- Por favor, Elara e Denver, ouçam o que temos a dizer. Nossa proposta é benéfica para ambas as partes, sem favorecimentos. - Reforcei minha fala, mantendo meu olhar firme e profundo, sentindo um lampejo percorrer minhas írises.- Só você viu? - sussurrou Denver para a bruxa, apontando discretamente na minha direção.- A marca das bruxas reclusas - Elara assentiu. - Pois bem, apenas o Alfa e a Híbrida podem passar; os demais, que congelem no frio!Eu estava prestes a contestar, mas o Alfa me cortou abruptamente.- Vamos, Sophie! - Ele agarrou meu cotovelo e praticamente me arrastou para dentro da cidade.Não podemos deixá-los nesse frio! - Contestei, irritada. - Você quer que eles morram?O Alfa respondeu com sarcasmo: - São lobos com um casaco bem quentinho. Vão sobreviver até voltarmos.- Você realmente não se importa com ninguém, não é? - Frustrada, dei de ombrosEle olhou sério para mim, como se quisesse dizer algo, mas optou por ignorar.- Não tenho tempo para isso - Ele rosnou b
Enquanto suas palavras ecoavam no cômodo, vi o sangue gotejar no chão e subir, como se o tempo estivesse se movendo em câmera lenta, de trás para frente. Olhei para os lados e percebi que o tempo estava suspenso, como se Elara, Harvey e Denver estivessem congelados. Ao fundo, uma figura surgia - uma criança da floresta, sorrindo enquanto balançava as mãos e ria, convidando-me a segui-la.- Venha até nós, híbrida... Venha, estamos te esperando! - A criança pulava e balançava sua capa. - Seu destino precisa ser selado, suas respostas estão conosco.- Mas quem é você? Quem está me esperando? - Perguntei, incapaz de me mover, enquanto encarava a criança.- Nós somos você e você é a gente. Somos suas ancestrais, suas raízes... Venha até nós, Sophie... - A criança gargalhava enquanto se aproximava perigosamente de mim, descompassando meu coração. - VENHA ATÉ AS BRUXAS RECLUSAS!Ela gritou com um tom agudo, ecoando intensamente em meus ouvidos, a ponto de fazê-los sangrar.O tempo parecia vo
Retornando à alcateia, as palavras do Alfa ecoaram em minha mente. Seu compromisso com o papel de Rei Lycan era tão inabalável que ele não me permitiria amar. Desde o início, fui utilizada, sem perspectivas de escapar. Inicialmente fraca, enfrentei uma transformação horrível, enfrentei um urso e lutei contra lobos...- INFERNO! - Rugi, recordando o lobo que caiu do penhasco. No entanto, minha maior tolice foi ter aceitado ser sua Luna, entregando minha pureza a um lobo que me via apenas como a satisfação de seus instintos primitivos.- Talvez eu devesse deixar a escuridão me consumir... - Rosnei, resignada. Adentrei o quarto enquanto planejava os próximos passos. Em breve, estaria entre as bruxas, determinada a dominar meu poder e me tornar forte o suficiente para proteger tanto a mim mesma quanto Conan. Estava decidida a escapar do Alfa e da escuridão que nos envolvia.Na porta, o Rei Lycan se aproximou, notando minha tensão. - O que você quer aqui? - Rosnei, irritada.- Você é minha
- Quando souber a resposta, humana, poderá se ressentir com motivos reais! – Harvey rosnou fechando os olhos.- Já vai descansar? – Encarei-o, arqueando as sobrancelhas ao perceber que a noite mal havia chegado.– Eu tinha outros planos para esta noite – Ele abriu os olhos, sorrindo com malícia, e corei – O pacto feito com a bruxa sugou um pouco de nossas energias, os próximos passos são cruciais. Seu treinamento com Elara é de extrema importância; portanto, precisamos descansar.- Se estava tão cansado, por que não me deixou em meu quarto? – Eu torcia a coberta nas mãos. - Por que me trouxe para o seu quarto?- Por que não? – Harvey me puxou com força, fazendo-me ficar ao seu lado – Tem uma pele quentinha.Ele esfregou o rosto em meu ombro, causando tremores em minha pele e arrepios prazerosos. Segurando meu queixo, o Alfa voltou meu olhar em sua direção, e pude perceber as chamas ardendo em seus olhos.- Você é minha Luna, humana, gostando ou não, me pertence, e gosto de manter o qu
