Com passos apressados, me afastei do local, consciente de que havia muito a ser planejado. Parei no topo de uma colina com uma visão clara da cidade das bruxas, sentando-me enquanto ouvia passos se aproximando.- Inicie a infiltração na alcateia Lua Crescente, observe-os de perto, aprenda sobre suas rotinas e descubra onde as aprendizes estão sendo mantidas como reféns! - Rosnei para o Beta que se aproximava.- Considere feito, meu Alfa. - Oliver respondeu com cortesia, permanecendo parado, me observando.Impaciente, continuei a fitar a imponente cidade mágica antes de finalmente me dirigir ao Beta.- Pergunte logo! - Rosnei impaciente, enquanto mantinha meu olhar na cidade.- O Senhor não virá conosco? - Sussurrou o Beta, preocupado. - Sabemos que o Alfa deles permanece em alerta o tempo todo.- Oliver. - Chamei-o pelo nome, fazendo-o tremer. Minha voz soou ameaçadora. - Sua covardia me repugna!Levantei-me e comecei a caminhar.- Perdão, meu Rei! - O Beta abaixou a cabeça em reverên
Explodi em gargalhadas, parando para encará-la de maneira predatória.- A escuridão não se contenta apenas com isso, ela deseja reivindicar tudo e todos! - Rosnei, furioso. - Não sou tolo, bruxa!- Não desta vez! - A mulher se moveu, olhando-me seriamente. - Podemos selar o acordo com um pacto.- Minha resposta é não! - Rosnei, avançando contra a bruxa, que ergueu um escudo mágico sombrio ao seu redor como proteção.- Sua recusa resultará na fúria das sombras contra sua alcateia, seu filhote e você! - Ela gritou, impaciente. - Vai arriscá-los por uma híbrida?- Caminhei de um lado para o outro, tentando encontrar uma brecha em sua defesa para fincar minhas garras em sua carne deteriorada.- Já vivo com a fúria da escuridão por eras, ninguém tocará no que é meu. A Híbrida é minha Luna, e eu a protegerei! - Sorri, encontrando a brecha, saltei sobre o escudo, parando atrás da bruxa sombria. Antes que eu pudesse alcançá-la, ela começou a desaparecer em uma fumaça escura.- Lembre-se de su
- Ótimo! - O Alfa roçou os lábios nos meus provocativamente, sentindo o calor de seu toque percorrer meu corpo gelado pela chuva, passando as unhas pelo meu braço, fazendo meus pelos se arrepiarem.- Por que me chamou? - Sussurrei, ainda próxima de seus lábios.Partirei amanhã para a guerra contra a Lua Crescente, quero que cuide de si mesma e tome cuidado. Recebi a visita da bruxa sombria... - Ele parou ao perceber o medo refletido em meus olhos. - Não a alcançará aqui, Sophie, tomei medidas para garantir isso.- Como? - Gaguejei, amedrontada. - E se ela me encontrar quando você estiver longe?- É por isso que você está se tornando mais forte, humana tola! - Rosnando, ele puxou meu corpo para perto do seu. - Você será capaz de repeli-la. Me invoque assim que sentir o perigo, e virei em sua proteção.- Espero que seja a tempo antes que ela me drenasse, ou me encontrará no chão em pedaços. - Ri de forma mórbida.- Deveria confiar mais em si, Humana! – Disse o Alfa enquanto me puxava e
Não vi o tempo passar, mas Harvey me despertou com urgência, insistindo que retornasse à cidade das bruxas. Antes de partir, aproximei-me dele ainda despida e acariciei sua face com ternura.- Tenha cuidado - disse eu, com seriedade, fixando meus olhos nos dele. - Não permita que sua fera o domine. Se for possível, tenha compaixão pelos inocentes daquela alcateia. Lidere-os como um verdadeiro líder, e não se torne o monstro que tantos acreditam que você seja.Para minha surpresa, o Alfa segurou minha mão, levando-a suavemente aos lábios. Seu sorriso transformou-se em algo sombrio e perigoso.- Eu sou um monstro, tola humana - disse ele, sua voz soando ameaçadora. - Sou uma fera que encontra prazer na caça e não acredito que existam inocentes na lua crescente.Eu resisti, puxando minha mão, mas ele a segurou firme.- Você mencionou que havia mulheres grávidas lá, e sei que existem filhotes. Eles são inocentes! - repliquei, decidida.- Sophie - ele sussurrou, elevando o olhar para os me
