Sorrindo, nos transformamos em lobos, lançando-nos na corrida pela floresta para libertar nossos instintos selvagens que ecoavam em necessidade de movimento. O lobo prateado encarou-me de maneira predatória, inclinando o focinho em direção ao coração da floresta, dando a vantagem para a perseguição e a caça!O jogo tornou-se eletrizante. Comecei a correr, utilizando a cor da minha pelagem como uma vantagem estratégica para me camuflar na brancura da neve. Cada passo era uma fusão íntima com a textura fria e úmida, sentindo a maciez branca ceder gentilmente sob as minhas patas fortes. A frescura única da neve abraçava-me, suas partículas geladas entrelaçando-se nos densos pelos das minhas pernas, criando cristais brilhantes à medida que avançava.Deslizei sorrateiramente sob um tronco de árvore caído, escondendo-me. Rugidos ecoaram, mas não eram provenientes das patas do Alfa, um lobo sorrateiro que se movia com sutileza, quase imperceptível em suas investidas. Rosnei de surpresa ao se
Erguendo o focinho para o céu, uma aurora boreal em tons intensos de verde e azul pairava no ar, como se fosse um guia celestial indicando um caminho.— O sinal! — Rugiu o Alfa farejando ao redor. — É o momento, vamos nos preparar.— O momento de quê? — Perguntei confusa, aproximando-me. — De quem é o sinal?O Rei Lycan me encarou, segurando minhas mãos e conduzindo-me para dentro da alcateia. Fui levada até a sala de reuniões, uma área que nunca antes havia visitado sob sua tutela. Alguns lobos que o serviam estavam presentes, seus olhares se fixaram em minha direção, e senti que corara sob tanta atenção.Oliver estava atrás de nós, e os lobos pareciam tensos, não apenas pela presença do Alfa, mas algo mais os incomodava.— Rei Lycan. — Falaram unânimes, reverenciando.— Conforme nossas preces à Deusa sinalizaram, o momento de nossa partida chegou. Devemos resgatar o filhote. — O Beta começou a falar.Os lobos uivaram animados.— Harvey, isso é sério? — Apertei mais suas mãos, que ai
Assenti, corri para o quarto tomando um banho, colocando o colar que havia ganhado dele quando ganhei no teste da alcateia. Suspirei, ajoelhando em frente a janela onde a noite se iniciava e a lua começava aparecer:— Deusa, eu te imploro, nos proteja e ajuda a trazer meu sobrinho em segurança! — Supliquei sentindo a brisa de vento acariciar minha face. — Obrigada, Lua.Suspirei determinada, sai do quarto vendo-o também limpo em sua forma lupina passar os pelos por minhas mãos, me mutei ficando ao seu lado esfregando o focinho em seu pescoço.— Vamos trazer nosso filhote de volta! — Rosnou o Alfa determinado, já aos portões da alcateia sinalizando a todos os lobos. — A prioridade é meu filhote, só sairemos de lá com ele, qualquer recua por covardia será punido com a morte!Os lobos uivaram em agitação.— VAMOS! — Rugiu o lobo prateado imponente fazendo todos correrem olhando para aurora boreal que indicava parte do caminho.— Alfa? Como saberemos como caminhar pelo labirinto? — Pergun
Transformei-me novamente na forma lupina, e juntos corremos velozmente. Parei abruptamente ao lado do corpo do Alfa quando um rugido estridente ecoou pelo labirinto, fazendo o chão tremer como se algo colossal estivesse se aproximando.— Yali... — sussurrou o Alfa entre as presas — Por aqui!Ele nos guiou por um caminho alternativo no labirinto, enquanto corremos em seu rastro, percebendo que as paredes se fechavam, braços sombrios tentando nos agarrar.— MALDIÇÃO! — rugiu o rei Lycan. — Certo, vou distrair a Yali; vocês continuem seguindo o rastro de sangue.— O que é essa criatura? — perguntei confusa.— É um grifo gigante, geralmente é uma protetora... parece que está guardando o local! — explicou o lobo jovem.— Então ela é o obstáculo até meu sobrinho. Ótimo, vamos matá-la! — declarei determinada.— Não, a grifo é uma criatura extremamente forte. Eu vou atrasá-la para que vocês possam passar. — rosnou o Alfa.— Por que não a matamos? — o encarei.— Se essa criatura está aqui, sig
