- Vamos, querida? – Elara me chamou, guiando-me para adentrar sua cidade. À medida que caminhávamos, olhares curiosos se voltavam na nossa direção. Pequenas crianças brincavam na praça, pulando corda com o auxílio de feitiços, pois não havia ninguém fisicamente movendo a corda, apenas a magia. Fechei os olhos, imergindo nos aromas que pairavam no ar. O cheiro dessa magia era puro e inocente, algo que eu nunca tinha experimentado antes.- Consegue sentir o perfume da magia? – Elara me observou com curiosidade.- Sim – Abri os olhos para encará-la. – É doce, leve e completamente única...- A magia das crianças costuma ser assim – Ela sorriu e me levou para o interior da cidade. – No passado, a magia tinha apenas um tom e um aroma...- E o que mudou? – Perguntei, intrigada.- O mundo mudou! – Elara suspirou e continuou. – A ganância e a curiosidade tomaram conta; as bruxas já não estavam satisfeitas com a pureza da magia primordial, queriam mais...- Como conseguiram mudar isso?- Hibrid
Com passos apressados, me afastei do local, consciente de que havia muito a ser planejado. Parei no topo de uma colina com uma visão clara da cidade das bruxas, sentando-me enquanto ouvia passos se aproximando.- Inicie a infiltração na alcateia Lua Crescente, observe-os de perto, aprenda sobre suas rotinas e descubra onde as aprendizes estão sendo mantidas como reféns! - Rosnei para o Beta que se aproximava.- Considere feito, meu Alfa. - Oliver respondeu com cortesia, permanecendo parado, me observando.Impaciente, continuei a fitar a imponente cidade mágica antes de finalmente me dirigir ao Beta.- Pergunte logo! - Rosnei impaciente, enquanto mantinha meu olhar na cidade.- O Senhor não virá conosco? - Sussurrou o Beta, preocupado. - Sabemos que o Alfa deles permanece em alerta o tempo todo.- Oliver. - Chamei-o pelo nome, fazendo-o tremer. Minha voz soou ameaçadora. - Sua covardia me repugna!Levantei-me e comecei a caminhar.- Perdão, meu Rei! - O Beta abaixou a cabeça em reverên
Explodi em gargalhadas, parando para encará-la de maneira predatória.- A escuridão não se contenta apenas com isso, ela deseja reivindicar tudo e todos! - Rosnei, furioso. - Não sou tolo, bruxa!- Não desta vez! - A mulher se moveu, olhando-me seriamente. - Podemos selar o acordo com um pacto.- Minha resposta é não! - Rosnei, avançando contra a bruxa, que ergueu um escudo mágico sombrio ao seu redor como proteção.- Sua recusa resultará na fúria das sombras contra sua alcateia, seu filhote e você! - Ela gritou, impaciente. - Vai arriscá-los por uma híbrida?- Caminhei de um lado para o outro, tentando encontrar uma brecha em sua defesa para fincar minhas garras em sua carne deteriorada.- Já vivo com a fúria da escuridão por eras, ninguém tocará no que é meu. A Híbrida é minha Luna, e eu a protegerei! - Sorri, encontrando a brecha, saltei sobre o escudo, parando atrás da bruxa sombria. Antes que eu pudesse alcançá-la, ela começou a desaparecer em uma fumaça escura.- Lembre-se de su
- Ótimo! - O Alfa roçou os lábios nos meus provocativamente, sentindo o calor de seu toque percorrer meu corpo gelado pela chuva, passando as unhas pelo meu braço, fazendo meus pelos se arrepiarem.- Por que me chamou? - Sussurrei, ainda próxima de seus lábios.Partirei amanhã para a guerra contra a Lua Crescente, quero que cuide de si mesma e tome cuidado. Recebi a visita da bruxa sombria... - Ele parou ao perceber o medo refletido em meus olhos. - Não a alcançará aqui, Sophie, tomei medidas para garantir isso.- Como? - Gaguejei, amedrontada. - E se ela me encontrar quando você estiver longe?- É por isso que você está se tornando mais forte, humana tola! - Rosnando, ele puxou meu corpo para perto do seu. - Você será capaz de repeli-la. Me invoque assim que sentir o perigo, e virei em sua proteção.- Espero que seja a tempo antes que ela me drenasse, ou me encontrará no chão em pedaços. - Ri de forma mórbida.- Deveria confiar mais em si, Humana! – Disse o Alfa enquanto me puxava e