Com um sorriso irônico, o encarei.- Então, contínuo amaldiçoada, não é mesmo? – Zombei, fazendo-o franzir a testa.- Posso garantir que treinar comigo é mais divertido do que com a bruxa anciã. Considere-se sortuda, híbrida! – Denver deu de ombros e se afastou. – Siga-me.- Sim, querido mestre irritante. – Provoquei, rindo.- Você é mesmo irritante! – Ele riu.Seguimos até um jardim diferente, que parecia um labirinto, um pouco sinistro para o meu gosto. Denver me conduziu até o centro, onde o chão estava coberto por símbolos estranhos com círculos que os conectavam.- Estamos prestes a realizar uma espécie de ritual? – Engoli em seco, olhando fixamente para os símbolos.- Claro, e você será a oferenda! – Denver respondeu com um olhar malicioso.- Bem, aparentemente pertenço as sombras, então... – Brinquei, fazendo-o relaxar. Era melhor tê-lo como amigo do que inimigo, afinal, minha lista de inimigos já estava grande demais.- Sou especialista em feitiços extracorpóreos. Vou te ensin
- Estou implorando, minha irmã, não siga por esse caminho. Irá se arrepender e trará a escuridão para todos nós! – A mulher tentou segurar o braço de minha mãe, mas Philippa lançou um feitiço em sua direção, fazendo-a colidir com a parede próxima de onde eu estava.- Como? – Ouvi a mulher caída no chão chorar. – Como pode escolher um lobo em vez de sua família? Suas raízes?- Você não compreende, Lilith. Sempre amou a magia mais do que a si mesma. Sempre foi devota às bruxas ancestrais, mesmo sem tanto talento! – Brandou Philippa.Minha mãe parecia ríspida e implacável.- Philippa, juro que se você continuar por este caminho, eu a impedirei! – A mulher se ergueu do chão, entoando magias e as lançando em direção à minha mãe. No entanto, minha mãe desviou sem esforço e a prendeu com uma corda mágica.- Minha querida irmã, você precisará de muito mais poder do que isso para me deter. – Rindo, Philippa lançou Lilith para fora da casa.- Mãe! – Exclamei perplexa.A bruxa poderosa olhou ao
POV: HARVEYEstávamos agachados nas proximidades das primeiras defesas da alcateia da Lua Crescente. O Alfa Harry era notoriamente desconfiado, até mesmo em relação à sua própria matilha. Suas defesas principais eram voltadas para a entrada, enquanto a alcateia ocupava o centro. No entanto, seu refúgio pessoal, um pequeno castelo que poderia ser descrito como egocêntrico, estava situado mais profundamente. Após passar por duas camadas de defesas, encontrávamos a cidade, e depois, mais soldados de sua confiança se estendiam ao redor.- É um lunático! - rosnou Beta Oliver.- Um covarde! - corrigi meu beta. Naquele momento, ouvi a voz de Sophie, carregada de tristeza e medo. Ergui o focinho para o alto, fechando os olhos para farejar o ar, tentando absorver suas emoções.- Está tudo bem, meu rei? - perguntou Oliver, farejando o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo.Abri meus olhos predatórios, sentindo a raiva correr pelas minhas veias. Minha fera interior ansiava por assumir o
Lobas, junto com seus filhotes, corriam desesperadas enquanto a fera se aproximava impiedosamente, derrubando tudo em seu caminho. Para ele, não importava a inocência das criaturas à sua frente; todas eram presas prontas para serem caçadas. Os lobos que tentavam proteger suas famílias e sua alcateia eram abatidos um a um, suas vidas brutalmente ceifadas. De maneira estranha, minha consciência estava presente, como um espectador, assistindo a um teatro de horror.Talvez a fera desejasse exatamente isso, queria que eu testemunhasse tudo o que acontecia para reforçar quem estava no controle, lembrando-me de que eu lhe pertencia. Isso me enchia de fúria.A criatura parou diante de uma casa onde várias fêmeas prenhas com filhotes indefesos se refugiavam. Ele riu de maneira maligna e, ao abrir a porta, vi as fêmeas em posição de defesa, tentando proteger suas crias. Quando a fera ergueu suas garras para atacar, ouvi a voz de Sophie ecoando em minha mente:- PROTEJA-OS! – Sua voz reverberou,