- Está tudo bem, Alfa, vamos acabar com essa maldita de uma vez por todas! - Rosnei determinada.Harvey assumiu uma postura de lobisomem ao meu lado, e avançamos contra as sombras. O Alfa cortava através das trevas, derrubando suas barreiras, enquanto eu lançava magia de luz divina por meio das minhas garras, concedida pelas preces que havia proferido. A bruxa recuava, e pude sentir seu medo e inquietação.- AMALDIÇOADOS! - Ela gritou, rangendo os dentes. - VOCÊS NÃO PODEM DERROTAR AS SOMBRAS!A maldita então moveu os punhos, criando um furacão de mãos e espinhos em nossa direção, pareciam ser impregnados de prata, e ao tocarem minha pele, a sensação de queimadura se espalhou. Soltei um rugido de dor, fazendo o Alfa olhar para mim. Ele se lançou sobre meu corpo, me derrubando no chão, protegendo-me com sua própria figura imponente.Tentei sair de debaixo dele, mas a tempestade sobre nós era avassaladora. Vi gotas de sangue escorrendo por entre seus pelos. Ergui minhas mãos e entoei:-
- SOPHIE... Você precisa nos encontrar... - Uma voz ecoou em minha mente durante o sonho, como um sussurro que atravessou os véus da minha consciência.- Encontrar quem? Quem são vocês? - Perguntei, confusa, enquanto a escuridão inicial dava lugar a um campo de flores, sua beleza iluminando o cenário.- Somos as portadoras de suas respostas... Venha, criança, o destino a aguarda! - A voz ressoou com mais intensidade, revelando uma esplêndida casa no centro do campo. Eu me aproximei, e a porta se abriu diante de mim. Lá dentro, três mulheres e a jovem bruxa que eu havia resgatado na floresta estavam acomodadas em confortáveis poltronas, me encarando com expectativa.A porta se fechou com um estrondo, e eu senti sendo arrastada para trás, enquanto nuvens negras e densas se formavam no céu, anunciando a chegada das sombras.- NINGUÉM PODE TE SALVAR! - A voz sombria da bruxa ressoou ameaçadoramente.Despertei de sobressalto, minha mão instintivamente indo para as costelas, que queimavam a
Habilmente, ele terminou de rasgar o restante das minhas roupas, me deixando completamente exposta. Dando um passo para trás, seus olhos percorreram vagarosamente meu corpo, analisando. Seus olhos pousaram em alguns hematomas deixados pela bruxa sombria, e um rosnado explodiu de seu peito resignado. Pude sentir o ódio emanar a cada ferida que ele observava.O Alfa esticou as mãos em minha direção, sem quebrar a conexão de nossos olhares.- Venha, cuidarei de você! - Ele sussurrou sedutor, me perdendo em nosso momento.Segurei suas mãos, permitindo que nos guiasse até a água fresca do rio. A temperatura era ideal, a magia emanava do lugar, causando uma sensação de leveza.Harvey pegou uma esponja de banho e derramou o líquido com cheiro de rosas na esponja. Ele se aproximou, levantando meus braços para os lados, passando cuidadosamente a esponja por todo o meu corpo. Cada parte era tratada com carinho por ele. Senti uma corrente elétrica percorrendo entre nós e suspirei. Suas mãos hábe
Foi curioso como os dias transcorreram durante os treinamentos; em alguns momentos, parecia que o tempo se arrastava, enquanto em outros, a percepção do tempo simplesmente desaparecia. Selena se juntava a nós nas sessões de treinamento, enquanto o Alfa, de maneira preguiçosa e até um tanto birrenta, permanecia na forma lupina, observando Elara me ensinar uma das magias mais perigosas, a magia do fogo.- Concentre-se, Hibrida - a anciã chamou minha atenção enquanto eu encarava o lobo à minha frente, que parecia completamente despreocupado. - E você, Alfa? Não tem uma alcateia para cuidar?Ele bufou, ignorando completamente a pergunta.- Esse lobo não se parece com a fera que atacou as luas crescentes - observou Selene, falando baixinho e demonstrando medo.- Não deixe que ele te ouça! - Outra aprendiz exclamou, alarmada.A audição do rei Lycan era extraordinariamente apurada, e um rugido alto explodiu de seu peito, fazendo com que as jovens bruxas gritassem e saíssem correndo do local.