Não vi o tempo passar, mas Harvey me despertou com urgência, insistindo que retornasse à cidade das bruxas. Antes de partir, aproximei-me dele ainda despida e acariciei sua face com ternura.- Tenha cuidado - disse eu, com seriedade, fixando meus olhos nos dele. - Não permita que sua fera o domine. Se for possível, tenha compaixão pelos inocentes daquela alcateia. Lidere-os como um verdadeiro líder, e não se torne o monstro que tantos acreditam que você seja.Para minha surpresa, o Alfa segurou minha mão, levando-a suavemente aos lábios. Seu sorriso transformou-se em algo sombrio e perigoso.- Eu sou um monstro, tola humana - disse ele, sua voz soando ameaçadora. - Sou uma fera que encontra prazer na caça e não acredito que existam inocentes na lua crescente.Eu resisti, puxando minha mão, mas ele a segurou firme.- Você mencionou que havia mulheres grávidas lá, e sei que existem filhotes. Eles são inocentes! - repliquei, decidida.- Sophie - ele sussurrou, elevando o olhar para os me
Com um sorriso irônico, o encarei.- Então, contínuo amaldiçoada, não é mesmo? – Zombei, fazendo-o franzir a testa.- Posso garantir que treinar comigo é mais divertido do que com a bruxa anciã. Considere-se sortuda, híbrida! – Denver deu de ombros e se afastou. – Siga-me.- Sim, querido mestre irritante. – Provoquei, rindo.- Você é mesmo irritante! – Ele riu.Seguimos até um jardim diferente, que parecia um labirinto, um pouco sinistro para o meu gosto. Denver me conduziu até o centro, onde o chão estava coberto por símbolos estranhos com círculos que os conectavam.- Estamos prestes a realizar uma espécie de ritual? – Engoli em seco, olhando fixamente para os símbolos.- Claro, e você será a oferenda! – Denver respondeu com um olhar malicioso.- Bem, aparentemente pertenço as sombras, então... – Brinquei, fazendo-o relaxar. Era melhor tê-lo como amigo do que inimigo, afinal, minha lista de inimigos já estava grande demais.- Sou especialista em feitiços extracorpóreos. Vou te ensin
- Estou implorando, minha irmã, não siga por esse caminho. Irá se arrepender e trará a escuridão para todos nós! – A mulher tentou segurar o braço de minha mãe, mas Philippa lançou um feitiço em sua direção, fazendo-a colidir com a parede próxima de onde eu estava.- Como? – Ouvi a mulher caída no chão chorar. – Como pode escolher um lobo em vez de sua família? Suas raízes?- Você não compreende, Lilith. Sempre amou a magia mais do que a si mesma. Sempre foi devota às bruxas ancestrais, mesmo sem tanto talento! – Brandou Philippa.Minha mãe parecia ríspida e implacável.- Philippa, juro que se você continuar por este caminho, eu a impedirei! – A mulher se ergueu do chão, entoando magias e as lançando em direção à minha mãe. No entanto, minha mãe desviou sem esforço e a prendeu com uma corda mágica.- Minha querida irmã, você precisará de muito mais poder do que isso para me deter. – Rindo, Philippa lançou Lilith para fora da casa.- Mãe! – Exclamei perplexa.A bruxa poderosa olhou ao
POV: HARVEYEstávamos agachados nas proximidades das primeiras defesas da alcateia da Lua Crescente. O Alfa Harry era notoriamente desconfiado, até mesmo em relação à sua própria matilha. Suas defesas principais eram voltadas para a entrada, enquanto a alcateia ocupava o centro. No entanto, seu refúgio pessoal, um pequeno castelo que poderia ser descrito como egocêntrico, estava situado mais profundamente. Após passar por duas camadas de defesas, encontrávamos a cidade, e depois, mais soldados de sua confiança se estendiam ao redor.- É um lunático! - rosnou Beta Oliver.- Um covarde! - corrigi meu beta. Naquele momento, ouvi a voz de Sophie, carregada de tristeza e medo. Ergui o focinho para o alto, fechando os olhos para farejar o ar, tentando absorver suas emoções.- Está tudo bem, meu rei? - perguntou Oliver, farejando o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo.Abri meus olhos predatórios, sentindo a raiva correr pelas minhas veias. Minha fera interior ansiava por assumir o