Foi curioso como os dias transcorreram durante os treinamentos; em alguns momentos, parecia que o tempo se arrastava, enquanto em outros, a percepção do tempo simplesmente desaparecia. Selena se juntava a nós nas sessões de treinamento, enquanto o Alfa, de maneira preguiçosa e até um tanto birrenta, permanecia na forma lupina, observando Elara me ensinar uma das magias mais perigosas, a magia do fogo.- Concentre-se, Hibrida - a anciã chamou minha atenção enquanto eu encarava o lobo à minha frente, que parecia completamente despreocupado. - E você, Alfa? Não tem uma alcateia para cuidar?Ele bufou, ignorando completamente a pergunta.- Esse lobo não se parece com a fera que atacou as luas crescentes - observou Selene, falando baixinho e demonstrando medo.- Não deixe que ele te ouça! - Outra aprendiz exclamou, alarmada.A audição do rei Lycan era extraordinariamente apurada, e um rugido alto explodiu de seu peito, fazendo com que as jovens bruxas gritassem e saíssem correndo do local.
O Alfa permaneceu em silêncio, me analisando. Ele juntou as mãos em meu rosto e as virou, seu dedo delicadamente limpando as lágrimas.- Há algo que a fez acreditar que sua mãe seja a bruxa sombria? - Ele arqueou as sobrancelhas.- Sim, quando Denver me ensinou magia extracorpórea... - Respondi cuidadosamente, vendo seu semblante mudar ao pronunciar o nome do mago. - Vi duas mulheres brigando, e Philippa, minha mãe, estava lá, seus olhos tomados pela escuridão.Harvey assentiu e me puxou para um beijo suave.- Hibrida, se sua mãe for a bruxa sombria, há mais motivos para enfrentá-la - Ele falou, por fim, com frieza.- Como pode dizer isso? - Falei chocada, afastando-me dele.- Se ela fez um pacto com as sombras, sua alma não reside mais ali. É apenas o casco ambulante da escuridão. Não há motivo para você ter compaixão por aquela casca oca! - O Alfa rosnou impaciente, puxando-me novamente para perto dele, suas mãos fortes segurando firme em meu quadril.- Talvez você tenha razão, ela
A Noite de Walpurgis, também conhecida como a celebração das bruxas, estava finalmente sobre nós. O ritual seria realizado ao ar livre, no coração da floresta, permitindo que todos mergulhassem na conexão com a natureza. Bruxas e magos dançavam com alegria ao redor de uma enorme fogueira, uma parte essencial do rito, simbolizando a luz e a purificação. Os participantes tinham a oportunidade de pular sobre as chamas como um ato simbólico de renovação e purificação.- Uau, não tinha ideia de que elas podiam ser tão animadas! - eu comentei com um sorriso encantado, observando a atmosfera festiva do lugar.- Tudo faz parte do ritual - respondeu o Lycan, dando de ombros. - A música e a dança desempenham um papel crucial nessa cerimônia, ajudando a elevar a energia e fortalecer a conexão com as forças da natureza, ou algo parecido.- Estou impressionada por você saber disso, Alfa. - Fiquei surpresa com seu conhecimento.Ele deu de ombros e respondeu com um rosnado suave- Estou vivo há déc
- Não pode! - O pesar nos olhos dos meus pais trouxe mais lágrimas aos meus olhos. - Sophie, estou aqui porque abandonei minha alcateia, me uni à sua mãe e desafiei os Deuses. Mereço minha sentença.- Não, você não merece... - Chorei, e ele secou minhas lágrimas com carinho.- Está tudo bem, minha menina, contanto que vocês fiquem bem... - Ele sorriu, revelando sua preocupação. Foi aí que percebi que ele não sabia que Agatha havia partido, e abaixei a cabeça, triste.- Papai, há algo que preciso te contar... - Senti uma vibração estranha, como se estivesse prestes a ser arrastada de volta. - Perdoe-me por meu egoísmo, mas preciso que me responda, Philippa, minha mãe, é a bruxa sombria?Ele arregalou os olhos, chocado.- Sua mãe, uma bruxa sombria? De onde você tirou isso? - Ele indagou, confuso.- Eu visitei o passado, onde a vi lutando com uma mulher chamada Lilith, mas os olhos de minha mãe estavam negros como os da bruxa. - Expliquei, vendo meu pai suspirar, preocupado.- Então foi
