueada.- O que é isso?- Minhas notas saíram – respondo com um sorriso no rosto. – Aprovada e melhor da sala.- Muito bom... – Adam diz, enquanto pega o aparelho para analisar. – O que aconteceram com as suas faltas? – Ele levanta o olhar repentinamente, me encarando.- Ah, isso... – tento disfarçar. – Sumiram.- Kara,
Faltando dez minutos para o meu horário de ir embora, vou até a sala de Liam. Tanto ele, quanto Thiago, estavam completamente concentrados em algo em seus computadores, então, dou uma leve batidinha no vidro para chamar atenção. Quando Liam me olha, eu abro um sorriso que ele logo retribui. Observo se levantar e vir até a porta, fechando-a atrás de si ao sair.- Oi... – ele diz.- Recebi as flores. Eram lindas, obrigada.Eu não tinha mandado uma só mensagem para Liam durante o final de semana, apesar de ele ter me mandado muitas. Lembro-me que no primeiro dia em que nos conhecemos, ele logo me encheu de mensagens. Na época, até tinha achado fofo. Mas agora, era um tanto sufocante que ele esperasse que eu sempre respondesse na hora. Então eu não respondia. Ainda assim, as flores tinham me desarmado.- Que bom que gostou.- Eu... queria agradecer pessoalm
Era estranho ter um namorado. Quero dizer... se Liam ia fazer algumas concessões, então eu também precisava fazer algumas, certo? Eu estava tentando responder, ao menos, a maioria das mensagens dele durante o dia e uma ou outra vez na semana eu ficava para almoçarmos juntos no refeitório do prédio administrativo da Milani. Às sextas nós saímos juntos à noite e eu acabava dormindo no apartamento dele (ainda não o tinha levado ao meu), o que fazia com que passássemos boa parte do sábado juntos também. Mas, por algum motivo no qual eu não gostava de pensar... Domingos ainda eram meu dia favorito na semana.Àquele sábado, porém, eu tinha deixado um Liam lidando com uma irritabilidade escondida quando disse que voltaria ao Milani mais cedo para almoçar com Manu e Luca.- Posso ir? – Ele tinha se convidado.- É que... &eacut
~ADAM~“Hey, tutor, acho que vamos ter que cancelar nosso passeio de bicicleta amanhã. Mas podemos ir direto a confeitaria se você puder me buscar de carro.’”A mensagem de Kara chega no meu celular pessoal quando eu estava quase pegando no sono, depois de um sábado agitado. Eu já tinha desistido de pedir que ela usasse aquele número apenas para emergência e, apesar disso, continuava visualizando e respondendo suas mensagens no instante em que chegavam.“Sem problemas. Ainda não se sente bem?”“Hum... isso depende”. A resposta vem quase imediatamente também. “Vai ter que ser mais específico a respeito do que você está falando.”“Sobre o almoço e sua alergia”. Franzo a testa para o celular, esperando pela resposta. Kara era bem dispersa as vezes, mas não era possível que ela já tivess
~ADAM~Matt Lennox deslizou o cartão, sobre a mesa, na minha direção e eu rapidamente o peguei, encarando o nome e o telefone do detetive particular ali contido.- Ele não tem escrúpulos – Matt afirma. – Por uma boa grana descobre ou faz aquilo que você quiser. Mas... esteja certo de que quer mexer com esse tipo de gente.- Você se arrepende? – Pergunto, encarando-o.- Nem um pouco.- Ótimo.- Escuta... – Matt tamborila os dedos sobre as mesas por alguns segundos. – Agora que a Kara está de férias na faculdade... Por que não manda ela para ficar algumas semanas em Londres comigo e com a Ella até as coisas se assentarem? Lilly estará por lá também e sei que elas ficaram boas amigas. Inclusive, você também será bem-vindo, é claro.- Não sei se a Kara estaria segura em qual
“Pense com carinho no meu”. Carinho. Karinho. Eu balanço a cabeça violentamente, tentando me livrar do trocadilho que minha mente estava tentando fazer. Obviamente Adam não quis dizer o eu que eu queria pensar que ele quis dizer. Era só uma palavra e não uma indireta. Adam não era do tipo de indiretas.Desço do elevador no andar do refeitório. Adam e eu tínhamos saído para almoçar um pouco mais cedo do que o horário padrão, então, era bem possível que eu encontrasse Liam ainda almoçando. Eu queria lhe fazer uma surpresa, então tinha lhe comprado um tiramisù no restaurante, pois sabia que era sua sobremesa favorita.Mas no caso, a surpreendida fui eu.Ele estava sentado em uma mesa de canto, junto com uma garota que eu não conhecia. Isso não era um problema, é claro. Eu não seria hipócrita de
- Falando em pessoas com que eu vou acabar... – eu digo, encarando Michelle fixamente.Eu tinha ido até o hospital dar uma olhada no meu pé e Manu me acompanhou. A verdade é que o médico disse que eu precisaria ficar pelo menos uma semana fazendo uso da bota ortopédica, mas eu já estava de saco cheio daquilo. A visita foi inútil, porém, eu só ouvi pessoalmente o que eu já tinha ouvido por telefone: repousar e usar a bota pro mais uns dias.- Descobriu alguma coisa? – Manu pergunta.- Do Liam ou da Michelle? – Pergunto, pois tinha acabado de contar a Manu toda a questão com Liam e a garota do refeitório.- Michelle.- Vamos descobrir agora... – digo, entrelaçando meu braço no de Manu e seguindo disfarçadamente uma outra enfermeira.- Você pagou alguém para investigá-la? – Manu pergunta um p