O Alfa permaneceu em silêncio, me analisando. Ele juntou as mãos em meu rosto e as virou, seu dedo delicadamente limpando as lágrimas.- Há algo que a fez acreditar que sua mãe seja a bruxa sombria? - Ele arqueou as sobrancelhas.- Sim, quando Denver me ensinou magia extracorpórea... - Respondi cuidadosamente, vendo seu semblante mudar ao pronunciar o nome do mago. - Vi duas mulheres brigando, e Philippa, minha mãe, estava lá, seus olhos tomados pela escuridão.Harvey assentiu e me puxou para um beijo suave.- Hibrida, se sua mãe for a bruxa sombria, há mais motivos para enfrentá-la - Ele falou, por fim, com frieza.- Como pode dizer isso? - Falei chocada, afastando-me dele.- Se ela fez um pacto com as sombras, sua alma não reside mais ali. É apenas o casco ambulante da escuridão. Não há motivo para você ter compaixão por aquela casca oca! - O Alfa rosnou impaciente, puxando-me novamente para perto dele, suas mãos fortes segurando firme em meu quadril.- Talvez você tenha razão, ela
A Noite de Walpurgis, também conhecida como a celebração das bruxas, estava finalmente sobre nós. O ritual seria realizado ao ar livre, no coração da floresta, permitindo que todos mergulhassem na conexão com a natureza. Bruxas e magos dançavam com alegria ao redor de uma enorme fogueira, uma parte essencial do rito, simbolizando a luz e a purificação. Os participantes tinham a oportunidade de pular sobre as chamas como um ato simbólico de renovação e purificação.- Uau, não tinha ideia de que elas podiam ser tão animadas! - eu comentei com um sorriso encantado, observando a atmosfera festiva do lugar.- Tudo faz parte do ritual - respondeu o Lycan, dando de ombros. - A música e a dança desempenham um papel crucial nessa cerimônia, ajudando a elevar a energia e fortalecer a conexão com as forças da natureza, ou algo parecido.- Estou impressionada por você saber disso, Alfa. - Fiquei surpresa com seu conhecimento.Ele deu de ombros e respondeu com um rosnado suave- Estou vivo há déc
- Não pode! - O pesar nos olhos dos meus pais trouxe mais lágrimas aos meus olhos. - Sophie, estou aqui porque abandonei minha alcateia, me uni à sua mãe e desafiei os Deuses. Mereço minha sentença.- Não, você não merece... - Chorei, e ele secou minhas lágrimas com carinho.- Está tudo bem, minha menina, contanto que vocês fiquem bem... - Ele sorriu, revelando sua preocupação. Foi aí que percebi que ele não sabia que Agatha havia partido, e abaixei a cabeça, triste.- Papai, há algo que preciso te contar... - Senti uma vibração estranha, como se estivesse prestes a ser arrastada de volta. - Perdoe-me por meu egoísmo, mas preciso que me responda, Philippa, minha mãe, é a bruxa sombria?Ele arregalou os olhos, chocado.- Sua mãe, uma bruxa sombria? De onde você tirou isso? - Ele indagou, confuso.- Eu visitei o passado, onde a vi lutando com uma mulher chamada Lilith, mas os olhos de minha mãe estavam negros como os da bruxa. - Expliquei, vendo meu pai suspirar, preocupado.- Então foi
Meu corpo formigava a cada toque, como se cada carícia deixasse um rastro de calor em minha pele arrepiada pelo frio. Os olhos cintilantes do Alfa, agora perigosamente escuros, refletiam sua intensa presença, enquanto seu aroma se tornava mais envolvente e adocicado.- Vamos sair daqui humana. Seu corpo frágil não suporta o frio - ele declarou com firmeza. Rosnei provocativamente, notando um sutil sorriso nos lábios do Lycan.- Cuidado, Alfa. Estou começando a acreditar que se preocupa com o meu bem-estar - comentei, provocando uma resposta ligeiramente divertida dele.- Não seja tola - disse ele, mordendo levemente a ponta da minha orelha antes de me puxar para fora da água. Conduziu-me pela floresta, recolhendo galhos secos e pedras ocas pelo caminho. Arqueei as sobrancelhas, curiosa.- O que está fazendo? - perguntei.- Farei uma fogueira para que você não morra de frio - ele respondeu com um sorriso maldoso, farejando o ar. - Se bem que isso não durará para sempre.Fiz uma careta,