Meu corpo formigava a cada toque, como se cada carícia deixasse um rastro de calor em minha pele arrepiada pelo frio. Os olhos cintilantes do Alfa, agora perigosamente escuros, refletiam sua intensa presença, enquanto seu aroma se tornava mais envolvente e adocicado.- Vamos sair daqui humana. Seu corpo frágil não suporta o frio - ele declarou com firmeza. Rosnei provocativamente, notando um sutil sorriso nos lábios do Lycan.- Cuidado, Alfa. Estou começando a acreditar que se preocupa com o meu bem-estar - comentei, provocando uma resposta ligeiramente divertida dele.- Não seja tola - disse ele, mordendo levemente a ponta da minha orelha antes de me puxar para fora da água. Conduziu-me pela floresta, recolhendo galhos secos e pedras ocas pelo caminho. Arqueei as sobrancelhas, curiosa.- O que está fazendo? - perguntei.- Farei uma fogueira para que você não morra de frio - ele respondeu com um sorriso maldoso, farejando o ar. - Se bem que isso não durará para sempre.Fiz uma careta,
Com um sorriso, afastei-me momentaneamente, observando-o enquanto minha língua percorria seu pescoço. Em um movimento ágil, ele me virou no gramado, intensificando maliciosamente com mordidas vorazes em meus seios, arrancando rugidos de prazer. Minhas mãos deslizaram por seu tórax, explorando cada centímetro com toques ardentes e mordidas nos lábios.- Aaa, Sophie... - Ele sorriu maliciosamente - É incrível te ver assim!Harvey explorou minha barriga com suas unhas, antes de dedicar-se à minha entrada molhada com a língua, provocando suspiros necessitados.- Harvey... - Gemi quando sua língua e dois dedos me exploraram. Suas mãos firmes agarraram minhas coxas, puxando-me para baixo e massageando com destreza, enquanto seu dedão estimulava meu clitóris em ousadas massagens. Um arrepio percorreu meu corpo quando ele mordeu levemente meus lábios.Ergui o quadril, entregando-me ao prazer, como se estivesse sentada em sua língua calorosa.- Alfa... - Sussurrei, à beira do êxtase - Eu vou..
Retornamos à cidade das bruxas, rebaixando a cabeça ao perceber os olhares arregalados de todos, as marcas em nossos corpos testemunhando a intensidade da noite anterior. Era evidente que tivemos uma experiência selvagem e inesquecível.- Ora, isso explica sua paixão pelo Alfa - comentou Elara ao se aproximar, provocando-me com um sorriso malicioso. Meus olhos lançaram um olhar cortante em sua direção.- Eu não sou apaix... - Antes que eu pudesse contestar, o Alfa ergueu a mão, silenciando-me enquanto dirigia seu olhar para a anciã.- Achei que indelicadeza fosse algo exclusivo dos lobos, não das bruxas - rosnou impaciente. - Precisamos discutir alguns assuntos. Estamos prestes a partir.- Não foi minha intenção - desculpou-se a bruxa com um sorriso tímido, dirigindo-se a mim. - Vocês vão embora? Sophie ainda não concluiu seu treinamento. Ela precisa passar pela validação dos ancestrais na tempestade.- Validação? - indaguei, dando um passo à frente. - Mais testes?- Sim, minha crian
- Denver era determinado, assumia o risco de suas escolhas... Compreendo seus motivos, só não consigo aceitar sua partida! - Selene me fitou, seus olhos transbordando tristeza. - Mas ontem, quando pude vê-lo, ele estava leve, feliz, no amparo dos ancestrais que foram benevolentes. Isto acalma meu coração!- Gostaria de dizer o mesmo do meu pai... - Abaixei a cabeça com os olhos marejados.- Sei que dará um jeito de salvá-lo. - A jovem aprendiz sorriu, tentando me confortar, surpreendendo-me com sua atitude. - Já alimentou sua loba? Precisamos aproveitar que a corrente da cachoeira neste horário se encontra mais forte!- Por quê? - Olhei curiosa.- Precisamos treinar com uma força da natureza em sua plena intensidade, nada melhor do que o fluxo da água agitada. - Selene se levantou de salto, puxando-me consigo, conduzindo-nos até o pé de uma enorme cachoeira violenta.- Está realmente forte... - Engoli em seco olhando. - O que faremos?- Está vendo aquelas pedras embaixo da queda? - El