Sorri entre as presas, correndo em sua direção, mas ela foi mais rápida e desviou do meu golpe com as garras, saindo correndo. Comecei a caçá-la ao redor da cabana, irritada por sua covardia. Lancei meus olhos ao Alfa, que iniciava seu confronto com Walker, enquanto Lambert adentrava a cabana em busca do filhote!— Pare de fugir, presa. Eu vou te destroçar! — Brandi, abocanhando o rabo da loba e puxando com força para trás.Ela grunhia apavorada, tentando revidar as mordidas. Coloquei mais pressão no maxilar, rasgando no alto de sua bunda e perfurando suas costelas com as garras.— Você não compreende, humana. Eu precisei fazer tudo isso... Por culpa do Alfa, perdi o meu lobo destinado, o meu companheiro e amor de vida! — O tom embargado de Victoria me fez soltá-la e encarar.— Do que está falando? Seu lobo queria tomar o lugar de alfa, era fraco, por isso morreu! — Rosnei, cuspindo no chão o sangue dela que estava em minha boca.— O rei Lycan podia tê-lo expulsado sem o matar; porém,
— Não, eu a matei! — Avancei alguns passos, assumindo a situação e encarando minha Luna, que permanecia estática, sem coragem de assumir seus atos.— Como pôde matar minha tia assim? Ela tinha razão; você é mesmo um lobo amaldiçoado sem coração! — Conan cuspiu as palavras, erguendo-se do chão e transformando-se em sua forma lupina.Fiquei surpreso com seu domínio na transformação. Ele veio para cima de mim, tentando me abocanhar. Sophie se interpôs, recebendo a mordida em seu braço humano e caindo no chão com um grito, segurando o local ferido.— Tia! Eu não quis te machucar... — Conan voltou à forma humana, agachando-se em frente à tia, lambendo sua ferida e segurando seu braço. — Por que entrou na frente? Por que o defende?— Estou bem, meu valente. Há muito a ser explicado e revelado, mas não aqui... Não é seguro! — Ela acariciou sua face, puxando-o forte para um abraço apertado. — Me perdoe, meu filho, me perdoe por não o ter protegido, por não ter estado aqui. Eu o amo tanto!— A
POV: SOPHIEEra um sonho ouvir suas gargalhadas com a boca cheia de bolo e os olhos marejados; sua leveza e suavidade preenchiam meu coração. Conan estava aqui, de volta ao lar, de volta para os meus braços, onde o apertava com medo de perdê-lo novamente!— Tia, você está fazendo de novo! — Ele falou, ainda rindo.— Fazendo o que? — Arqueei as sobrancelhas, divertida.— Me encarando, eu já disse, estou bem! — Conan revirou os olhos, como a Agatha fazia quando algo a aborrecia.Gargalhei com tamanha semelhança; meu sobrinho me encarava franzindo o cenho, tentando compreender o motivo da graça.— Que tal irmos ao lago sagrado? Preciso me curar, e você, rapazinho, necessita de um banho. — Cutuquei seu nariz, idêntico ao do pai.— Lago sagrado? — Ele parecia curioso e ao mesmo tempo, receoso. — Por que temos que ir até lá?— Não se preocupe, meu pequeno valente, é apenas um lago abençoado pela Deusa Lua, onde o poder de cura é mais intenso... Por sermos híbridos, nossa cicatrização não é
— Conan! — Gritei, trazendo o seu olhar furioso para mim. — Seu pai não é o seu inimigo, muita coisa aconteceu e muitas mentiras foram contadas, mas não somos seus inimigos!— Tem certeza? — Ele semicerrou os olhos, voltando a encarar o Rei Lycan.— Deixe-o extravasar esta raiva... — Harvey falou preguiçoso. — Me ataque, filhote!— O que? Você é maluco? — Rosnei irritada, ainda entre os dois. — Vocês não vão brigar, eu não permito!Rindo, o Alfa balançou a cabeça de um lado para o outro.— Conan, você me odeia? — O Rei Lycan perguntou descontraído, mas sua voz estava carregada e afiada.— Por culpa sua minha mãe morreu, assim como a minha tia Victoria. Sim, eu o odeio! — Brandou o filhote de volta para o pai.— Temos uma arena de luta e treinamento no alto da montanha. Como o seu rei, eu lhe concedo um desafio onde me enfrentará, podendo descontar todo o seu ódio sobre mim. — Harvey falou, lançando um desafio.— Até a morte? — Meu sobrinho perguntou, com um cintilar tenebroso nos olho