POV: SOPHIEApós o estranho surto de Harvey, os dias passaram rapidamente sem nenhum sinal dele. Na terceira noite, desisti de ir ao seu quarto e permaneci no meu, esperando que ele viesse para explicar, mas isso nunca aconteceu.Eu estava brincando com Conan, que tinha crescido muito. O tempo passava depressa, e meu coração apertava sempre que eu pensava em ter que ficar longe de sua inocência e amor por meses. Era uma decisão difícil, mas necessária, considerando que a escuridão ameaçava engoli-lo também, e eu não permitiria que isso acontecesse.Quando Denver retornou comigo, após curar meus ouvidos, ele me contou sobre a lenda. Nada daquilo fazia sentido em minha cabeça. Se tudo aquilo fosse verdade, então nossa mãe nos usou como moeda de troca para as sombras. Por que ela faria isso? Seu comportamento sempre foi peculiar e difícil de entender, mas entregar suas próprias filhas?Suspirei, observando Conan dar seus primeiros passos, batendo palmas quando conseguia. No sexto dia, el
- Não dormi com a Suellen, eu te disse que ser companheiro de um Alfa é maior do que um amor humano... – Ele sussurrou, roçando os lábios nos meus.Não pude conter o suspiro de alívio, erguendo o olhar para encará-lo.- O que ela estava fazendo no seu escritório? – Perguntei, determinada.Trouxe relatórios importantes da outra alcateia, precisava saber quantas fêmeas estavam prenhas!- Por quê? – Olhei intrigada.- Para nos prepararmos para o próximo ataque! – Ele rosnou.- Por que se afastou de mim? – Cerrei os punhos, baixando a cabeça novamente, envergonhada.Suspirando, Harvey ergueu meu queixo novamente e segurou meu pescoço, puxando-me para seus lábios... Seu beijo era cheio de fome e desejo, empurrando-me contra a parede, ele rasgou minha blusa, tomando meus seios com fervor, sugando os mamilos e mordendo as laterais.Gemendo, eu puxei seus cabelos enquanto Harvey os segurava com força, puxando-os ainda mais.- Harvey...- Gemi alto quando ele abocanhou o outro seio e apertou o
Chegamos ao banheiro onde ele me despiu com destreza. Adentramos o box, e com delicadeza, ele passou o shampoo do couro cabeludo até as pontas, tratando cada mecha com uma atenção especial.- Por que você deseja que eu a ame? - Quebrando o silêncio, o Alfa perguntou em um tom baixo e quase rouco. Fiquei em silêncio, pensativa. Ele me virou de frente, encostando-me na parede do box, brincando com a espuma e espalhando-a pelo contorno do meu corpo, causando arrepios e deixando meus mamilos eriçados.- Você deseja muitas coisas que não compreende o motivo de querer? - Ele sorriu audaciosamente.- Sou sua Luna - Retruquei - Não posso desejar ser amada por meu Alfa? Ele me virou de costas e me puxou para debaixo da água quente do chuveiro, enxaguando meus cabelos. Suas massagens eram suaves, fazendo-me fechar os olhos e desfrutar da sensação.- Se isso significar a sua destruição, ainda desejaria que eu a amasse? - Harvey sussurrou em meu ouvido. Virei-me abruptamente para encará-lo, e ele
Preparado para a jornada iminente, aproximei-me de Conan, cujo choro inconsolável evidenciava a percepção de minha iminente ausência, bem como do perigo que se avizinhava. Levantei-o nos braços, mas, repentinamente, caí de joelhos, abatido por visões terríveis que invadiram minha mente.Testemunhei a devastação que engolia o mundo, enquanto nossa alcateia se consumia nas chamas. Conan parecia maior, como se fosse possuído por um desejo insaciável de sangue e caos. Vi Harvey sem vida, arrastado por seu próprio filhote que devorava sua carne com selvageria, rugindo de prazer.Uma mão firme ergueu-me do chão enquanto eu tremia, lágrimas inundando meus olhos e o desespero tomando conta de mim. Conan chorava ainda mais intensamente. O Alfa rugiu, sacudindo-me para me tirar do transe.- O que aconteceu? – indagou o Alfa, sua voz ecoando ameaçadora.- Todos estão condenados - murmurei em um sussurro. - Meu pequeno valente será vítima das sombras!Abracei-o com força, tentando protegê-lo do d